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26/10/2010

Santana (Sant'Anna)/Jaboatão dos Guararapes


O engenho Santana, berço da Insurreição Pernambucana, um marco histórico do Pernambuco holandês e um dos mais antigos do município de Jaboatão dos Guararapes. Suas terras ficam localizadas no bairro de Sucupira/Jaboatão dos Guararapes, nas margens direita do Rio Jaboatão, como podemos ver no mapa PE (Orazi,  1698)  Provincia di Pernamb, plotado como 'S Anna', na margem direita do 'Iaucpoata' - 'Iarapóata' (Rio Jaboatão).



Localização das edificações 
do engenho

         De suas antigas edificações, ainda existe a casa-grande, Igreja, vila dos moradores, sede da administração, escola, bueiro, ruínas da senzala e da fábrica, cuja moenda era movida à água e que fabricou açúcar e aguardente até o século XX. O engenho depois passou a ser fornecedor de cana para a Usina Jaboatão e a explorar suas pedreiras que abasteciam o grande Recife.

Casa grande do eng. Santana/Jaboatão
 dos Guararapes
A casa-grande, cujo acesso é feito por rampas calçadas com pedras, foi construída em terreno alto, estilo eclético, com um só pavimento, de alvenaria de tijolos. 
Hoje se encontra em um bom estado de conservação, apesar das várias alterações que sofreu ao longo do século XX. Com terraço em “U”, aonde o senhor de engenho ficava muitas vezes sentado em sua cadeira de balanço, olhando todas as edificações do engenho, os caminhões que passavam carregados de pedras ou de cana, e os carros puxados a bois, com seus rangidos (cantos) tão peculiares, cujos condutores quando passavam na frente da casa grande tiravam o chapéu saldavam: "Bom dia! Doutor.".  
Vista do jardim da casa grande
            
No pátio de entrada da casa ainda existem dois jambeiros e dois bancos de pedra, embaixo de cada um deles, onde nos idos de 1960 o administrador do engenho e do barracão, Sr. Juarez, todas as vezes que precisa despachar com meu avô, amarrava seus lindos cavalos.  
            
Para acesso à casa subíamos uma escada de pedra bruta de mármore, com um portão gradeado preso a dois pilares, onde estavam cravados dois leões de louça, que por sua postura eram verdadeiros guardiões, bem alertas, que protegiam a casa grande e seus moradores. 
            
O terraço do lado direito, que servia de sala no verão, era fechado com grandes janelas de madeira e vidro, que hoje não existem mais, e que cobriam todas as suas paredes, tendo 03 portas, duas para um jardim e outra para o interior da casa.
            
No fundo da casa ficava o galinheiro e a horta com grande variedade de fruteiras que davam acesso a um morro com muitos pés de araçá, mangueiras, ingazeiros, macaíbas e azeitonas preta, um deleite para nossos passeios, que  eram proibidos quando as vacas paridas estavam pastando naquele local. NOTA: Na horta existiam duas grandes cacimbas, cobertas com grossas tábuas, que forneciam água para a casa grande e que ao longo da minha infância ouvi muitos dizerem: "cuidado com as cacimbas, são perigosas e vocês podem cair nela".

Conjunto de casa de  moradores -  Eng. Santana
        O interior da casa grande é composto de: rol de entrada, onde ficavam fotografias dos ascendentes e descendentes das famílias Carneiro Leão, Carneiro da Cunha, Mendes de Holanda,  Mello Avelins, Novaes e Carneiro de Novaes, um móvel com as comendas que meu avô recebeu durante toda a sua vida pública e uma grande caixa de música, com borboletas e tambores, que tocava 12 sonetos; 03 salas: uma de visita, duas para refeições, onde serviam um grande café da manhã, feito por D. Anunciada e servido por Lúcia, após a missa do domingo, rezada pelo Capelão do Quartel de Socorro, Padre Oliveira (1960), que chegava logo de manhã cedo, trazido por “Meu Compadre Miguel Afonso”, depois por seus filhos: Paulo e Nelson, sucessivamente; um terraço interno, coberto de telhas de vidro, que servia de sala de televisão e de estar, onde meu avô costumava ouvir no rádio as notícias do Brasil; um pequeno quarto para santos; 05 quartos (02 suítes); 01 banheiro social cuja fechadura, ao girar, dizia que estava "ocupado ou aberto"; uma copa; cozinha; quarto para passar roupas; dispensa; dependência completa para os funcionários da casa; um terraço ao fundo com lavanderia e um grande fogão à lenha com forno acoplado. Nele era cozinhado em tacho de cobre os famosos doces de banana, feitos pelo “Seu Cocó" - figura impar  na vida de todos que frequentavam a casa grande - homem muito educado e respeitoso. Certa vez presenciei sr. Cocó tirar o chapéu para poder falar ao telefone com minha avó Nita. CURIOSIDADES: Era costume os trabalhadores e/ou moradores do engenho cumprimentarem as pessoas, tirando o chapéu, em sinal de respeito.


Capela de Santana
                     
        A capela do engenho, sob a invocação de Santa Anna, fica localizada na mesma elevação da casa grande, se destaca pela beleza de suas linhas e curvas sendo ligada a casa por um terraço lateral, que minha mãe dizia que tinha sido feito na grande e última reforma para as bodas de prata de meus avós. Na sua parede frontal existe uma placa onde se pode ler: Engenho Santana. Requisitado pelos holandeses. Adquirido por Fernandes Vieira. Pertenceu as famílias Soares Brandão, Carneiro da Cunha, Carneiro de Lacerda e em 1920 a Manoel Carneiro Leão que o deixou à sua filha D. Nita Carneiro de Novaes casada com o Senador da República Dr. Antônio de Novaes Filho (Ministro da Agricultura). 1950. (foto acima) Na sacristia existem lápides de proprietários, familiares, de “Dodô” a baba de minha mãe e dos meus tios, do meu pai Edvaldo Barreto Neves Baptista e de meu irmão Roberto Neves Baptista. NOTA: Durante o mês de maio o terço era rezado todos os dias e no fim do mês saía uma procissão em homenagem a São Joaquim e Santa Anna, acompanhada pelos moradores do engenho, visitantes e proprietários, sendo puxada por um grande andor enfeitado com flores com a imagem da Santa, que ficava depois guardado no coro na Igreja ao lado do grande sino. 

Logo abaixo da capela, descendo uma pequena elevação, há um grande pé de manga rosa, e pendurado em seus galhos, uma roda de ferro, onde os vigias, do dia e da noite, batiam as horas. Logo abaixo um poço onde ficava localiza a antiga roda d'água. 
  
Em frente à casa-grande e próximo ao prédio da administração, está localizada as ruínas da moita do engenho, que desabou em 1964, junto com a senzala que ficava localizada por detrás. 

Antiga escola do engenho
Hoje, dos edifícios que faziam parte da fábrica do engenho, ainda encontramos de pé o bueiro, uma pequena cocheira, um quarto para selas e arreios, uma garagem para carros e cabriolés, e uma escola, cujas aulas, nos idos de 1960, eram administradas por D.
Palmira (esposa do Sr. Juarez, o administrador de Santana).

O destilador do engenho, na época de Novaes Filho, se chamava José Dutra Ferreira, que tinha trabalhado com João Buarque Filho (eng. Campina Nova/Barreiros) e depois com Benedito Silveira Coutinho (eng. Gravatá/Água Preta). Segundo sua filha Grinauria Dutra (Iaia) - costureira da minha família e que ajudou na criação dos meus irmãos mais novos e dos meus filhos - "a cachaça era feita em um grande alambique de cobre aquecido à lenha. Depois de destilada era distribuída entre os moradores e vendida no barracão do engenho e em outros estabelecimentos da região. O transporte era feito por cavalos ou burros carregados com dois barris de carvalho de cada lado, com torneira, conhecidos com âncora".


Roda d'água que movia as
moendas dos engenhos


 HISTÓRIA 


Rio Jaboatão - eng. Santana

Em 24/09/1534, Duarte Coelho Pereira, 1º Donatário de Pernambuco recebeu autorização do Rei D. João III para distribuir terras através do sistema de sesmaria, cujos sesmeiros tinha como obrigação plantar a cana de açúcar, construir o engenho (fábrica) para fabricação do açúcar, ou plantar lavouras de subsistência.


Essas doações de terra consistiam em uma política barata de povoamento das terras “devolutas e desaproveitadas”, não gastando a Coroa Portuguesa nenhum centavo com e exploração de terras e a colonização brasileira.  A petição de terras era um negócio lucrativo, mas exigia grande investimento. Por isso a terra não era dada aos pobres, mas a fidalgos ou pessoas de elevada hierarquia, que chegavam de Portugal e de outras nações europeias, sozinhos ou com suas famílias, que possuíssem alguma fortuna para custear as viagens pelos intermináveis e dispendiosos sertões.

Os homens solteiros que traziam capitais, tinham a possibilidade de se casarem junto à parentela do donatário, e conseguiam rapidamente uma terra de sesmarias (livres de foro, tributo ou pensão, salvo o dízimo à Ordem de Cristo), onde poderiam fundar  engenhos de açúcar, preferencialmente, ou encontrar outra atividade como o financiamento das bandeiras que partiam em busca de ouro ou prata e captura de índios para escraviza-los. Além dos haveres, a própria vida dessas pessoas era posta em xeque naquele meio selvagem e com confrontos  com os indígenas, piratas e outros colonos.

O título de senhor de engenho podia ser considerado tão alto como os títulos de nobreza do reino de Portugal. As pessoas que recebiam uma sesmaria de terras condensavam em si próprios todos aqueles graus da hierarquia nobiliárquica, se bem que, inclusive os nobres de linhagem, nascidos na colônia e com o foro de fidalgo, não recebessem títulos de barão ou outros, até a transferência da Corte de Lisboa para o Rio de Janeiro, em 1808.

Sérgio Buarque de Holanda escreveu que “nos domínios rurais, a autoridade do proprietário de terras não sofria réplica”, e também ressaltou que “tudo se fazia consoante sua vontade, muitas vezes caprichosa e despótica” e que “o engenho constituía um organismo completo e que, tanto quanto possível, se bastava a si mesmo”. 

Segundo Pedro Calmon os sesmeiros que se tornaram senhores de engenho “onde se devia produzir quase tudo, era o senhor feudal da região (fazendeiro-vassalo, lavrador e cultivador dos canaviais)". De acordo com José Mattoso, a apropriação desses poderes senhoriais por parte da nobreza constituiu o suporte do “modo de produção feudal”. Nota: A partir do século XVIII as sesmarias foram também doadas para criação de gado bovino no sertão nordestino.

 O sesmeiro em Pernambuco tinha a obrigação de cultivar a terra por um prazo de cinco anos, tornando-a produtiva: exploravam o pau-brasil, cultivavam a cana de açúcar ou lavouras de sustentação e, também, construíam engenhos também fazia parte de suas obrigações a administração da justiça, fora de quaisquer normas jurídica. Coletava multas e taxas locais, organizava forças militares, recrutava camponeses, exigia serviços para a conservação de estradas, pontes e fortificações, capturavam e escravizavam os indígenas. Os poderes de coação, assumidos pelos sesmeiros brasileiros, cujo maior ou menor prestígio dependia da quantidade de homens que possuía em sua sesmaria e que pudesse mobilizar a qualquer momento, fosse para o trabalho ou para a guerra. Esse tipo de poder foi acentuado em Pernambuco e na Bahia.


Já o rendeiro e lavradores tinham um contrato verbal com o proprietário, tendo como obrigação pagar o foro, em dinheiro ou em espécie. Sobre o trabalho dos escravos e de lavradores, desenvolviam-se vínculos de obrigação pessoal, mas, sujeitos a um sistema de deveres, principalmente militares. Ocorrendo a dominação econômica e jurídica do senhor da terra sobre o subordinado, em virtude da concentração do poder financeiro e o não controle direto ou indireto do Estado.  

Nota: O sistema sesmarial perdurou no Brasil até 17/07/1822, quando a Resolução 76, atribuída a José Bonifácio de Andrade e Silva, pôs termo a este regime de apropriação de terras. A partir daí a posse passou a campear livremente no País, estendendo-se esta situação até a promulgação da lei de terras, que reconheceu as sesmarias antigas, ratificou formalmente o regime das posses, e instituiu a compra como a única forma de obtenção de terras.

Após a expulsão dos índios Caetés que habitavam as terras da Ribeira do Rio Jaboatão, Duarte Coelho de Albuquerque, 2º Capitão Donatário da Capitania (1554/78), começou a doar as terras localizadas na região de Jaboatão dos Guararapes.

 Em 29/05/1565, por carta de sesmaria, lavrada em Olinda, doou a 1º sesmaria da região de  Sto. Amaro do Jaboatão (hoje Jaboatão dos Guararapes), a Gabriel de Amil, com 500 braças quadradas (1,1 km) de terras situadas na Ribeira do Rio Jaboatão, que foram judicialmente demarcadas em 14/09/1572.

       
        No dia 05/12/1572Gaspar Prestes compra uma parte da sesmaria de Gabriel de Amil, por 130$000, de acordo com a escritura lavrada por João Rodrigues, Tabelião Público de Notas de Olinda, da Nova Lusitânia e da Terra do Brasil, que morava na Rua do Varadouro/Olinda.

  Em 18/09/1576, Gaspar Prestes vende suas terras e mais 250 braças de largo e 500 de fundo, que tinha comprado a Jorge de Albuquerque (3º Donatário da Capitania) a Simão Falcão de Sousa que constrói o ENGENHO SANTANA/JABOATÃO DOS GUARARAPES, que começaria a moer em 1581, pagando 03% de pensão sobre o açúcar produzido.  

 Simão Falcão de Sousa doa em 01/09/1581 o engenho Santana para o seu genro Lopo Soares, a título de dote de casamento com sua filha Adriana PessoaNota: O dote era uma forma de transmissão de riqueza para as mulheres no Brasil Colônia, e representava um adiantamento sobre a herança a que tinha direito e que seu pai lhe concedia para que ela casasse.

Em 1623, o engenho Santana produziu 8.829 arrobas de açúcar, sendo seu proprietário Nicolau Coelho dos Reis.

Nicolau Coelho dos Reis doa o engenho Santana a Antônio Ribeiro de Lacerda, a título de dote pelo seu casamento com sua filha D. Leonor dos Reis

Quando os holandeses ocuparam Pernambuco (1630 - 1654)Jaboatão era uma próspera paróquia (1586), sob a invocação de Santo Amaro, contava com 09 engenhos nas suas adjacências: Gurjau de Cima, de André Soares; Nossa Senhora da Apresentação (primitivo nome do eng. Moreno, e padroeira da sua capela), pertencia a Baltasar Gonsalves Moreno; São João Batista (Bulhões) de Antônio de Bulhões; Suassuna, de João de Barros Correia; Santana, de Manuel de Sousa de Abreu, e o Nossa Senhora da Conceição, de Antônio Pereira Barbosa - todos confiscados pelos holandeses pela ausência de seus proprietários que que fogem de Pernambuco, deixando para traz tudo o que não pudesse ser carregado. Os engenhos: Nossa Senhora da Guia de Antônio Nunes Ximendes; e o Camaçari de Manoel Fernandes Cruz, como estavam com suas terras a bastante tempo abandonadas e arruinados não voltaram aa moer.
 
   Nessa época as terras do engenho Santana foi palco de várias batalhas entre os pernambucanos e os holandeses, ficando destruído e de fogo morto. Em 1637 é confiscado pela Companhia das Índias Ocidentais/WIC, e em 17/05/1638 é vendido aos judeus: Jacob Stachouwer, e seu sócio Nicolaes de Ridder, por 30.000 florins, em 05 prestações anuais. 

Arraial do Bom Jesus/Recife

           Em 1641, o Jacob Stachouwer Nicolaes de Ridder, retornaram para a Holanda, e deixam  João Fernandes Vieira como seu bastante procurador, administrador de todos os seus bens e negociador de suas dívidas e David Oraenborn com a tarefa de por o engenho Santana para safrejar.
      
             No ano de 1642, João Fernandes Vieira toma posse definitiva do engenho Santana e de todos os bens deixados por Jacob Stachouwer e Nicolaes de Ridder

                Em seu testamento Fernandes  Vieira  diz que as dívidas dos dois sócios e as que ele fez com a Companhia das Índias Ocidentais nunca foram pagas, pois os holandeses eram seus devedores em mais de 100 mil cruzados e  que gastou com grandiosos banquetes e presentes que lhes dava para que ficassem contentes. Nessa época o engenho moeu 4.000 arrobas de açúcar fino.

              
Em 1652 o engenho Santana pertencia a João Cavalcante de Albuquerque, que pagava 3% de todo o açúcar produzido ao Rei D. Miguel de Portugal, e a D. Maria de Albuquerque, herdeira de Duarte de Albuquerque Coelho, pelo contrato de rendeiro do engenho, o que cabia ao dízimo real (de cada dez arrobas, uma).

    Após a Insurreição Pernambucana (1655)  o engenho Santana volta a pertencer a Nicolau Coelho de Lacerda, que era seu proprietário em 1623.


            Ainda no século XVII aparece Manoel Xavier Carneiro da Cunha como rendeiro do engenho.

            Em 1857 o engenho tinha uma população de 181 pessoas e segundo o censo feito nesse ano, essa população era composta de 46 brancos, 141 pardos e 04 crioulos. (PAES BARRETO, João Francisco Xavier. Uma Estatística Série de Quadros Concernentes. A Freguesia de Jaboatão. Tipografia de M. F. de Faria. 1857. Pág. 114. Engenho Santana)
         
                 O seu próximo proprietário encontrado foi Francisco Casado da Fonseca.

             Em 1920 o engenho pertencia a Manoel Carneiro Leão (meu bisavô) c.c. Joanna Idelvita Mendes de Hollanda.
       
                No século XX, o engenho já se encontrava de fogo morto, suas canas eram moídas na Usina Jaboatão e seu proprietário explorava a pecuária e a mineração de pedra (extração de rochas para a construção civil). Com o falecimento de Manuel Carneiro Leão, o engenho e demais propriedades ficaram para a sua filha única Maria Anna Carneiro Leão (D. Nita), depois Carneiro de Novaes.



Maria Anna e Novaes Filho
      
            Em 14/10/1998 - D.O./PE, o engenho Santana é declarado de interesse social. Ficando para os herdeiros de Novaes Filho e de Maria Anna Carneiro de Novaes: a casa grande, a capela, vacaria, algumas casas e seu entorno (11 ha) que foram entregues, por alguns dos seus herdeiros, através de um Contrato de Comodato, à Comunidade Católica Obra de Maria – que presta serviços comunitários e sociais para os habitantes da região, onde consta como um dos principais itens a conservação dos imóveis da propriedade.

Casa onde morou Maria Anna e
Novaes Filho, localizada na Rua Benfica/Madalena
-Recife 
(ainda hoje existente) 

Fontes:
Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Vol. XLVIII. Recife, 1976. Pág. 164
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1885-1886 Vol. 13; 1902 Vol. 24; 1925 Vol. 47; 1926 Vol. 48
CALADO, Frei Manoel. O Valeroso Lucideno e triunpho da liberdade, Edições Cultura, São Paulo, 1943, tomo I, p. 318 e tomo II, p. 12, 14
CARVALHO, Marcus Joaquim Maciel de, e Bruno Augusto Dornelas Câmara. A Insurreição Praieira. UFPE/Departamento de História. 
Colaboração de Reinaldo Carneiro Leão, em 06/02/2012.
COSTA, F. A. Pereira. Origens Históricas da Indústria Açucareira em Pernambuco. Publicado nos Anais da Conferência Açucareira. 1905, Recife 
Dados coletados dos descendentes de Maria Anna Carneiro de Novaes e Antônio Novaes Filhos
Diário de Pernambuco. Os Holandeses em Pernambuco – Uma História de 24 anos. João Fernandes Vieira. Publicado em 22.09.2003.
Fontes para a História do Brasil Holandês. A economia Açucareira. CEPE. Recife - 1981. Colaboração de José Antônio Gonsalves de Mello.
Fontes para História do Brasil Holandês – 1636, Willem Schott. A Economia Açucareira. Inventário feito pelo Conselheiro Schott Cia. CEPE, MEC/SPHAN/Fundação Pró-Memória Local: Recife, 1981
Fontes para História do Brasil Holandês – 1636. Willem Schott. A Economia Açucareira. Inventário feito pelo Conselheiro Schott Cia.
GASPAR, Lúcia. João Fernandes Vieira. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br
http://lhs.unb.br/atlas/S._Anna
http://abreuelimaemdestaque.hdfree.com.br/Engenho%20Jaguaribe.html
http://bvjagm.fgf.org.br/obra/Imprensa/030404-00034.pdf
http://familiasdebaturite.blogspot.com.br/2008_06_01_archive.html
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http://www.pmw.adm.br/monografia_moonen.pdf 
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MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana: os engenhos de açúcar do Brasil holandês. Edt Penguin & Companhia das Letras. 1ª Edição. São Paulo, 2012.
MELLO, Evaldo Cabral de. O Nome e o Sangue. Uma Parábola no Pernambuco Colonial. Editora Topbooks, 2000.
MELLO, José Antônio Gonsalves de. Restauradores de Pernambuco: biografias de figuras do século XVII que defenderam e consolidaram a unidade brasileira: João Fernandes Vieira. Recife: Imprensa Universitária, 1967. 2 v.
Pesquisa junto a família Carneiro de Novaes. 
SANTIAGO, Diogo Lopes, História da Guerra de Pernambuco, Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, Recife, 1984, p. 258.
VASCONCELLOS, Telma Bittencourt de. Dona Anna Paes. Recife: Edição do Autor, 2004. p. 188-191.
WATJEN, Hermann. O Domínio Colonial Hollandez no Brasil. Companhia Editora Nacional. São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre. 1938. Coleção da Biblioteca Pedagógica Brasileira, série 5, vol. 123 – Coleção visão holandesa. Tradução de Pedro Celso Uchoa Cavalcanti.