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27/11/2013

Engenho Santo Cosme (Cosmo)/Ipojuca

Engenho Pernambuco colônia.
A conquista de Ipojuca teve início em 1560, após a escravização dos índios caetés. A partir daí, os colonos de origem europeia puderam ocupar suas terras férteis e ricas em massapê, e que eram propícias para o cultivo da cana-de-açúcar, causando o surgimento de diversos engenhos na região. Entre os pioneiros, estavam as famílias Lacerda, Cavalcanti, Rolim e Moura.
Assim na Jurisdição de Olinda e nas freguesias que dela faziam parte, existiam 67 engenhos, sendo que quando os holandeses invadiram Pernambuco havia 20 de fogo morto e 47 moentes e destes 05 foram confiscados pela Companhia das Índias Ocidentais.
O engenho Santo Cosme foi fundado Antônio Gonçalves da Paz (nada foi encontrado) que ainda era proprietário durante a ocupação holandesa (1630),  conforme o Relatório Holandês de 04/04/1640, Doc. 06 – Engenhos da Freguesia de Ipojuca e Borges da Fonseca nos Anais de 1919-1920 Vols 41 / 42, pág. 168. Sua moenda movida à água, com igreja dedicada a Santo Cosme. Ficava localizado na margem esquerda do Riacho Cabromena, sob a jurisdição de Olinda e freguesia de Ipojuca e foi citado no mapa PE (Orazi, 1698) Provincia di Pernambvco, plotado como engenho, 'S. Cosmo', na m.d. do 'R. Ietaõ' (Riacho Cabromena).
Em terras de Ipojuca, o primeiro golpe dos holandeses foi a 12/03/1634 quando após tomarem o Forte Nazaré em Cabo de Santo Agostinho, os holandeses se dirigiram mais ao sul desembarcando em terras de Ipojuca (engenho Salgado). Consolidando o domínio na região alguns proprietários resolveram abandonar seus engenhos destruindo suas edificações e queimando suas canas para que os holandeses não dessem continuidade no plantio. Em 1635, se deu o grande êxodo dos senhores de engenhos, que fugiram para a Bahia com o General Matias de Albuquerque, cerca de 8.000 pessoas, entre eles Antônio Gonçalves da Paz.
Nomes históricos: S. Co∫mo (São Cosme; Santo Cosme). Atualmente nas terras do engenho existe uma fazenda (ou engenho), de acordo com o mapa de satélite do Google Earth - (8º 21' 33.82" S ; 35º 09' 27.45" W).
Moenda movida à água.
Segundo o relatório de Schott, datado de 1636, o engenho ficava situado a meia milha do eng. Maranhão e tinha ¾ de uma milha de terra, com poucos montes, terra ruim, pois ficava no interior das matas. Sua fábrica era movida à água e anualmente fornecia 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar, pagando 03% de recognição. A casa de purgar e a casa das caldeiras tinham paredes de alvenaria, mas os holandeses as encontraram  totalmente destruída e o engenho sem nada que se pudesse aproveitar.


Fontes consultadas:
MELLO, José Antônio Gonsalves de. A Economia Açucareira. Fontes para a História do Brasil Holandês. Edt. CEP. Governo de Pernambuco. 2ª Edição. Recife, 2004. Pág. 63/64
PEREIRA, Levy. "S. Co∫mo (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Co%E2%88%ABmo_(Engenho_de_roda_d%27%C3% A1gua). Data de acesso: 27/11/2013

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