Fontes

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13/12/2013

Engenho Pindoba/Ipojuca

Pindoba - folha de palmeira; nome também da mesma palmeira" (B. C. 337) -A. C.
Para Th. Sampaio, pind-oba, a folha de anzol, aquela cujo talo serve para vara de anzol — M. M.
Pindoba, Attalea oleifera Barb. Rodr., é uma palmeira nativa do Nordeste do Brasil, Pernambuco, Paraíba e Alagoas e encontrada em outros estados brasileiros.
Palmeira - Nordeste Brasileiro
A conquista de Ipojuca teve início em 1560, após a escravização dos índios caetés. A partir daí, os colonos de origem europeia puderam ocupar suas terras férteis e ricas em massapê, e que eram propícias para o cultivo da cana-de-açúcar, causando o surgimento de diversos engenhos na região. Entre os pioneiros, estavam as famílias Lacerda, Cavalcanti, Rolim e Moura.
Assim na Jurisdição de Olinda e nas freguesias que dela faziam parte, existiam 67 engenhos, sendo que quando os holandeses invadiram Pernambuco havia 20 de fogo morto e 47 moentes e destes 05 foram confiscados pela Companhia das Índias Ocidentais.
Capela de São Tomé, eng. Pindoba/Ipojuca
Hoje suas terras fazem parte da Região Metropolitana do Recife. Administrativamente, o município é formado pelo distrito-sede, pelos distritos de Camela e de Nossa Senhora do Ó e pelos povoados das praias de Porto de Galinhas, Muro Alto, Cupe, Maracaípe, Serrambi, Touquinho e seus engenhos. Na região existem vário engenhos como o: Água Fria, Amazonas, Arendepe, Arimbi, Belém, Benfica, Boacica, Bonfim, Cachoeira, Caetés, Canoas, Canto, Conceição, Crauassu, Daranguza, Dois Mundos, Dourado, Esmeralda, Jenipapo, Jussaral, Macaco, Maranhão, Mauá, Mirador, Pará, Penderama, Pindoba, Pirajá, Queluz, Saco, Santa Rosa, São Paulo, Sibiró do Mato, Sibiró da Serra, Supitanga, Tapera, de Todos os Santos.
O engenho Pindoba era movido à água e foi citado nos mapas: Præfecturæ Paranambucæ Pars Borealis, una cum Præfectura de Itâmaracâ; IBGE Geocódigo 2607208 Ipojuca - PE; PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 Capitania de Pharnambocqve, plotado como rio, 'Ԑ: Pin∂oua', no vale do 'R Pin∂oua'; PE (Orazi, 1698) Provincia di Pernambvco, plotado, 'Pindoba', à margem de caminhos na m.d. do 'Ipoiucâ' (Rio Ipojuca).
Mapa Ipojuca/Pernambuco
Desde o princípio até os dias de hoje é denominado como engenho Pindoba (Pindoua; Pindova). Ficava localizado na margem direita do Rio Meree (alto curso do Rio Arimbi e baixo curso do Rio Merepe) a duas milhas de distância da sede de Ipojuca e foi fundado por Gaspar da Fonseca Carneiro. Suas terras estavam sob a jurisdição de Olinda, freguesia de Ipojuca. Possuía uma moenda movia a bois e outra à água que vinha de um belo açude. Suas terras tinham cerca de 1/2 milha, com várzea bem plantada. Podia moer anualmente 3.000 a 4.000 arrobas de açúcar; paga de recognição 80 arrobas de açúcar terçado, seco nos toldos.
A capela do engenho sob a invocação a São Tomé encontra-se na lista de bens culturais e naturais da mata norte de Pernambuco. É do tipo de capela que se distingue pelo aparecimento da sacristia, sempre ao lado da capela-mor e do coro; com dimensões que variam muito, mas é constante a relação de superioridade do volume da nave em relação ao da capela-mor; a composição básica dos vãos da fachada é o triângulo formado pela única porta central e as duas janelas do coro.
               
Gaspar da Fonseca Carneiro  – Já falecido quando os holandeses invadiram Pernambuco. Seu engenho era administrado pelo seu filho primogênito, que se encontrava em Pernambuco e suas duas filhas eram freiras em Portugal.
Fontes consultadas:
Pergunte a Pereira da Costa. Vol. 07. Ano 1812. Pág. 91.

           Depois do falecimento de Gaspar da Fonseca o engenho passou a pertencer aos herdeiros de Gaspar da Fonseca. Segundo Johannes Nieuhof  (Memorável viagem marítima e terrestre ao Brasil. Livraria Martins, 1682), quando os holandeses conquistaram Ipojuca o engenho estava sendo administrado pelo seu filho Cosme Dias, que depois fugiu de Pernambuco (nada mais foi encontrado). Na ocasião foram apreendidas 17 caixas de açúcar branco e mascavo.
               O engenho foi confiscado pela Companhia das Índias Ocidentais e vendido a Gaspar Gonçalves Vila.

Gaspar Gonçalves Vila – Natural de Alter do Chão, no Alentejo.
Casamento 01: (?)
Senhor do Engenho Pindoba/Ipojuca, o qual o vendeu em 1644 a João Fernandes de Carvalho.
or dos engenhos: Pindoba e Três Pocinhos.                  
Curiosidades: Broeck (1651) no seu relato dos eventos ocorrido em 29 a 31/08/1645: “Jacob Dassine, Jacob Vermeulen, eu e doze soldados, fomos enviados para Santo Antônio pelo governador Vieira, escoltados por soldados da Bahia, que nos trataram bem. A 30 chegamos a Santo Antônio, onde encontramos preso o Schout Holl, três marinheiros do barco tomado no Cabo e o Tenente Jacheris, que, tendo partido antes de nós com os outros oficiais, aqui ficara por doente. Ao outro dia veio da Várzea reunir-se conosco mais vinte e um soldados. Esperávamos que nos conduzissem para o Cabo afim de aí embarcarmos, conforme nos prometeram, mas alegaram que a fortaleza ainda não se havia rendido pelo que seguiríamos para Serinhaem, onde havíamos de embarcar De feito para aí partimos este mesmo dia, ficando Jacob Dassine detido em Santo Antônio por queixas de Pedro Marinho Falcão. Ia preso conosco, mas a cavalo, o Schout Holl; e um pouco adiante de Tabatinga, vindo atrás de nós, foi derrubado do cavalo e cruelmente assassinado, do que foi principal causa Jasper Gaisales Villus. À tardinha chegamos a Ipojuca,"
Fontes consultadas:
Relatório de Van der Dussen (639) no vol. I desta série
Frei Manuel Calado, O Valeroso Lucideno (Lisboa 1648) p. 176 e na reedição do Recife I p. 368
ARA, OWIC 70, dag. notule de 21 de outubro de 1644.
Pereira, José Hygino Duarte, in (Broeck, 1651)

                Bullestrat, em seu relatório de 1642, diz que não conseguiu se encontrar com Gaspar Gonçalves Vila, que era devedor da Companhia das Índias Ocidentais, pois de acordo com algumas pessoas Gaspar tinha se ausentado por ter cometido alguns delitos, por isso resolveu visitar o eng. Pindoba para que a dita Companhia não tivesse maiores prejuízos. No dia 19, seguiu viagem para o engenho e quando lá chegou falou com sua esposa sobre a dívida de seu marido, e ela prometeu que dentro de 03 ou 04 semanas a dívida seria paga por ele própria ou por seu pai. Gaspar Gonçalves Vila vendeu o engenho Pindoba, em 1644 a João Fernandes de Carvalho (nada foi encontrado).
Morador e rendeiro encontrados do engenho Pindoba no século XIX:

Francisco José da Paz – Curiosidade: Foi batizado pelo Cônego Luiz José de Oliveira Diniz, Vigario-Interino, Geraldo e Manuel , ingênuo, filho natural de Theodora, escrava de Francisco José da Paz, morador no engenho Pindoba desta Freguesia, batizado solenemente na capela do mesmo engenho, aos 21/08/1884( Folha 64). Livro de Assentos de Baptisados dos filhos de mulher escrava vasados da dacta da lei de 28 de setembro ds 1871. Anno 1881, n.º 2.

Mathias de Senna e Silva – Rendeiro do engenho Pindoba cujo proprietário era (?). (Nada mais foi encontrado)
               
A próxima proprietária encontrada foi Juliana de Maria Camello.

Juliana de Maria Camello – Filha de Belchior Alves Camello (Familiar do Santo Ofício, Capitão-mor e Alcaide-mor do Rio São Francisco) e de Joanna Bezerra, em título de Camello, Morgados das Alagoas. Tia de Bernardo Vieira de Mello, a quem vinculou o engenho Pindoba/Ipojuca.
Casamento 01: Manoel de Mello. Sem sucessão.
Senhora do engenho Pindoba que vinculou para seu sobrinho, filho de sua irmã, Bernardo Vieira de Mello.,
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional. Anais 1909 Vol 31; 1926 Vol 48

Recife século XVII
                        D. Juliana de Maria Camello, por não ter herdeiros, vinculou o engenho Pindoba para seu sobrinho Bernardo Vieira de Mello.

Bernardo Vieira de Mello – Filho de Bernardo Vieira de Mello (Cavaleiro Fidalgo e Capitão de Ordenança) e de Maria Camello, filha de Belchior Alves Camello (Familiar do Santo Ofício, Capitão-mor e Alcaide-mor do Rio São Francisco) e de Joanna Bezerra, em título de Camello, Morgados das Alagoas.
Homem decidido e autoritário que lutou contra os indígenas no interior de Pernambuco, na área de Cimbres, aonde os proprietários de engenhos vinham recebendo doação de sesmarias, para criação de gado, tendo em vista a necessidade dos engenhos para uso agrícola e abastecimento alimentar. Proprietário do Ofício de Escrivão das Fazendas dos Defuntos e Ausentes, Capelas e Rezíduos de Recife, que pertenceu ao seu avô e pai.
Bernardo Vieira de Mello
Como Sargento-mor Bernardo Vieira de Melo liderou a tropa que lutou contra os indígenas na fase final da guerra dos bárbaros, em 1694, quando o chefe Canindé avançou em direção ao vale do Ceará Mirim, ameaçando Natal. Com o apoio do governador de Pernambuco, venceu Canindé e aldeou os grupos indígenas no vale do Açu e do Apodi.
Cabo com o posto de Capitão-mor, que do seu engenho Pindoba conduziu seu homens armados e ofereceu ao Governador para lutar na guerra dos Palmares. Participou do último ataque contra o quilombo dos Palmares, sob a liderança de Zumbi dos Palmares, contando com um terço das tropas oficiais. Em 1695, Bernardo Vieira de Mello foi nomeado governador e capitão-mor da capitania do Rio Grande do Norte, onde vendeu os índios Jondoins que continuavam oprimindo a Capitania. Sua tia D. Juliana Bezerra vinculou para ele o eng. Pindoba/Ipojuca.
Em 1696, comandou uma expedição que lutou contra os índios e estabeleceu os colonos, onde fundou o Arraial de Nossa Senhora dos Prazeres, à margem do rio Açu. Voltando à Olinda, em 1700, com grande prestígio, tornou-se um dos principais líderes do Senado da Câmara. Em 1709 foi nomeado capitão-mor da província de Igarassu.
No dia 10/11/1709, Bernardo Vieira de Melo propôs que Olinda se libertasse do domínio português e que se tornasse uma república aristocrática. A rivalidade entre "brasileiros" (de Olinda) e "portugueses" (do Recife) girava em torno da decadência do açúcar, que levara a aristocracia rural a endividar-se com os comerciantes (mascates), que detinham o monopólio do comércio de Pernambuco. Apesar de decadente, Olinda era Vila e tinha Câmara Municipal. Portanto, tinha autonomia em relação a Recife, que era comarca subordinada administrativamente a Olinda. A pressão dos mascates fez com que no dia 19/11/1709, o rei de Portugal elevasse Recife à categoria de Vila, em 15/02/1710, foi construído o pelourinho, símbolo do poder municipal. Quando da demarcação dos novos limites entre as duas vilas, o governador de Pernambuco Sebastião de Castro e Caldas (pró-mascates) foi alvejado por elementos desconhecidos.
Dentro das normas legais, uma junta presidida por D. Manuel Álvares da Costa, se instalou no Recife e procurou obter um ponto de equilíbrio entre as duas facções, o que levou os mascates a se revoltarem. Em fins de 1710, liderados por Bernardo Vieira de Melo, os olindenses invadiram Recife e derrubaram o pelourinho. Bernardo Vieira foi preso e remetido para a cadeia do Limoeiro em Lisboa, aonde veio a falecer por intoxicação, no dia 10/01/1714. Nota: O governo português concedeu perdão a maioria dos revoltosos mas, os líderes da "Guerra dos Mascates", que se encontravam em Lisboa foram condenados ao degredo.
Curiosidades: Bernardo Vieira de Mello foi homenageado com o nome da principal avenida do bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, e também de uma Avenida em Natal, Rio Grande do Norte.
Curiosidades: Em 1734 o Cel. Francisco Álvares Camello, morador da Comarca de Alagoas, escreveu ao Capitão Bernardo Vieira de Mello, morador do eng. Pindoba/Ipojuca, relatando uns acontecimentos extraordinários e de pura fantasia, que Manuel Cabral, morador na Serra Limpa, dizia terem sido observados por suas filhas. – na dita carta foi anexada a declaração feita por Manoel Lopes Cabral e escrita pelo Alferes Manuel de Abreu e Lima.
Casamento 01: D. Maria de Barros, filha de André de Barro Rego (Fidalgo da Casa Real) e de sua esposa D. Adriana de Almeida Wanderley. Sem sucessão.
Casamento 02: D. Catharina Leitão, filha do Cap. Gonçalo Leitão Arnoso e de Maria Leitão. Neta paterna de Pedro Leitão Arnoso, natural de Braga (Cavaleiro da Ordem de São Thiago, Almoxarife depois da Restauração, proprietário do Ofício de Escrivão de Defuntos e Ausente da Bahia) e de sua mulher Francisca Lopes, filha de Pedro Lopes e de Maria Matheos, naturais do Porto. Neta materna de Antônio Leitão Arnoso, natural de Braga, e de Úrsula Lopes, irmã de sua mãe.
Filhos:
André Vieira de Mello, Cavaleiro Fidalgo, serviu a Coroa portuguesa no terço de Infantaria paga da Praça do Recife, Alferes da Companhia do Mestre de Campo, sucessor do vínculo do engenho Pindoba/Ipojuca. Falecido em Lisboa, juntamente com seu pai, presos acusados de levante contra o Governador Sebastião de Castro e Caldas. Casou com D. Anna Theresa de Jesus, filha de Nicolau Coelho dos Reis (Sargento-mor da Comarca) e de D. Maria de Faria. Com sucessão;
Bernardo Vieira de Mello, Cavaleiro Fidalgo, professo na Ordem de Cristo, proprietário do Of´ciio de Escrivão dos Defuntos e Ausentes da Bahia, c.c. D. Maria Felipa de Albuquerque, filha de Reinaldo Fragoso de Albuquerque e de D. Anna da Silveira de Miranda. Sem sucessão;
Antônio Leitão Arnoso, Cavaleiro Fidalgo. Casou com sua prima D. Maria Muniz de Mello, filha do Sargento-mor Cristóvão Vieira de Mello e de Úrsula Leitão. Com sucessão;
José Vieira, falecido criança;
D. Maria, falecida criança;
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional. Anais 1896 Vol 18; Anais 1909 Vol 31; 1925 Vol 47; Anais de 1926

Guerra dos Quilombos
                O engenho foi herdado pelo seu filho André Vieira de Mello.

André Vieira de Mello – Filho de Bernardo Vieira de Mello (eng. Pindoba/Ipojuca) e de D. Catharina Leitão. Cavaleiro Fidalgo. Serviu a Coroa portuguesa no terço de Infantaria paga da Praça do Recife.  Alferes da Companhia do Mestre de Campo do 3º do Recife. Sucessor do vínculo do engenho Pindoba/Ipojuca. André Vieira de Mello faleceu em Lisboa, juntamente com seu pai, presos acusados de levante contra o Governador Sebastião de Castro e Caldas.
Casamento 01: D. Anna Theresa de Jesus, filha de Nicolau Coelho dos Reis (Sargento-mor da Comarca, natural de Couruche) e de D. Maria de Faria, irmã do Pe. Fr. José de Santo Antônio que foi Definidor na Religião de São Francisco. Neta materna de Mathias Ferreira e de Maria Soares Faria.
Filhos:
D. Luísa Bernarda de Melo, sucessora do vínculo do eng. Pindoba. C.c. Gonçalo Francisco Xavier Cavalcante, irmão de seu cunhado Nicolao Coellho de Albuquerque. Com sucessão.
D. Catharina José de Mello c.c. seu primo Nicolao Coellho de Albuquerque, irmão de seu cunhado Gonçalo Francisco Xavier Cavalcante. Com sucessão.
Senhor do engenho Pindoba/Ipojuca.
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional.Anais Anais 1909 Vol 31; 1925 Vol 47; Anais de 1926

                A herdeira do vínculo foi D. Luísa Bernarda de Mello c.c. Gonçalo Francisco Xavier Cavalcante.

Gonçalo Francisco Xavier Cavalcante – Filho de Mathias Ferreira de Sousa (eng. Anjo/Serinhaém e Pantorra/Cabo de Santo Agostinho ) e de D. Luzia Margarida Cavalcante. Neto materno do Sargento-mor João Cavalcante de Albuquerque (eng. Santana/Jaboatão dos Guararapes) e de D. Maria Pessoa.

Casamento 01: D. Luísa Bernarda de Mello, primos, herdeira do vínculo do engenho Pindoba, que pertencia ao seu pai André Vieira de Mello (Cavaleiro Fidalgo) e de D. Anna Theresa dos Reis.
Filhos: Nicolau Coelho de Albuquerque c.c. sua tia D. Catharina José de Mello, filha de André Vieira de Mello e de D. Anna Theresa dos Reis; João Cavalcante de Albuquerque c.c. D. Leonor Seraphima Cavalcante, filha do Cap. Pedro Pimentel de Luna (eng. Matapagipe) e de D. Leonarda Cavalcante; Francisco do Rego Barros, assassinado em 1752, senhor do eng. Arariba, c.c. D. Josepha de Lacerda, filha de Antônio Ribeiro de Lacerda (eng. Santana) e de D. Leonor dos Reis.
Senhor dos engenhos: Pantorra/Cabo de Santo Agostinho  e Pindoba/Ipojuca
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional. Anais de 1926

                O próximo proprietário encontrado foi Francisco Vieira de Mello.

Francisco Vieira de Mello – Capitão. Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Casamento 01: D. Maria Felipa de Albuquerque. Filha de Gregório Fragoso de Albuquerque e de D. Maria de Castro. Sem geração.
Senhor do engenho Pindoba
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional. Anais de 1926, pág. 298

Hoje suas terras fazem parte da Usina Salgado/Ipojuca formada pelos engenhos: Água Fria, Boacica, Cachoeira, Caetés, Califórnia, Camela, Canto, Currais, Dourado, Garagem, Guerra, Jenipapo, Mercês, Monte de Ouro, Penderama, Piabas, Pindoba, Saco, Salgado, Santa Rosa, São Paulo e Todos os Santos.

Usina Salgado – Fundada em 1892 em terras do engenho Salgado/Ipojuca que foi fundado por Cosme Dias da Fonseca, em 1625. Seus proprietários foram: Costa & Barros (concessão); Bento & Brito; Xavier & Bandeira (1929). Depois passou a pertencer a Joaquim Bandeira de Melo (1930); Aníbal Cardoso dos Santos, Miguel Santos e José Borba; Rui Cardoso Gonçalves dos Santos; Fernando Peres (1971-1972) e Joel de Albuquerque Queiroz (1975).
Em 1929, possuía 18 propriedades agrícolas, 45 km de ferrovia, 05 locomotivas e 08 carros. Tinha capacidade para processar 500 t. de cana e fabricar 6.000 l. de álcool em 22 hs. O transporte da cana e do combustível era feito pela via férrea própria e o do açúcar e do álcool, por barcaças de sua propriedade.
No período de moagem trabalhavam na fábrica cerca de 90 operários, incluindo quatro menores. Não eram aceitos estrangeiros ou mulheres. Possuía também uma vila operária com 80 casas, mantinha uma escola com freqüência média anual de 50 alunos e uma assistência hospitalar para seus empregados.
Na década de 1960, no auge das ligas camponesas comandadas por Francisco Julião, a Usina Salgado enfrentou uma grande crise. Foi administrada pelo Padre Antônio Melo, que não resolveu os problemas administrativos nem os sociais da empresa, voltando então a usina para as mãos de usineiros.
e adquirida pela família Queiroz no ano de 1975, o parque industrial Salgado tem um grande diferencial que é situar-se próximo ao Porto de Suape e Porto de Recife, além de ter tecnologia agrícola, dentre elas estão: os plantios de várzea com drenagem forçada através de bombeamento e projeto de fertirrigação com sistema de hidroroll nas encostas.
Curiosidades: No ano de 2007 alguns engenhos que pertenciam a Usina Salgado/Ipojuca, foram leiloados, foram eles: Santa Rosa com área de 1.386 ha., avaliado em R$ 4.200.000,00; São Paulo, com área de 814 ha., avaliado em R$ 2.500.000,00; Caetès com área de 864 ha., avaliado em R$ 2.900.000,00; Genipapo, com 989 ha., avaliado em R$ 3.000.000,00; São Carlos com 606 ha., avaliado em R$ 1.900.000,00; Cachoeira com área total de 943,1 ha., avaliado em R$ 6.130.150,00.
Atualmente, a Usina Salgado possui uma área de 15.500 hectares, com 19 engenhos e cerca de 4.000 hectares de terra mecanizável. Sua produção na safra de 1994-1995 atingiu 1.120.000 de sacos de açúcar.
Proprietária dos engenhos: Água Fria, Boacica, Cachoeira, Caetés, Califórnia, Camela, Canto, Currais, Dourado, Garagem, Guerra, Jenipapo, Mercês, Monte de Ouro, Penderama, Piabas, Pindoba, Saco, Salgado, Santa Rosa, São Paulo e Todos os Santos.
Fontes consultadas:
ANDRADE, Manuel Correia de História das usinas de açúcar de Pernambuco. Recife: FJN. Ed. Massangana, 1989. 114 p. (República, v.1)
GONÇALVES & SILVA. O assucar e o algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929. 90 p.
MOURA, Severino. Senhores de engenho e usineiros, a nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998. 320 p. (Tempo municipal, 17).
  


Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional. Anais
MELLO, Evaldo Cabral de. Olinda Restaurada. Guerra e açúcar no Nordeste, 1630-1654. Edt. 34. 3ª Edição, definitiva
NIEUHOF, Johannes. Memorável viagem marítima e terrestre ao Brasil. Livraria Martins, 1682.
PEREIRA, Levy. "Pindoba (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em:http://lhs.unb.br /biblioatlas/Pindoba_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 12/12/2013
Pergunte a Pereira da Costa. Vol. 07. Ano 1812. Pág. 99, 1ª col., 3º§.

Revista do Instituto Archeológico e Geográfico de Pernambuco (1887). Relação dos engenhos baseado no levantamento feito no primeiro ano do domínio holandês. Capitanias de Pernambuco.  Disponível em: http://www.institutoarqueologico.com.br/RIAHGP/RIAHGP_34_1887.pdf. Acessado no dia 26/10/2013.

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