Distrito de Serinhaém: O distrito de Serinhaém se estendia ao sul do Rio Pirassinunga até o Norte do Rio Marcoype, e está perfeitamente extremado com marcos e pedras fincadas. A este distrito pertencia uma parte da freguesia de Ipojuca, desde os currais de Marcaype, compreendendo os engenhos de Francisco Soares Cunha e de Miguel Fernandes de Sá, e a freguesia de Una. No distrito existia a cidade chamada Vila Formosa de Serinhaém e a povoação de São Gonçalo de Una, além de alguns outros lugarejos. Dos 18 engenhos de Serinhaém, 11 não moerão e 07 foram confiscado, durante a ocupação holandesa.
O engenho ficava localizado ao sul do rio Sirinhaém, a cerca de uma milha e meia da cidade, sob a jurisdição da Vila Formosa de Serinhaém. Para se chegar ao engenho devemos pegar a BR-101, a partir do Recife, na altura do km 25 dobramos à direita e rodamos mais 05 km.
O engenho ficava localizado ao sul do rio Sirinhaém, a cerca de uma milha e meia da cidade, sob a jurisdição da Vila Formosa de Serinhaém. Para se chegar ao engenho devemos pegar a BR-101, a partir do Recife, na altura do km 25 dobramos à direita e rodamos mais 05 km.
O
engenho possuía
uma Igreja dedicada a São Braz e tinha aproximadamente uma milha de
terra com uma várzea razoavelmente boa. Sua moenda era movida com água e podia produzir
anualmente 5.000 a 6.000 arrobas de açúcar; pagando de recognição 2 arrobas por
mil.
Nomes históricos: S. Bras (São Braz, Sembras, St.
ßras). Nome atual: Engenho
São Brás.
Segundo o Relatório de Schott, feito em
1635, o engenho pertencia a Pedro Lopes de Veras que ficou do lado
dos holandeses. O engenho se encontrava de fogo vivo e moeria naquele ano. Seus
lavradores eram: Cipritana Charynho com 12 tarefas, Francisca Ferreira com 08
tarefas e Jan Blaer com 20 tarefas. A cana do engenho eram moídas no engenho Nossa Senhora do
Rosário/Serinhaem que também pertencia a Pedro Lopes de Veras
Pedro Lopes de Vera – Natural de Lisboa. Filho de João
de Veras, instituidor do Morgado do Senhor Bom Jesus/Cabo de Santo Agostinho, e
de D. Adrianna de Hollanda. Capitão. Segundo administrador do morgado do Senhor
Bom Jesus/Cabo de Santo Agostinho. Cristão Novo. Homem muito rico e possuidor
de grossos cabedais em Pernambuco. Proprietário
do Ofício de Almoxarife. Feitor da Fazenda Real em Pernambuco Durante a
ocupação holandesa ficou do lado dos invasores e adquiriu vários engenhos a
Companhia das Índias Ocidentais. Testamento feito no Mosteiro de São Bento da
Bahia, em 08/06/1650, e se acha no Cartório do Juízo das Capelas da Comarca de
Pernambuco.
Curiosidades:
Durante a ocupação holandesa foi preso sob a acusação de colaboracionismo. A acusação
devia ter fundamento, pois consolidado o poder holandês, Pedro Lopes de Veras
continuou à frente de suas propriedades, embora sua mulher tenha se retirado
para a Bahia.
Casamento
01: Catharina
de Lyra, nascidos
em família nobre na Ilha da Madeira.
Filhos:
Manoel de Veras, Sargento-mor, c.c. D. Felipa Miz (c.g.), depois com D. Cosma
Bezerra da Cunha (c.g.) e com D. Brites Barbalho Lins (c.g.); Maria Magdalena de
Holanda c.c. Manoel de Mesquita de Lira; Francisca de Lira c.c. José de Freitas
de Lira (lavrador do eng. Bujari/Goiana); Adriana de Holanda c.c. João Pinto de
Almeida e Anna de Holanda c.c. João da Cruz Azevedo.
Casamento
02: D. Felipa de Melo, em 22/10/1613, sem sucessão desse casamento. Filha
de Jerônimo de Albuquerque, o Torto, e de D. Maria do Espírito Santo. Segundo Borges
da Fonseca, Fernão Fragoso de Albuquerque
lhe negou o apelido de Mello, porque este lhe destruía a ideia com que pretende
provar que Jerônimo de Albuquerque não casara com D. Felipa de Mello, filha de
Cristóvão de Mello, sem que lhe servisse de embargo o testamento do mesmo
Jerônimo de Albuquerque (Arcebispado de São Bento de Olinda, gaveta V, maço B,
nº 13), nem em outros documentos desta qualidade com os quais se confundam
nervosamente os fundamentos desta sua caprichosa opinião nas memórias da
família Albuquerque. Durante a invasão holandesa se retirou para a Bahia,
enquanto seu marido permaneceu em Pernambuco.
Enteados:
João de Albuquerque de Mello, Fidalgo da Casa Real, proprietário do Ofício de
Almoxarife, feitor da Fazenda Real – antes da invasão holandesa, c.c. D. Maria
de Veras – irmã de seu padrasto; Nuno de Mello de Albuquerque, Capitão em 1630,
casou na Espanha onde foi General das frotas das Índias; Fernão Martins de
Mello; Jerônimo de Albuquerque de Mello; Afonso de Albuquerque de Mello (o
Colomim); Diogo de Albuquerque de Mello serviu na Índia; Sebastiana de Mello e
Albuquerque c.c. jacinto de Freitas da Silva, Morgado da Magdalena/Ilha da
Madeira-PT (1650)
Senhor
dos engenhos: São João/Cabo de Santo Agostinho (engenho comprado aos
holandeses), São Braz/Serinhaém (1637), Nossa Senhora do Rosário/Serinhaém;
Sembras/Serinhaém.
Fontes Consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José
Victorino. Nobiliartquia Pernambucana. Anais de 1925 e 1926.
MELLO, Evaldo Cabral de. O Nome e
o Sangue. Uma parábola familiar no Pernambuco colonial. Edt. Topbooks. 2ª
Edição. Rio de Janeiro, 2000
Durante a ocupação holandesa do engenho
foi citado:
- Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE - plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ: St. ßras', na m.d. de riacho sem nome, afluente m. d. do 'R. SԐrinhajs' - 'Rº. SԐrinhain'.
- Mapa PE (Orazi, 1698) Provincia di Pernambvco, plotado, 'S. Bras', na m.d. de riacho sem nome tributário m.d. do 'Cirinhaya' - 'Cirianhaya' - 'Siriânháỹa'.
Fontes consultadas:
PEREIRA, Levy. "S. Bras
(engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do
Atlas Digital da América Lusa. Disponível: em:http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Bras_(engenho_de_roda_
d%27%C3%A1gua).
Data
de acesso: 01/11/2013.
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