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19/11/2013

Engenho Tapirucú de Baixo, Nossa Senhora do Rosário, Ubaca (Waca)/Sirinhaém

Distrito de Serinhaém: O distrito de Serinhaém se estendia ao sul do Rio Pirassinunga até o Norte do Rio Marcoype, e está perfeitamente extremado com marcos e pedras fincadas. A este distrito pertence uma parte da freguesia de Ipojuca desde os currais de Marcaype, compreendendo os engenhos de Francisco Soares Cunha e de Miguel Fernandes de Sá, e a freguesia de Una. No distrito existia a cidade chamada Vila Formosa de Serinhaém e a povoação de São Gonçalo de Una, além de alguns outros lugarejos. Dos 18 engenhos do distrito de Serinhaém, 11 não moerão e 07 foram confiscado pela Companhia das Índias Ocidentais durante a ocupação holandesa.

Engenho Colonial
Engenho movido à água, com igreja dedicada a Santo Antônio, localizado na margem direita do Rio Tapiruçu, a oeste de Sirinhaém, sob a jurisdição da Vila Formosa de Serinhaém. Nomes históricos: Tapiiruçû (Tapicuru; TapԐrusŭ; Taperosu; Tapicuru; Taipuçu; Itapuruçu) de Baixo, Ubaca (Waca), Santo Antônio. Nome atual: Engenho Ubaca.
Segundo Schott em seu relatório de 1636 o engenho pertencia a Álvaro Fragoso Toscano. Suas canas eram plantadas nas várzeas. podia moer anualmente 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar e pagava de recognição 2 arrobas de açúcar de varredura. Seus lavradores na época eram: D. Catarina Favilha com 35 tarefas e Gil Lopes Fegeira com 12 tarefas.
Sua casa grande é de características rurais, um exemplar da arquitetura do ciclo do açúcar. Com um só pavimento, a casa foi construída em alvenaria de tijolos com planta composta por blocos retangulares existindo varanda em três lados, As fachadas são rebocadas e marcando seus ângulos, aparecem cantoneiras decoradas. Os guarda-corpos da varanda e da escada de acesso são em treliça de madeira. As colunas de sustentação da coberta, também são em madeira. Seu estado geral de conservação é regular. Atualmente funciona como casa de moradores da Usina Trapiche. A Casa-Grande situa-se na encosta de uma coluna, em área de cota bastante elevada. Suas terras são utilizadas para plantio de cana-de-açúcar, capim para pasto de animais e grande quantidade de árvores de porte e frutíferas.

Álvaro Fragoso Toscano – Natural de Lisboa. Falecido antes de 1614. Filho do Dr. Braz Fragoso, Desembargador da Casa da Suplicação, e de D. Maria de Mello. Irmão de Frade Pedro de Mello (ou Fragoso) que era Religioso da Ordem de Nossa Senhora do Monte do Carmo. Chegou a Pernambuco no princípio da colonização, ainda em vida de seu sogro Jerônimo de Albuquerque, o Torto, segundo seu testamento que foi feito e aprovado em Olinda, pelo Tabelião Antônio Lopes, em 13/11/1584 (arquivo do Mosteiro de São Bento de Olinda nº 14, gaveta V, maço B), porque nele consta que Álvaro Fragoso, seu genro, foi nomeado terceiro testamenteiro e administrador do morgado deixado para seu filho João de Albuquerque.
Fidalgo da Casa Real. Governador de Mina. Capitão-mor. Alcaide-mor da Vila Formosa de Serinhaém.
Curiosidades: Álvaro Fragoso comprou a D. Antônia de Albuquerque a sua parte na herança de seu pai, que lhe coube na 01 légua de terra de em Capibaribe (Sesmaria que Jerônimo de Albuquerque deixou para os filhos com Maria do Espírito Santo Arcoverde), no Rio Cedros, que era a terra do Rio Cedro para cima; do que restou, a terra do dito Rio até o mar, que era formada de ilhas e mangues repartiu com o restante dos irmãos e sua parte, como tutora de seus filhos, vendeu a Cristóvão Paes d’Altro.
Casamento 01: D Joanna de Albuquerque, filha perfilhada de Jerônimo de Albuquerque e de D. Maria do Espírito Santo Arcoverde. Falecida em 31/05/1614, sendo sepultada na Igreja do Convento da Ordem de São Francisco de Olinda, deixando em seu testamento uma instituição no altar de Nossa Senhora do Rosário da Matriz de 100 missas pela alma de seu marido e vário outros legados, cujo cumprimento nomeou como testamenteiros seus filhos.
Filhos: 01- Álvaro Fragoso de Albuquerque (eng. Tapirucú de Baixo Nossa Senhora do Rosário, Ubaca de Cima (Waca)/Sirinhaém) c.c. sua prima D. Maria de Albuquerque; 02-  Gregório Fragoso de Albuquerque falecido solteiro; 03- Jerônimo Fragoso de Albuquerque casou em Portugal com D. Ignez Silva Menezes; 04- Brites de Albuquerque c.c. Paulo Gomes de Lemos; 05-  Gaspar Fragoso Toscano; 06- Pedro Fragoso de Albuquerque, falecido solteiro; 07- Joana Fragoso de Albuquerque c.c. Manoel Rodrigues Coelho.
Senhor dos engenhos: Jaguaré/Serinhaém
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais de 1903, vol 25; 1925 Vol 47; 1926 Vol 48

                O engenho foi passado para seu filho Álvaro Fragoso de Albuquerque.

Álvaro Fragoso de Albuquerque – Filho de Álvaro Fragoso Toscano e de D. Joanna de Albuquerque. Neto materno de Jerônimo de Albuquerque e de D. Maria do Espírito Santo Arcoverde. Viveu no tempo da invasão holandesa onde lutou na guerra contra os invasores com honra, valor e reputação. Capitão-mor de Serinhaém (1645). Alcaide-mor. Governou Tamandaré. Faleceu logo depois da Restauração Pernambucana, segundo a Provisão de Alcaide-mor passada em 1656, ao Mestre de Campo Antônio Dias Cardoso.
Casamento 01: D. Maria de Albuquerque, primos. Filha de Damião Gonçalves de Carvalhosa, de família nobre portuguesa, e de D. Simoa de Albuquerque, filha perfilhada de Jerônimo de Albuquerque (o Torto) com uma mulher branca. Nota: D. Simoa foi casada em 2ª núpcias com Jorge Teixeira, que vivia em Olinda no ano de 1584), com geração nos dois casamentos.
Filhos: 01- Reynaldo Fragoso de Albuquerque c.c. D. Anna da Silveira; 02- Pedro Fragoso de Albuquerque c.c. D. Catharina Gomes de Abreu, c.g.; 03- Álvaro Fragoso c.c. D. Anna Cavalcante; 04- Gregório Fragoso de Albuquerque; 05- Jerônimo Fragoso de Albuquerque c.c. sua prima D. Isabel Cavalcante de Albuquerque, c.g; 06- João Fragoso de Albuquerque, falecido solteiro; 07- Simoa de Albuquerque segunda esposa (1662) de João Cavalcante (o Bom, eng. Santo Antônio do Camorim) c.g.; 08- Maria de Albuquerque segunda esposa de João Barbosa Espinele, s.g.; 09- Álvaro Fragoso c.c. Isabel de Bulhões.
Senhor do engenho Tapirucú de Baixo Nossa Senhora do Rosário, Ubaca de Cima (Waca)/Sirinhaém
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais de 1926 Vol 48

                Segundo Borges da Fonseca o engenho Ubaca de Cima teve que ser vendido, por 50.000 cruzados, ao Guiterres, para pagar as despesas de Jerônimo Fragoso de Albuquerque que quando assistia na Corte, se enamorou de D. Ignez Silva Menezes, filha legítima de um Conde da Casa de Silva e Menezes, e a tirou para casar com grande bulha. Mathias de Albuquerque para resolver a questão vendeu o dito engenho, que na época pertencia a Álvaro Fragoso de Albuquerque, pagando logo 25.000 referente as despesas com o dito casamento.
                 No século XIX Victoriano de Sá e Albuquerque aparece com proprietário do engenho Tapirucú de Baixo, Nossa Senhora do Rosário, Ubaca (Waca)/Sirinhaém.

Victoriano de Sá e Albuquerque – Dr. (Nada mais foi encontrado).
Senhor do engenho Ubaca de Cima (século XIX)
Fontes consultadas:
Fundação da Biblioteca Nacional. Publicação no jornal “Liberal”. Pág. 04, em 18/11/1808. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/ HotpageBN. aspx?bib=709611&pagfis=102&pesq =&esrc=s&url=http:  //memoria.bn.br/docreader#

Victoriano de Sá e Albuquerque
Col. Francisco Rodrigues: FR-10774



Fontes consultadas:
PEREIRA, Levy. "Tapiiruçú de Baixo (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Tapiiru%C3%A7%C3%BA_de_Baixo_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 10/11/2013.
http://obreirosthiagoepatricia.blogspot.com.br/2013/05/engenho-ubaca-grande-em-sirinhaem.html
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais de 1926 Vol 48

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