Fontes

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03/11/2013

Engenho Palma/Sirinhaém

       As origens de Sirinhaém remontam-se ao século XVII, época na qual, depois de vencer os índios Caetés que ocupavam toda a região, começa a povoar-se toda a zona sul do Estado de Pernambuco com a doação de terras em Sesmaria. Nesta época, foram construídos na região engenhos com uma produção de açúcar relevante e de boa qualidade, que era escoada por portos construídos em todo o litoral sul da Capitania. O povoamento das terras do Sirinhaém teve início, notadamente, pelas famílias Accioly, Lins, Siqueira, Uchôa, Peres, Campelo e Barros.

Distrito de Serinhaém:
 O distrito de Serinhaém se estendia ao sul do Rio Pirassinunga até o Norte do Rio Marcoype, e está perfeitamente extremado com marcos e pedras fincadas. A este distrito pertencia uma parte da freguesia de Ipojuca, desde os currais de Marcaype, compreendendo os engenhos de Francisco Soares Cunha e de Miguel Fernandes de Sá, e a freguesia de Una. No distrito existia a cidade chamada Vila Formosa de Serinhaém e a povoação de São Gonçalo de Una, além de alguns outros lugarejos. Dos 18 engenhos de Serinhaém, 11 não moerão e 07 foram confiscado, durante a ocupação holandesa.

Serinhaém
Fonte: http://www.sirinhaemsite.xpg.com.br
        Engenho com igreja dedicada a Nossa Senhora da Palma. Sua moenda era movida à água, localizado na margem esquerda do Rio Sirinhaém, a um quarto de milha distante de Sirinhaém. Suas terras tinham cerca de meia milha, com boa várzea bem plantada. Produzia anualmente 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar e pagava de recognição 2 arrobas em cada mil.

Curiosidades: Em 1621, Serinhaém foi elevada à categoria de freguesia pelo então bispo do Brasil, D. Marcos de Noronha. Seu primeiro vigário, o padre Simão Pita Calheiros, inaugurou-a provisoriamente na capela do Engenho Palma, tendo exercido suas funções no período de 1622 a 1629. Em 12/11/1622, Jacques Peres e sua esposa D. Catharina Álvares fizeram doação ao Padre Cooperador Matheus Soares das terras do Patrimônio de Santo Amaro, onde foi construída uma Capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição de Sirinhaém.

           O engenho Palma foi fundado por Filipe de Albuquerque.

Filipe de Albuquerque – Filho de Jerônimo de Albuquerque, o Torto, e de uma índia. Falecido antes de 1635, quando sua esposa deixou Pernambuco por causa da invasão holandesa, e foi para aBahia
Casamento 01: D. Madalena Pinheiro, filha de Antônio Pinheiro, Feitor-mor da Armada do Maranhão, e de Leonor Guardez, pais da esposa de Jerônimo de Albuquerque Maranhão.
Filhos: 01- Manuel de Albuquerque, nada consta; 02- Filipe de Albuquerque c.c. Maria de Albuquerque; 03- Lopo de Albuquerque (Cel de Ordenança de Serinhaém, Una e Porto Calvo) c.c. D. Isabel Fragoso de Albuquerque; 04- Francisca de Albuquerque c.c. João de Souto Maior (eng. Trapiche) e depois com João Lopes Vidal (Provedor da Fazenda em Itamaracá); 05- Antônio de Albuquerque c.c. (?) filha de Paulo Gomes de Lemos e de D. Brites de Albuquerque.
Fontes:

BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais de 1926.

           Durante a invasão holandesa o engenho Palma era administrado por D. Madalena, viúva de Filipe de Albuquerque, que tinha fugido, durante o êxodo dos senhores de engenho de Pernambuco, acompanhando o General Matias de Albuquerque para a Bahia, deixando para trás sua propriedade e levando consigo apenas o que não podia levar.  O engenho foi encontrado pelos holandeses em péssimo estado e na roça, perto do engenho, encontraram  um escravo velho e uma escrava que foram deixados para trás pela proprietária.
        A Companhia das Índias Ocidentais confiscaram o engenho por estar abandonado, mas não foi vendido por não ter canas e por ter ficado completamente destruído durante a guerra.
            No período holandês o engenho é citado nos seguintes mapas:
  • Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 Capitania de Pharnambocqve - plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ: Palma', na m.e. do 'R. SԐrinhajs' - 'Rº. SԐrinhain'.
  • Mapa PE (Orazi, 1698) Provincia di Pernambvco, plotado, 'N S di Palma', na m.e. do 'Cirinhaya' - 'Cirianhaya' - 'Siriânháỹa'.
Madalena Pinheiro – Filha de Antônio Pinheiro, Feitor-mor da Armada do Maranhão, e de Leonor Guardez, pais da esposa de Jerônimo de Albuquerque Maranhão.
Casamento 01: Filipe de Albuquerque.
Filhos: Filhos: 01- Manuel de Albuquerque, nada consta; 02- Filipe de Albuquerque c.c. Maria de Albuquerque; 03- Lopo de Albuquerque (Cel de Ordenança de Serinhaém, Una e Porto Calvo) c.c. D. Isabel Fragoso de Albuquerque; 04- Francisca de Albuquerque c.c. João de Souto Maior (eng. Trapiche) e depois com João Lopes Vidal (Provedor da Fazenda em Itamaracá); 05- Antônio de Albuquerque c.c. (?) filha de Paulo Gomes de Lemos e de D. Brites de Albuquerque.
Fontes:

BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais de 1926.

          Hoje as terras do engenho Palma pertencem a Usina Trapiche/Serinhaém. Para chegar ao engenho Palma basta pegar a BR-101 Sul, até a entrada do município do Cabo de Santo Agostinho e logo depois a PE-060 e quando chegamos ao acesso à Usina Trapiche, avistamos as casas de moradores do Engenho Palma, hoje fazendo parte da referida Usina.

Usina Trapiche (1950)

Fontes:
PEREIRA, Levy. "N S. de Palma (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em:http://lhs.unb.br/biblioatlas/N_S._de_Palma_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 03/11/2013.
GONSALVES DE MELLO, José Antônio. A Economia Açucareira. Fontes para a história do Brasil holandês. Governo de Pernambuco. CEPE. Recife 2004. 2ª
Edição.

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