Fontes

A maioria das informações vêem com a devida validação abaixo da publicação. Algumas não foram possíveis de indicar a fonte, mas demos à informação o valor e a importância que mereceu e esperamos poder validá-la com posteriores pesquisas.

03/11/2014

Casa Forte/Recife - Casa Forte

(Engenho de Jerônimo Paes, de Isabel Gonsalves, de Dona Anna Paes, de Tourlon, de Nassau, de With; e por último de Casa Forte)

Mapa de Pernambuco. Willem J. Blaeu,
Tweede deel van 't Tooneel des Aerdriicx... (Amsterdam, 1635).
Como ornamento ao mapa da conquista, nota-se, acima, detalhes representando engenho -
com sua casa de caldeira e moendas - e casa grande.
Em meados do século XVI, o engenho Santo Antônio de Beberibe e as terras que abrangiam os atuais bairros do Recife: Beberibe, Casa Forte e Várzea foram doadas pelo 1º donatário Duarte Coelho Pereira a Diogo Gonçalves, a título de dote nupcial.
No Livro de Tombo do Mosteiro de São Bento de Olinda existe o registro de doação de várias sesmarias entre elas a que foi feita a Diogo Gonçalves, morador antigo em Beberibe, e pai de "muitas filhas", por D Brites de Albuquerque, esposa de Duarte Coelho Pereira, com 800 braças de terra para serem cultivadas. Nessa sesmaria Diogo construiu mais dois engenhos o de Casa Forte e o de Santo Antônio da Varzea.
O engenho Casa Forte era movido a bois e possuía uma igreja sob a invocação de Nossa Senhora das Necessidades, ocupando uma bela situação. Dispunha de uma grande área territorial e de excelentes matas e ficava localizado nas imediações do Passo do Fidalgo, à margem esquerda do Rio Capibaribe, no sítio depois chamado de Santana. O açúcar que fabricava era colocado no dito Passo e depois conduzido em lanchas para a Praça do Recife. As casas do engenho, de vivenda, com a sua capela contigua, e suas respectivas dependências, campeavam no belo arrabalde da cidade denominado da Casa Forte, e precisamente na grande praça vulgarmente chamada Campina da Casa Forte.

Diogo Gonçalves (Diogo Gomes Froes*)  Nasceu na Vila do Conde/PT. Filho de Fernán Rodrigues de Campos (senhor da Vila de Erra) e de Helena Froes. Chegou a Pernambuco no principio da colonização como trabalhador braçal, mas logo se tornou Auditor da Gente de Guerra da Capitania. Homem de certa importância na Colônia pelo cargo que exercia. Ao se casar recebeu como dote o engenho Beberibe/Recife, levantado por Duarte Coelho em torno de 1540, aonde foi residir e estabeleceu sua família.
No Livro de Tombo do Mosteiro de São Bento de Olinda, encontramos vários registros de doações e vendas de terrenos feitas ou autorizadas por D. Brites, e por ela assinados. Entre as doações registradas podemos encontrar a de uma sesmaria com 800 braças de terras que abrangia os atuais bairros de Casa Forte e da Várzea, doada a Diogo Gonçalves, morador antigo em Beberibe, e pai de "muitas filhas" e que era casado com D. Isabel Froes que tinha que viera para Pernambuco com o casal de Donatário com recomendações de D. Catharina, esposa de D. João III, com recomendações que a acomodassem e a protegessem.
Diogo Gonçalves depois recebeu sua sesmaria construiu dois engenhos: Casa Forte/Recife e Santo Antônio da Várzea/Recife, que legou para suas filhas: D. Cosma e D. Isabel, deixando o engenho Beberibe para seu filho Leonardo Froes.
Casamento 01: Casamento 01: D. Isabel Froes (Ana), em 1560. D. Isabel Froes, em 1560. Uma das filhas de Álvaro do Campo, que serviu na Índia, que foi terceiro neto do General Francisco de Brito Freire – Almirante da Armada, e de (NI). Irmã de D. Leonarda Froesque casou com seu primo Martim Lopes de Brito. D. Isabel trabalhou como criada da Rainha D. Catarina, mulher do Rei D. João III. NOTA: Alguns autores dão a paternidade de D. Isabel a Duarte Coelho Pereira, pois acham estranho ela ter levado de dote de casamento o engenho Beberibe.
Quando Duarte Coelho e D. Beatriz de Albuquerque vieram para a Capitania de Pernambuco (1535), D. Catarina pediu que trouxessem D. Isabel com eles e lhe dessem acomodação e amparo financeiro por ser filha de um grande cavaleiro que morrera na Índia em seu serviço. O que foi executado com muito zelo casando-a com Diogo Gonçalves, um dos homens mais importantes da Capitania e dando como dote  o engenho Beberibe que pertencia ao Donatário.
Filhos encontrados: 01- Leonardo Froes – Vereador de Olinda, em 1604, de acordo com uma carta de data e sesmarias de umas casas no Recife, passada a Belchior Simões, e registrada no verso da fl. 5 do Livro que serviu de registro da Câmara de Olinda, de 1660 a 1682. Senhor do engenho Beberibe. C.c. Maria Gonçalves Raposo, depois com Francisca Nova (c.g); 02- D. Isabel Froes – C.c. Jerônimo Paes de Azevedo (senhor do eng. Casa Forte). (c.g). Depois c.c. Belchior Simões que foi senhor do eng. Santo Antônio. (c.g. desconhecida); 03- D. Cosma Froes segunda esposa de Pedro da Cunha de Andrada*, filho de Ruy Gonçalves de Andrada (Fidalgo, natural da Ilha da Madeira), e de D. Leonor da Cunha Pereira. Moço Fidalgo da Casa Real. Coronel de um dos Terços das Ordenanças em Olinda, durante a guerra holandesa. Pedro da Cunha foi casado em primeira núpcia com D Anna de Vasconcellos, filha de João Gomes de Mello (senhor do eng. Trapiche/Cabo de Santo Agostinho) e de D. Anna de Hollanda. (c.g.).
Fontes:
* Revista do Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano, Edições 20-27. Pág. 646-650
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victoriano. Nobiliarquia Pernambucana. Anais 1925 Vol 47 (2) Pág. 125, 126, 147, 199, 210. Anais 1926 Vol 48 (1) pág. 255, 322.
Gonsalves de Mello, 1976, pg. 32
http://bestaesfolada.blogspot.com.br/2010_12_01_archive.html
http://doria.genealogias.org/Albuquerques.pdf
http://geneall.net/pt/nome/232108/diogo-gomes-froes/
http://geneall.net/pt/nome/255197/alvaro-do-campo/
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. Pág. 68-69
 MELLO, Evaldo Cabral de. O Nome e o Sangue. Uma parábola genealógica no Pernambuco colonial. Edt. Companhia de Bolso. São Paulo, 2009. Pág. 233
PEREIRA DA COSTA. F. A. Origens Históricas da Indústria Açucareira em Pernambuco. Aranis da Conferência Açucareira. Recife, 1905
PEREIRA, Levy. "Naβau (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Na%CE%B2au_(engenho_de_bois). Data de acesso: 26 de outubro de 2014.
VAINSENCHER, Semira Adler. Beberibe (rio e bairro, Recife). Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar>. Acesso em: dia  mês ano. Ex: 6 ago. 2009.

Imagem de Zacharias Wagner observa-se, além de engenho em
atividade, e capela, casas de escravos africanos e, ao longe,
residências de lavradores de canas.
O engenho era movido a animais, ocupava uma bela situação, e dispunha de uma grande área territorial e de excelentes matas; ficava nas imediações do Passo do Fidalgo, à margem esquerda do Rio Capibaribe, no sítio depois chamado de Santana, e depositado o açúcar que fabricava naquele passo, era depois conduzido em lanchas para a Praça do Recife. As casas do engenho, de vivenda, com a sua capela contígua, sob a invocação de N. S. das Necessidades, e suas respectivas dependências, campeavam no belo arrabalde da cidade denominado depois de Casa Forte, e precisamente na grande praça chamada Campina da Casa Forte. Esse engenho coube a uma filha do auditor Diogo Gonçalves, D. Isabel Gonçalves Fróis c.c. Jerônimo Pais de Azevedo, que já o possuíam entre fins dos século XVI e os primeiro anos do imediato.

Jerônymo Pais de Azevedo – Senhor do engenho Casa Forte/Recife-Casa Forte. Um dos fundadores da Capela da Casa da Misericórdia/Olinda. Seu testamento e o de sua esposa se encontram no Cartório de Órfãos de Olinda, junto com o inventário de seus bens (1686), feitos pelo Juiz de Órfãos, João Carneiro da Cunha, cujo escrivão foi Nuno de Mello. No fim do século XVI, Jerônimo Paes administrava os engenhos: Beberibe, Santo Antônio e o Casa Forte, fundados pelo seu sogro.
NOTA: Jerônimo Pais de Azevedo vendeu a Antônio Fernandes Pessoa (senhor do eng. Jiquiá/Recife) uma terra em torno de 1630, que depois foi anexada ao dito engenho.
Casamento 01: Isabel Gonçalves Froes, filha de Diogo Gonçalves (senhor dos engenhos Beberibe, Casa Forte e Santo Antônio) e de Isabel Froes. Ao se casar D. Isabel levou como dote nupcial o engenho Casa Forte/Recife-Casa Forte.
Filhos encontrados: 01- Anna Paes Gonsalves de Azevedo (herdeira do engenho) c.c. o Cap. Pedro Correia da Silva, depois com o Cap. Charles de Tourlon, e por último com o Conselheiro de Justiça do governo holandês Gilbert de Witt. (c.g. nos dois últimos casamentoa); 02- Jerônima Paes de Azevedo c.c. o Tenente General Antônio de Freitas da Silva, Fidalgo da Casa Real, Comendador da Ordem de Cristo de uma das  comendas da Ilha da Madeira, serviu na guerra holandesa, Gov. do Castelo de Vide, aonde veio a falecer.
Fontes:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victoriano. Nobiliarquia Pernambucana. Anais 1925 Vol 47 (2) Pág. 147, 151, 466. Anais 1926 Vol 48 (1). Pág. 255
Revista do Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano, Edições 20-27. Pág. 646-650
http://resources.huygens.knaw.nl/bwn1780-1830/DVN/lemmata/data/Paes
http://yellowhousenews.blogspot.com.br/2007/08/o-bairro-de-casa-amarela.html
PEREIRA DA COSTA, F. A. Vol. 01. Anto de 1493. Pág. 396.
PEREIRA DA COSTA. F. A. Origens Históricas da Indústria Açucareira em Pernambuco. Aranis da Conferência Açucareira. Recife, 1905
PEREIRA, Levy. "Naβau (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Na%CE%B2au_(engenho_de_bois). Data de acesso: 26 de outubro de 2014.
   
  O engenho Casa Forte foi citado nos seguintes mapas coloniais: Præfecturæ Paranambucæ Pars Borealis, una cum Præfectura de Itâmaracâ; PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 Capitania de Pharnambocqve, plotado como engenho, 'Ԑ: TԐrlon', na m.e. do 'Rº. Capauiriuÿ; IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 Capitania de I. Tamarica, plotado como engenho, 'Ԑ. TԐrlodԐn', na m.e. do 'Rº. Capauiriuÿ'; PE (Orazi, 1698) Provincia di Pernambvco, plotado como engenho, 'Naβau', na m.e. do 'Capiibari'.
A título de dote nupcial passou depois o engenho a pertencer a uma filha de Jerônimo Paes de Azevedo e de D. Isabel Gonçalves Froes, D. Anna Gonsalves Paes de Azevedo , quando se casou com o Cap. Pedro Correia da Silva.

Anna Gonsalves Paes de Azevedo  (Ana Paes) – Nasceu em 1612/eng. de Jerônimo Paes, depois Casa Forte/Recife – Várzea do Capibaribe e faleceu em 21.12.1678/Dondrecht-Holanda. Filha do português Jerônimo Paes de Azevedo (senhor do eng. Casa Forte/Recife) e de Izabel Gonsalves Frois. Neta materna de Diogo Gonçalves Frois e de D. Isabel Frois (Campo), que era protegida de D. Catharina, esposa de D. João III. Neta paterna de Fernán Rodrigues de Campos (senhor da Vila de Erra) e de Helena Froes.
D. Anna tinha cabelos escuros, olhos cor violeta e pele muito branca, sendo considerada muito avançada para a sua época. Foi educada de acordo com os princípios e costumes portugueses, mas falava e escrevia muito bem o português, latim e holandês, que era uma coisa muito rara para uma mulher na época. Para Frei Manuel Calado, que não poupava ninguém do seu tempo, era Anna Paes "a mais desenvolta mulher de quantas houve no tempo deste cativeiro na capitania de Pernambuco".
Casamento 01: Pedro Correia da Silva, que levou como dote de casamento o engenho Casa Forte/Recife. Homem fidalgo, como o chamou Calado, escritor coevo, no seu Valeroso Lucideno. Como Capitão tomou parte da defesa do Forte de São Jorge, vindo a falecer m virtude dos ferimentos que recebeu naquele glorioso combate, três meses após o casamento, deixando D. Anna viúva aos 18 anos de idade (1630). (s.g.)
No princípio da invasão holandesa sua família foge da invasão holandesa para a Bahia, mas D. Anna resolve permanecer na frente de sua propriedade, juntamente com sua mãe, alternando sua moradia entre o engenho de “Isabel Gonsalves” e um solar localizado na Rua Bom Jesus/Recife.
André Vidal de Negreiros
Muito inteligente D. Anna passa a viver em meio da classe dos senhores de engenho, mas logo se atualiza nas praças e mercados, conseguindo competir com proprietários de engenhos, corretores e mercadores, fazendo do seu engenho um dos melhores da Capitania de Pernambuco.
Viúva, jovem e sozinha, D. Anna se apaixona perdidamente pelo líder da Insurreição Pernambucana André Vidal de Negreiros. Mas pouco tempo durou esse relacionamento, pois já existiam rumores de que D. Anna mantinha um caso amoroso com o Conde João Maurício de Nassau, que chegou a Pernambuco em 1637, como Governador, Almirante e Capitão-General dos domínios conquistados e por conquistar pela Companhia das Índias Ocidentais no Brasil.
Maurício de Nassau era uma figura amável, inteligente e galante. Mulher instruída, D. Anna já falava perfeitamente o alemão, circulava abertamente entre a sociedade holandesa. Dela se conhece uma carta endereçada ao Conde de Nassau, na qual oferece a dádiva de "seis caixas de açúcar branco"; cada caixa de açúcar pesava em média 300 quilos. Essa carta foi divulgada pela primeira vez por José Higino Duarte Pereira, no n.º 30 da Revista do Instituto Arqueológico Pernambucano (Recife, 1886), que foi devidamente traduzida para o português, e teria o seguinte teor: “Ilmo. Snr. Como nós devemos toda a obediência a nossos superiores tanto mais a vossa excelência de quem temos recebido tantas honras e mercês, assim que este ânimo me faz tomar atrevimento de pedir a vossa excelência queira aceitar seis caixas de açúcar branco, perdoando-se vossa excelência o atrevimento (que meu ânimo é de servir a vossa excelência) e fico pedindo que Deus aumente a vida e estado de vossa excelência para amparo de suas cativas. De vossa excelência a muito obediente cativa Dona Ana Paes”. Mas os pormenores do affaire de Tourlon com o Conde de Nassau só aparecem com mais detalhes no livro do historiador holandês Harald S. van der Straaten.
Johann Moritz von Nassau-Siegen. - Recife
Conde Maurício de Nassau
Casamento 02: Charles de Tourlon  (Karel Tourlon) “o Moço”, nascido em 1544/Holanda e falecido em 18.02.1644/Zelândia. Filho de Charles de Tourlon, que se passara para o lado dos espanhóis em Flandres. Capitão da  Guarda pessoal do Conde Maurício de Nassau. Serviu no Brasil desde os primeiros anos do domínio holandês. Tourlon, gostava muito de bebida, e ao se casar com D. Anna adquiriu status social, bem como o posto de Comandante da Guarda Pessoal do Governador Geral e Secretário de Governo. Durante a permanência de Charles de Tourlon, em Pernambuco, construiu o eng. Martitu/Recife-Várzea do Rio Capibaribe, talvez construído em terras da sesmaria de Diogo Gonçalves, que era movido a animais.
Filhos encontrados: 01- Isabel de Tourlon , batizada na  igreja holandesa, em 1643. Isabel ainda pequena foi para a Holanda com seu pai. NOTA: D. Anna só veio a se encontrar com sua filha Isabel de Tourlon no fim do domínio holandês (1654), quando foi deportada a Holanda com seu marido Gilbert de Witt. Isabel nessa altura já casada com um oficial da infantaria batava - Virgílio Gaspar de Kroyestein.
Maurício de Nassau nada fez para impedir o casamento de D. Anna com Tourlon, pois poderia prosseguir o seu relacionamento sem assumir um compromisso sério, já que tinha relacionamentos com várias mulheres na Capitania como com  Margarita Soler, mulher jovem e casada com um senhor de engenho e que o tinha abandonado em razão de sua frieza (impotência) e de suas ausências com os seus compromissos matrimoniais. Maurício de Nassau depois a desprezou pelo amor da filha do sargento-mor Cornélio Bayer", fato que veio dar "causa da filha de Soler morrer de paixão e de tristeza".
Quando Tourlon depois de certo tempo descobriu o que estava acontecendo entre sua esposa e seu empregador, elaborou um relatório sobre a vida amorosa de Maurício de Nassau que encaminhou para o Conde Frederick Henry (Chefe da Casa de Orange), parente e protetor do Conde de Nassau, acrescentando que o Conde tinha o hábito de cercar-se de portugueses de duvidosa estirpe que seriamente ameaçavam aos interesses da população holandesa e que se enriqueciam escandalosamente à custa dos membros mais pobres da sociedade. O Conde Maurício de Nassau é chamado à razão pelos diretores. Ao ser interrogado Tourlon confessou a autoria da denúncia e é prontamente dispensado de seu posto e preso. Depois Tourlon é acusado de cumplicidade com brasileiros em uma revolta contra os holandeses, mas no inquérito nada foi provado. Em 1637 é deportado para Holanda no primeiro navio que zarpou, lavando consigo sua filha Isabel de Tourlon. Em 21.01.1643 o governo holandês permite que Charles de Tourlon retorne ao Brasil, mas  teria que abandonar a vida de Militar, mas não retorna pois falece em 18.02.1644.
NOTA: No Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, existem duas cartas escritas por Anna Paes: a primeira, dirigida ao conde Maurício de Nassau, na qual ela oferece açúcar do seu engenho; e, a segunda, em agosto de 1637, endereçada ao Conselho da Zelândia, onde solicita a libertação de seu marido, Charles de Tourlon.
Casamento 02: Gilbert de Witt, em 1645. Conselheiro de Justiça do Governo Holandês. Primo do futuro pensionário da Holanda, Johan de With. Em 29.04.1645, de Witt escreveu um comunicado para o Alto Conselho holandês, informando a sua intenção de se casar com D. Anna dizendo que “a sua futura esposa já no tempo do seu anterior casamento tinha demonstrado ser mais favorável à nossa nação que a dos portugueses”.
Filhos encontrados: 01- Kornelius de Witt batizada na igreja holandesa em 1647; Elizabeth de Witt batizado na igreja holandesa em 1650.
Pela grande aliança com os holandeses e, em especial, por sua conversão ao calvinismo, atitudes que eram muito avançadas para a sociedade do século XVII, já que ela fora criada dentro das tradições portuguesas, D. Anna chegou a ser considerada como uma mulher amoral pela sociedade local, mas é importante registrar, contudo, que ela se notabilizou pela liberdade de pensamento e coragem pessoal. Em 1693, os seus herdeiros conseguiram indenização em ressarcimento dos bens confiscados, através do Tratado de Transação entre Portugal e Holanda.
Porto do Recife
Em 1654 com o término do domínio holandês, por ser casada com um deles, D. Anna foi considerada holandesa e todos os bens imóveis de D. Anna são confiscados, contudo fez jus às regalias concedidas aos holandeses pelo General Francisco Barreto de Meneses e  embarca para Holanda na nau Vos (Raposa), na companhia do marido e dois filhos. Seu engenho  foi confiscado , colocado em leilão e arrematado em hasta pública .
Mais tarde, em 1693, no Tratado de Transação contra o reino de Portugal os herdeiros de Anna Paes, ganham a ação de indenização movida por eles, em ressarcimento dos bens deixados no Brasil por seus pais.
Fontes:
Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1902 Vol 24 (2). Pág. 98, 132
CALADO, Manoel. O Valeroso Lucideno. Edt. CEPE. 5ª edição. Recife, 2004. Vol I. Pág. 125
CALADO, Manoel. O Valeroso Lucideno. Edt. CEPE. 5ª edição. Recife, 2004. Vol. II. Pág. 34, 35, 42-46, 53, 69, 78, 80, 102, 130, 131, 179 e 251
CALADO, Manuel. O Valeroso Lucideno e Triunfo da Liberdade. Ed.. José Antônio Gonsalves de Mello. Recife, 1985.
GONSALVES DE MELLO, José Antônio. Tempo dos Flamengos. BNB. Governo de Pernambuco. 2ª edição. Recife, 1979. Pág. 24, 142, 144
http://carvoemfundobranco.blogspot.com.br/2009/04/perfil-ana-paes9-1617-1674.html
http://fatoshistoricosdobrasil.blogspot.com.br/2012/06/d.html
http://mauritsstadtblog.blogspot.com.br/2012/08/d-anna-paes.html
http://resources.huygens.knaw.nl/bwn1780-1830/DVN/lemmata/data/Paes
http://www.mpce.mp.br/nespeciais/promulher/biografias/anapaes.pdf
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço da Cana. Os engenhos de açúcar do Brasil holandês. 2ª edição. Companhia das Letras. São Paulo, 2012.
MELLO, Evaldo Cabral de. Olinda Restaurada. Guerra e açúcar no Nordeste, 1630-1654. Edt. 34. 3ª edição. São Paulo, 2007. Pág. 355-356
PEREIRA DA COSTA, F. A. Origens Históricas da Industria Açucareira em Pernambuco. Publicado nos Anais da Conferência Açucareira reunida no Recife, 1995.
PEREIRA DA COSTA, Francisco Augusto. Anais pernambucanos. 2. Edição. Recife: Fundarpe, 1983. v. 3-4. (Coleção pernambucana, 2a. fase). Vol. 01. Ano de 1493. Pág. 396.
PEREIRA DA COSTA. F. A. Origens Históricas da Indústria Açucareira em Pernambuco. Aranis da Conferência Açucareira. Recife, 1905
PEREIRA, Levy. "Naβau (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Na%CE%B2au_(engenho_de_bois). Data de acesso: 26 de outubro de 2014.
VASCONCELLOS, Telma Bittencourt de. Dona Anna Paes. Recife: Edição do Autor, 2004. 208 p.

Com a partida de D. Anna o engenho passa a ser administrado por seu sobrinho João de Freitas da Silva, filho de sua irmã D. Jerônima Paes de Azevedo.

João de Freitas da Silva – Filho de Antônio de Freitas da Silva (Fidalgo da Casa Real, Comendador da Ordem de Cristo com comenda da Ilha da Madeira. Tenente General do Brasil e da província da Beira, Governador do Castelo de Vide, aonde faleceu) e de Jerônima Paes de Azevedo, filha de Leonardo Froes. Irmão de D. Isabel da Silva c.c. o Mestre de Capo Manoel Pacheco de Mello. Fidalgo da Casa Real. Capitão de Ordenança do Espírito Santo. Coronel. Senhor do engenho Casa Forte/Recife-Casa Forte.
Casamento 01: D. Catarina de Albuquerque, sua prima. Filha de Jacinto de Feitas da Silva e de D. Sebastiana de Albuquerque.
Filhos encontrados: 01- (Francisco) Antônio de Freias da Silva, Mestre de Campo. Fidalgo da Casa Real. Cavaleiro da Ordem de Cristo. c.c. D. Francisca Monteiro, filha do Cel. Manoel Carneiro da Cunha (senhor do eng. do Brum Brum/Recife) e de D. Sebastiana de Carvalho. (s.g.); 02- Jacinto de Feitas da Silva. Batizado em 16.03.1680. Fidalgo da Casa Real. Sucessor do eng. Casa Forte. C.c. D. Antônia da Cunha, irmã de sua cunhada D. Francisca Monteiro. Filhas do Cel. Manoel Carneiro da Cunha (senhor do eng. do Brum Brum/Recife) e de D. Sebastiana de Carvalho. (c.g.). Depois de viúvo Jacinto, aos 70 anos de idade, c.c. (NI). (c.g.); 04- D. Catharina da Silva que foi batizada em 06.11.1678 e faleceu ainda criança; 05- (NI) que foi freira na Ilha da Madeira; 06- Cosme de Freitas Correia (nada foi encontrado).
Relacionamento: D. Maria de Siqueira
Filhos encontrados: 07- D. Isabel da Silva c.c. (NI) Carreyra, lavrador de canas do eng. Casa Forte. (c.g.)
Senhor dos engenhos: Beberibe e Casa Forte, que foram herdados pelo seu filho Antônio de Freitas da Silva.
Fontes:
PEREIRA DA COSTA, Francisco Augusto. Anais pernambucanos. . Vol. 7. Ano de 1812. Pág. 402.
Documentos manuscritos avulsos da Capitania de Pernambuco: Fontes repatriadas. Documentos manuscritos avulsos da Capitania de Pernambuco: Fontes repatriadas
Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1878-1879 Vol 05 (3). Pág. 338
BORGES DA FONSECA, José Antônio Victoriano. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (5). Pág. 199, 465-466, 475. Anais 1926 Vol 48 (3). Pág. 33

Carregadores de caixas de açúcar.
Jean Baptiste Debret, voyage Pittoresque et Historique ou Bresil
(Paris, 1834-39)
O único lavrador encontrado na época de João de Freitas da Silva foi (NI) Carreyra que casou com sua filha bastarda D Isabel da Silva.

Manoel Carreyra – Alferes. Nada mais foi encontrado.
Casamento 01: D. Isabel da Silva, filha de João de Freitas da Silva com D Maria de Siqueira
Lavrador do engenho do engenho Casa Forte
Fontes:
Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1878-1879 Vol 05 (3). Pág. 338
BORGES DA FONSECA, José Antônio Victoriano. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (5). Pág. 199, 465-466, 475. Anais 1926 Vol 48(3). Pág. 33
Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco. Vol. XVI. Recife, 1981.

O engenho Casa Forte depois passa a pertencer (Francisco) Antônio de Freitas da Silva filho de João de Freitas da Silva e de D. Catarina de Albuquerque.

Antônio de Freitas da Silva (Francisco Antônio de Freitas da Silva) – Filho de João de Freitas da Silva e de D. Catarina de Albuquerque. Fidalgo da Casa Real. Cavalheiro da Ordem de Cristo. Comendador da Ordem de Cristo da Ilha da Madeira. Tenente General do Brasil e da província da Beira. Governador do Castello de Vide, onde faleceu. Sucedeu seu pai na administração do engenho.
Casamento 01: D. Jerônima Paes de Azevedo. Filha de Jerônimo Paes de Azevedo (senhor dos engenhos: Santo Antônio, Casa Forte e Beberibe e instituidor da Capela da Santa Casa da Misericórdia de Olinda) e de Isabel Gonçalves Froes, filha do fundador do engenho Diogo Gonçalves.
Filhos encontrados: Não foi encontrado descendência desse casamento.
Fontes:
BORGES DA FONSECA, José Antônio Victoriano. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (5). Pág. 465-466
PEREIRA DA COSTA, Francisco Augusto. Anais pernambucanos. . Vol. 7. Ano de 1812. Pág. 402.

Em 1664 o valor das contribuições dos escravos alforriados (pelas suas várias modalidades) da finta paga pelos mestres, banqueiros e purgadores de açúcar, era muito alta, fazenda dessas profissões uma categoria economicamente importante, os quais às vezes se equiparavam, quando não sobrelevavam, em valor de contribuição a muitos lavradores de canaviais. Como era o caso do engenho Casa Forte que segundo documentação encontrada no Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa – Pernambuco, papéis avulsos. Cx 5, pagava anualmente 63$500 (sessenta e três mil e quinhentos réis)
- Tenente Antônio de Freitas da Silva (30$);
- Alferes Fernam Mendes de Castro (2$);
- Joam de Crasto ($500);
- Pedro Camelo (4$);
- Sargento-mor Manoel de Azevedo Correa (8$);
- Francisco Coelho, (5$);
- Alferes Manoel Carreira, lavrador acima citado, (2$);
- Joam de Andrade (1$500);
- O caixeiro do engenho ($500);
- O oleiro da fazenda (1$500);
- O Caldeiro da fazenda (1$);
- Antônio Luís Macho ($500);
- O banqueiro da fazenda ($500);
- O Sargento-mor Manoel Franco ((1$);
- O Alferes Antônio Gonçalves (1$);
- Apelônia Mança ($500);
- Domingos de Souza ($500);
- Antônio Coelho ($800);
- Antônio Coelho de Souza ($400);
- Belchior Pereira Leitão ($300).

O casal não deixou geração e o senhorio de Casa Forte e de Beberibe e o seu sucessor para seu irmão Jacinto de Freitas da Silva.

 Jacinto de Freitas da Silva – Nasceu em 1680, batizado em 16.03.1680/Igreja da Sé de Olinda e faleceu em 24.12.1759.  Filho de João de Freitas da Silva  e de D. Catarina de Albuquerque. Tenente Coronel de um dos três regimentos de Auxiliares dos Volantes da Capitania de Pernambuco, extinto em 1739 quando foi criado o terço com Mestre de Campo.  Fidalgo Cavalheiro da Casa Real. Vereador de Olinda (1715, 1729 e 1744). Provedor da Santa Casa da Misericórdia (1732). Sucessor de seu irmão Antônio de Freitas da Silva no senhorio do eng. Casa Forte.
Casamento 01: D. Antônia da Cunha, filha de Manoel Cavalcante de Albuquerque Lacerda (Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo e Alcaide-mor de Olinda) e de D Sebastiana de Carvalho. Neta paterna de Jerônimo Cavalcante de Albuquerque Lacerda (Fidalgo Cavaleiro da Casa Real e Professo na Ordem de Cristo, Capitão-mor de Itamaracá) e de D. Catharina de Vasconcellos.
Filhos encontradosJoão de Freitas da Silva (solteiro); 02- Sebastiana de Freitas (solteira); 03- Francisca Maria de Feitas da Silva c.c. Manoel Lopes de São Tiago; 04- Isabel Bernarda de Freitas da Silva (solteira).
Fontes:
BORGES DA FONSECA, José Antônio Victoriano. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (5). Pág. 199
PEREIRA DA COSTA, Francisco Augusto. Anais pernambucanos. . Vol. 7. Ano de 1812. Pág. 402.

O engenho ficou para o seu filho João de Freitas da Silva, ultimo proprietário entre os descendentes de Diogo Gonçalves e D. Isabel de Froes, fundadores do engenho Casa Forte.

João de Freitas da Silva – Filho de Jacinto de Freitas da Silva e de D. Antônia da Cunha. Sargento-mor. Faleceu solteiro e sem deixar sucessão.
Fontes:
BORGES DA FONSECA, José Antônio Victoriano. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (5). Pág. 199
PEREIRA DA COSTA, Francisco Augusto. Anais pernambucanos. . Vol. 7. Ano de 1812. Pág. 402.

É conhecidamente, que João de Freitas da Silva, o último representante da família do fundador do engenho na sua propriedade, e na qual se conservou ela pelo decorrer de dois séculos e meio; e é crível que por morte do referido sargento-mor João de Freitas da Silva, ficasse o engenho pertencendo a diversos possuidores. O que é fato, e consta de documento autêntico, é que, procedendo-se então a uma avaliação judicial das terras e construções do engenho Casa Forte, para partilharem-se os bens entre os diversos herdeiros, cederam eles de boa vontade todo o terreno da grande praça que se estende em frente à igreja, - "não só para aformosear a mesma igreja, e servir de praça ou feira para o futuro, como para perpetuar a lembrança da segunda vitória que nele alcançaram os brasileiros contra os holandeses"; - e por esse motivo declararam os louvados, que não fizeram menção, nem davam valor ao pátio defronte da igreja para não tomar a vista da capela, o que consta dos respectivos autos do inventário, que tivemos presente.
Vista aérea Praça de Casa Forte,
antes da reforma de 1945.
Nessa época em uma avaliação judicial das terras e construções do engenho Casa Forte, para partilharem-se os bens entre os diversos herdeiros, foi cedido de boa vontade todo o terreno da grande praça que se estende em frente à igreja, - "não só para embelezar a mesma igreja, e servir de praça ou feira para o futuro, como para perpetuar a lembrança da segunda vitória que nele alcançaram os brasileiros contra os holandeses"; - e por esse motivo declararam que não fizeram menção, nem davam valor ao pátio defronte da igreja para não tomar a vista da capela, o que consta dos respectivos autos do inventário. (Pereira da Costa. Anais Pernambucanos. Vol. 1. Ano de 1493. Pág. 301).
Em 1810 José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima (Padre Roma) aparece como proprietário do engenho, que foi adquirido em hasta pública e reforma a casa grande.

José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima (Padre Roma) – Nasceu em 1768/Recife. Em 1784 entrou para o Convento Carmelitano de Goiana, ganhando o nome de Frei José de Santa Rosa. Instituído e, em seguida, professando, no convento de Goiânia, sob o nome de Frei José de Santa Rosa. Mais tarde, conseguiu uma licença dos seus superiores e à custa de seus pais, cursou a Universidade de Coimbra, obtendo a láurea de Doutor em Teologia. De Portugal, seguiu para a Itália, onde recebeu Ordens Sacras do Cardeal Chiaramonti, mas pouco tempo depois, ainda em Roma, abandonou a vida religiosa, obtendo do Papa breve de secularização e, em seguida, anulando, em Pernambuco, os seus compromissos sacerdotais, por sentença dos tribunais eclesiásticos, em 1807. No ano de 1808 retorna a Pernambuco e abre uma banca de advocacia, conseguindo grande clientela, e constituindo uma família.
Em 1817, participou da Insurreição Pernambucana e por suas atividades políticas foi preso, quando viajava pela Bahia em missão revolucionária para aliciar novos adeptos para a Revolução, juntamente com Cypriano Barata uma das figuras mais curiosas dentre os revolucionários, que escapou da prisão por proteção do Conde dos Arcos, que impediu os irmãos da Bahia de acudirem os apelos do Padre Roma. Julgado e condenado foi fuzilado em 29/03/1817, depois de haver passado por grandes torturas físicas e morais, que culminaram com o ato desumano de obrigarem seu próprio filho, Luiz Inácio de Abreu e Lima, a assistir ao fuzilamento.
Praça de Casa Forte - Recife
De acordo com o historiador Pereira da Costa (in. Dicionário Biográfico de Pernambucanos Célebres, Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 1982), a morte do Padre Roma foi assim descrita pelo seu filho, General Abreu e Lima, presente à execução: "O seu porte em presença do Conselho, no oratório e durante o trajeto para o lugar do suplício, foi sempre o de um filósofo cristão, corajoso, senhor de si, mas tranquilo e designado, Suas faces não se desbotaram senão quando o sangue que as tingia correu de suas feridas, regando o solo onde, seis anos depois, se firmou para sempre a independência de sua pátria". No momento de seu fuzilamento, com uma serenidade impressionante, voltou-se para os soldados do pelotão de execução e disse-lhes: Camaradas, eu vos perdoo a minha morte. Lembrai-vos, na pontaria, de que o coração é a fonte da vida, e atirai...
Casamento 01: (?)
Filhos: Seu filho mais conhecido foi José Inácio de Abreu e Lima, conhecido como "General Abreu e Lima".
Fontes:
http://quemdisse.com.br/frase.asp?frase=98580
http://www.pe-az.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1008:padre-roma&catid=75&Itemid=222
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_In%C3%A1cio_Ribeiro_de_Abreu_e_Lima
http://diretoriomonarquicodobrasil.blogspot.com.br/2011/11/general-jose-inacio-de-abreu-e-lima-o.html

Em 1907, as irmãs francesas da Sagrada Família adquiriram e reformaram a casa grande, e instalaram o Colégio Sagrada Família. Hoje do antigo engenho nada mais resta. No lugar do seu pátio foi construída a Praça de Casa Forte, no lugar da antiga capela em ruínas desde 1865, foi levantada a Matriz de Casa Forte (1911), sob a invocação do Sagrado Coração de Jesus. A casa grande, completamente modificada, situada hoje no nº 52, passou a ser o Colégio Sagrada Família (1907), só para moças, que, poucos anos atrás se associou a outra escola recifense e, atualmente, se chama Colégio NAP - Sagrada Família. Suas terras se tornaram o bairro de Casa Forte/Recife, onde sua principal artéria é a Avenida 17 de Agosto, uma homenagem ao dia da vitória dos pernambucanos sobre os holandeses.

Igreja Matriz de Casa Forte

Fontes:
Anais da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro.  Anais: 1920-1921 Vols 43 / 44. 1925 Vol 47 (Pág. 125, 126, 147, 199). 1926 Vol 48 (Pág. 33, 339, 355)
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victoriano. Nobiliarquia pernambucana. v. I. Rio de
BRAGA, João. Trilhas do Recife: guia turístico, histórico e cultural. [S. l. : s. n..], 2000. p. 155-157.
Conheça o perfil de Anna Paes Gonsalves de Azevedo. Disponível em: http://www2.uol.com.br/JC/_1999/1110/cc1110b.htm
COSTA, Francisco Augusto Pereira da. Anais pernambucanos. 2. ed. Recife: Fundarpe, 1983. v. 3-4. (Coleção pernambucana, 2a. fase)
Anna Paes. Disponível em: http://www.fundaj.gov.br
COSTA, Francisco Augusto Pereira da. Anais pernambucanos. 2. ed. Recife: Fundarpe, 1983. v. 3-4. v. 3. p. 230-233.  (Coleção pernambucana, 2a. fase). Disponível em: http://www.fundaj.gov.br.
FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife. Recife: Governo de Pernambuco. SEC, 1977. p. 283-285.
GASPAR, Lúcia. Anna Paes. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br Acesso em: 28/06/2012
GASPAR, Lúcia. Casa Forte (bairro, Recife). Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br
GUERRA, Flávio. Casa Forte. Revista do Conselho Estadual de Cultura, Recife, p. 77-80, [2000]. Edição especial.
GUERRA, Flávio. Velhas igrejas e subúrbios históricos. Recife: Prefeitura Municipal, [19--?]. p. 241-248.
http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=312&textCode=944&date=currentDate Acesso em: 20.08.2012. VASCONCELLOS, Telma Bittencourt de. Dona Anna Paes. Recife: Edição do Autor, 2004. 208 p.
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=232108
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=266741 Antônio de Freitas da Silva
http://www.liber.ufpe.br/pc2/get.jsp?id=2800&year=1493&page=403&query=1493&action=previous
http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/16755/16755_3.PDF
http://www.quemdisse.com.br/frase.asp?frase=98580
http://people.ufpr.br/~lgeraldo/imagensengenhos.html
Janeiro: Biblioteca Nacional, 1935. p. 467.
MELLO,  José  Antônio  Gonsalves  de. Tempo  dos  Flamengos:  influência da ocupação holandesa na vida e na cultura do Norte do Brasil. Recife: FUNDAJ – Editora Massangana, 1987.
Padre Roma. Disponível em: http://www.pe-az.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1251&Itemid=152
PEREIRA DA COSTA, Francisco Augusto. Arredores do Recife. 2. ed. autônoma. Apresentação e organização de Leonardo Dantas Silva. Recife: FUNDAJ, Ed. Massangana, 2001. p. 34-39.
PEREIRA, Levy. "Naβau (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Na%CE%B2au_(engenho_de_bois). Data de acesso: 26 de outubro de 2014.
PERFIL – Anna Paes (1617-1674). Disponível em: http://carvoemfundobranco.blogspot.com
Praça de Casa Forte. Disponível em: http://www.fundaj.gov.br
ROCHA, Tadeu. Roteiros do Recife (Olinda e Guararapes). 4. ed. [Recife: s. n.], 1970. p. 83.
SILVA, Leonardo Dantas. Jornal do Comercio. As amantes de Nassau. Publicado em 27.07.2007
VAINSENCHER, Semira Adler. Perfil – Anna Paes (1617-1674). Disponível em: http://carvoemfundobranco.blogspot.com

VASCONCELLOS, Telma Bittencourt  de. Dona Anna Paes. Recife: Edição do Autor, 2004. 208 p.

Nenhum comentário: