Fontes

A maioria das informações vêem com a devida validação abaixo da publicação. Algumas não foram possíveis de indicar a fonte, mas demos à informação o valor e a importância que mereceu e esperamos poder validá-la com posteriores pesquisas.

22/06/2015

Curado, antes São Sebastião/Curado-Recife

O engenho São Sebastião foi fundado por Pero da Cunha de Andrade, antes de 1585. Sua moenda era movida a bois e sua igreja tinha como orago São Sebastião. Suas terras ficavam localizadas entre o Rio Capibaribe e o Rio Tijiíó, freguesia da Várzea, sob a jurisdição de Olinda, capitania de Pernambuco.
Em 1605 já não gozava de isenção fiscal, e pagava 03% de pensão sob todo o açúcar produzido, depois de dizimado.

Pero da Cunha de Andrade – Nasceu em 1595/Lisboa-PT. Falecido antes de 1645. Filho de Rui Gonçalves de Andrade (Fidalgo da Ilha da Madeira) e de D. Leonor da Cunha. Neto materno de B. de Nuno da Cunha (serviu na Índia, Capitão-mor de Malasar). Bisneto materno de Tristão da Cunha e de D. Helena de Athayde, irmão de D. Luiz de Athayde (1º Conde e Senhor de Atouguia e 02 vezes Vide-rei da Índia). Moço Fidalgo da Casa Real. Vereador de Olinda (1621). Sargento-mor. Coronel de um dos dois terços da Ordenança de Olinda.Pero da Cunha refugiou-se no Arraial do Bom Jesus, sendo depois libertado, após a rendição da Fortaleza, com resgate de 15.000 florins. Capitão. Lutou na guerra contra os holandeses, era tido como um homem de muita coragem e autoridade sobre as suas tropas, que poderia se preciso reunir 4.000 homens, na maior parte brancos, muito bem armados e com munição.
No ano de 1645 e 1663, Pero da Cunha de Andrade aparece na lista de devedores da WIC como devendo o montante de 570 florins.
Resultado de imagem para igreja são sebastião do curado recife
São Sebastião ´- Orago da Igreja
do engenho
Casamento 01: Anna de Vasconcellos – Filha de João Gomes de Mello (senhor do engenho Trapiche do Cabo) e de Anna de Hollanda. Neta materna de Arnau de Holanda e de D. Brites Mendes de Vasconcellos “a Velha”. Bisneta materna do Barão de Rheneoburgo, Henrique de Hollanda e de D. Margarida Florência.
Filhos: 01- Pedro da Cunha Pereira – Vereador de Olinda, em 1649. Juiz Ordina´rio, em 1652. Moço Fidalgo, que pertenceu ao seu pai. c.c. D. Catharina Bezerra. (c.g.)
Casamento 02: Cosma Fróis (I) – Filha de Diogo Gonçalves (Auditor da Gente da Guerra em Pernambuco. Senhor dos engenhos: Casa Forte/Casa Forte, Santo Antônio/Várzea-Recife; Beberibe/Recife) e de D. Isabel Froes (que foi dama da Senhora Rainha D. Catharina de Portugal). Neta materna de Álvaro de Campos, que serviu na Índia.
Filhos: 02- Cosma da Cunha (II)c.c. Manoel Carneiro de Mariz; 03- Jerônima da Cunha c.c. Zacarias de Bulhões (senhor do engenho Bulhões/Jaboatão dos Guararapes)
Senhor do engenho Curado, antes São Sebastião/Várzea do Capibaribe-Recife (1)
Fontes:
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1885-1886 Vol 13 (1). Pág. 168 - Anais 1916 Vol 38 (1). Pág. 207
BORGES DA FONSECA, Antôno Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (3). Pág. 210, 400* - Anais 1926 Vol 48 (2). Pág. 255
F. A. Pereira da Costa. Anais Pernambucanos. 2ª edição. Gov. de Pernambuco. FUNDARPE. Recife, 1983. Vol. 2: 392
PEREIRA, Levy. "S. Seba∫t. (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Seba%E2%88%ABt._(engenho_de_bois). Data de acesso: 6 de junho de 2015.
Revista do Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano, Edições 20-27. Pág. 651
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.  1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 58-59
____________________ Olinda Restaurada. Guerra e açúcar no Nordeste , 1630-1654. Edt. 34. 3ª edição. São Paulo, 2007 – Pág. 44.
MELLO, José Antônio Gonsalves de. Tempo dos Flamengos. Gov. de Pernambuco e BNB. Recife, 1979. Pág. 161, 248
_____________________________ A Economia Açucareira. Fontes Para a História do Brasil Holandês.  Edt. CEPE. 2ª edição. Recife, 2004. Pág´.151, 237

Em 1623 o engenho produziu 11.035 arrobas de açúcar.
Durante a ocupação holandesa o engenho foi ocupado (1633) por tropas luso-brasileira e saqueado pela tropa holandesa. Em 1635, Pero da Cunha de Andrade se refugiou no Arraial do Bom Jesus, sendo libertado, após a rendição da Fortaleza, contra resgate de 15.000 florins. Pero da Cunha retornou ao seu engenho e ficou sob o domínio holandês.
Embora os proprietários de engenho tivessem recebido da WIC várias facilidades para tocarem seus engenhos. Em 1638, estavam descontentes, pois várias taxas foram criadas sobre o açúcar. Queixavam-se dos enormes juros a que os credores os obrigavam a pagar. A situação foi ficando lastimável e foi tentada uma revolta desesperada contra o Governo holandês, cujos líderes eram de elementos ligados ao setor açucareiro. Entre os que tomaram parte estava o Capitão Pero da Cunha de Andrade que era tido como um homem de muita coragem e autoridade sobre as suas tropas, e que se preciso poderia reunir 4.000 homens, na maior parte brancos, muito bem armados e com munição. Após a rendição dos luso-brasileiros Pedro da Cunha foi preso, sob a acusação de participar de conjura visando a Restauração Pernambucana.
Podemos encontrar a localização do engenho nos mapas: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ; PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Ԑ. St. ßastia';  IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como engenho, 'Ԑ St. ßastia'; PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'S. Sebast.', na várzea entre o 'Capiibari' (Rio Capibaribe) e o 'Tajiibipio' - 'Teubipí' (Rio Tejipió).
Segundo Dussen em seu Relatório de 1640 o engenho moía com 105 tarefas, sendo: 25 tarefas do partido da fazenda e as demais dos lavradores: Bernardim de Carvalho (25 tarefas), Manuel Álvares (15 tarefas), Antônio de Oliveira com um partido livre de 35 tarefas e Domingos de Abreu com um partido livre de 15 tarefas.
            Em 1645, Pero da Cunha de Andrade falece e o engenho passa a ser administrado pela sua segunda esposa e viúva D. Cosma Frois.

Cosma Fróis (I) – Filha de Diogo Gonçalves (Auditor da Gente da Guerra em Pernambuco. Senhor dos engenhos: Casa Forte/Casa Forte, Santo Antônio/Várzea-Recife; Beberibe/Recife) e de D. Isabel Froes (que foi dama da Senhora Rainha D. Catharina de Portugal). Neta materna de Álvaro de Campos, que serviu na Índia.
Casamento 01: Segunda esposa de Pero da Cunha de Andrade – Nasceu em 1595/Lisboa-PT. Falecido antes de 1645. Filho de Rui Gonçalves de Andrade (Fidalgo da Ilha da Madeira) e de D. Leonor da Cunha. Neto materno de B. de Nuno da Cunha (serviu na Índia, Capitão-mor de Malasar). Bisneto materno de Tristão da Cunha e de D. Helena de Athayde, irmão de D. Luiz de Athayde (1º Conde e Senhor de Atouguia e 02 vezes Vide-rei da Índia). Moço Fidalgo da Casa Real. Vereador de Olinda, em 1621. Sargento-mor. Coronel de um dos dois terços da Ordenança de Olinda. Pero era casado, em primeiras núpcias, com Anna de Vasconcellos, filho de João Gomes de Mello (senhor do engenho Trapiche do Cabo) e de Anna de Hollanda. (c.g.)
Filhos: 02- Cosma da Cunha (II)c.c. Manoel Carneiro de Mariz; 03- Jerônima da Cunha c.c. Zacarias de Bulhões (senhor do engenho Bulhões/Jaboatão dos Guararapes)
Senhora do engenho Curado, antes São Sebastião/Várzea do Capibaribe-Recife (1)
Fontes:
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1885-1886 Vol 13 (1). Pág. 168 - Anais 1916 Vol 38 (1). Pág. 207
BORGES DA FONSECA, Antôno Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (3). Pág. 210, 400* - Anais 1926 Vol 48 (2). Pág. 255
F. A. Pereira da Costa. Anais Pernambucanos. 2ª edição. Gov. de Pernambuco. FUNDARPE. Recife, 1983. Vol. 1:372
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.  1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 58-59
_____________________ Olinda Restaurada. Guerra e açúcar no Nordeste , 1630-1654. Edt. 34. 3ª edição. São Paulo, 2007 – Pág. 44.
MELLO, José Antônio Gonsalves de. Tempo dos Flamengos. Gov. de Pernambuco e BNB. Recife, 1979. Pág. 161, 248
______________________ _________  A Economia Açucareira. Fontes Para a História do Brasil Holandês.  Edt. CEPE. 2ª edição. Recife, 2004. Pág´.151, 237
PEREIRA, Levy. "S. Seba∫t. (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Seba%E2%88%ABt._(engenho_de_bois). Data de acesso: 6 de junho de 2015.
Revista do Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano, Edições 20-27. Pág. 651

            Matheus van den Broeck em Diário (1645-1646), relata entre os eventos ocorridos em 16.08.1645, véspera da batalha de Casa Forte (Engenho Nassau), citando-o como 'engenho de D. Cosma', pg. 23-24: "16. — Parti do Recife a cavalo para o engenho Nassou afim de seguir para o engenho Rotterdam (onde era o meu alojamento), e que daquele dista somente meia légua, pois ali tinha que fazer. No acampamento do nosso exército soube que o capitão Blaer saíra com sua companhia de arcabuzeiros. Voltou à tardinha, trazendo três mulheres portuguesas, a saber: a de Francisco Beranger, sogra de João Fernandes Vieira, a de Antônio Bezerra e a de Amaro Lopes, as quais, segundo ele disse, seriam remetidas ao Recife e ali mantidas até que a sua mulher e a do capitão Hick lhes fossem restituídas. Deixara o seu tenente com seis ou sete homens brancos, e cinco ou seis indígenas, fora do quartel, para passarem a maior parte da noite no engenho do Sr. Stadt-houder; voltaram eles à seguinte ante-manhã ao quartel. Este mesmo dia avançaram André Vidal, João Fernandes Vieira, Camarão e Henrique Dias com todas as suas forças, para a Várzea, o sendo noite chegaram ao engenho de D. Cosma, sito a menos de um quarto de hora do engenho do Stadt-houder. Pretendem alguns que eles tiveram notícia de lhes haver o capitão Blaer levado as mulheres, pois que, se assim não fora, não ter-se-iam aproximado. Do dito engenho partiram ante-manhã.".
            Após o falecimento de D. Cosma Fróis o engenho passou a ser administrado pelo seu genro Manuel Carneiro de Mariz.

Manuel Carneiro de Mariz – Filho segundo de João Carneiro de Mariz (Escabino de Olinda durante o domínio holandÊs) e de D. Maria Velho, sua prima. Neto materno de Pedro Alves Carneiro e de D. Maria Ferreira Velho. Juiz Ordinário de Olinda, em 1654. Serviu na guerra contra os holandeses.
Casamento 01: Cosma Fróis (II), filha e herdeira do engenho de Pero da Cunha de Andrade e de D. Cosma Fróis (II)
Filhos: 01- João Carneiro da Cunha – Senhor do engenho do Meio/Várzea do Capibaribe-Recife. C.c. sua prima D. Anna Carneiro de Mesquita, filha de Paulo Carvalho de Mesquita e de D. Ursula Carneiro de Mariz. (c.g.); 02- Manoel Carneiro da Cunha – Homem muito rico e importante, cupou vários cargos honrosos em Pernambuco: Juiz Ordinário, Provedor da Santa Casa da Misericórdia, Capitão-mor da Várzea, Coronel do Regimento da Ordenança da Olinda. Senhor do engenho Brum Brum/Recife pelo seu casamento com D. Sebastiana de Carvalho, filha de Sebastião de Carvalho (Fidalgo da Casa Real) e de D. Francisca Monteiro. (c.g.)
Senhor do engenho Curado, antes São Sebastião/Várzea do Capibaribe-Recife (3) – Proprietário do engenho por ter casado com a herdeira de Pero da Cunha e de D. Cosma Fróes.
O engenho moeu em 1637 e 1639.
Fontes:
F. A. Pereira da Costa. Anais Pernambucanos. 2ª edição. Gov. de Pernambuco. FUNDARPE. Recife, 1983. Vol. 3:71
Revista do Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano, Edições 20-27. Pág. 651
BORGES DA FONSECA, Antôno Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (3). Pág. 210 - Anais 1926 Vol 48 (2). Pág. 338-339
http://www.outrostempos.uema.br/OJS/index.php/outros_tempos_uema/article/viewFile/14/8
http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364351603_ARQUIVO_DOC.pdf
MELLO, José Antônio Gonsalves de. Tempo dos Flamengos. Gov. de Pernambuco e BNB. Recife, 1979. Pág. 161, 248

            O engenho moeu em 1637 e 1639 com quatro partidos de lavradores, inclusive dois partidos livres, os quais, somados ao partido da fazenda (25), perfaziam 115 tarefas, equivalentes a 4.025 arrobas de açúcar. lavradores: Bernardim de Carvalho (25 tarefas), Manuel Álvares, partido livre (15 tarefas), Antônio de Oliveira (35 tarefas), Domingos de Abreu, partido livre (15 tarefas).
            No fim do século XVII e começo do XVIII o engenho aparece como pertencendo a Salvador Curado Vidal.

Salvador Curado Vidal – Faleceu antes de 1720 sem deixar herdeiros. Capitão.
CURIOSIDADE: Mathias de Albuquerque ao fazer o testamento em 13.05.1743-eng. Curado, já muito doente, na casa de seu sobrinho Salvador Curado, deixou dito que gostaria de ser sepultado na ermida do engenho São Sebastião.
Senhor do engenho Curado, antes São Sebastião/Várzea do Capibaribe-Recife (4)
Fontes:
http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaNormas.action?numero=5979&tipo_norma=LEI&data=19731212&link=s
PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais Pernambucanos. 1795-1817. 2ª Edição. FUNDARPE. Gov. de Pernambuco. Recife, 1983. Vol 3. Pág 65 – V0l 05. Pág 338
PEREIRA, Levy. "S. Seba∫t. (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Seba%E2%88%ABt._(engenho_de_bois). Data de acesso: 6 de junho de 2015
FREYRE , Gilberto. O Escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX. Global Editora e Distribuidora Ltda, 24 de set de 2012

O engenho nesse tempo perde a sua primitiva denominação de S. Sebastião pela de Curado, que ainda hoje conserva, originada do nome do proprietário que veio a ser, o capitão Salvador Curado Vidal, que em fins do século XVII instituiu a propriedade em capela vinculada sob a invocação de S. Sebastião, aplicando o rendimento líquido da fábrica para ocorrer às despesas dos encargos pios que instituíra.
Quando Salvador Curado faleceu, sem deixar administrador, foi nomeado para a capela, o vigário da freguesia, João Gonçalves Florença, que se apossou da mesma, mas foi destituído da administração, mediante recurso à coroa, por alvará de 26.02.1720, que nomeou o padre Diogo Pereira de Castro administrador do encapelado, o que foi terminantemente mandado executar por provisão do governador Manuel de Sousa Tavares, expedida em 7 de abril do mesmo ano, por se haver oposto o vigário Florença a entregar a administração da capela àquele sacerdote.
Em 24.11.1740, Antônio Curado Vidal fez um requerimento ao Rei D. João V, pedindo mais um ano sem serem executadas as dívidas do engenho e capela de São Sebastião, na freguesia da Várzea, instituída pelo seu avô o Capitão Salvador Curado Vidal, a fim de reerguer o engenho.

Antônio Curado Vidal – Neto de Salvador Curado Vidal.
Senhor do engenho Curado, antes São Sebastião/Várzea do Capibaribe-Recife (5)
Fontes:
Documentos manuscritos avulsos da Capitania de Pernambuco, Edição 1
http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaNormas.action?numero=5979&tipo_norma=LEI&data=19731212&link=s
PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais Pernambucanos. 1795-1817. 2ª Edição. FUNDARPE. Gov. de Pernambuco. Recife, 1983. Vol 3. Pág 65 – V0l 05. Pág 338

Guerra Holandesa
Matias Vidal de Negreiros, já bastante idoso, fez seu testamento na casa de seu sobrinho Manuel Ferreira Curado, que residia no engenho, mas não é citado como proprietário. Entre outras coisas Matias Vidal informou que tinha nascido na freguesia da Luz (São Lourenço da Mata), que era filho legitimado de do Mestre de Campo André Vidal de Negreiros (Governador da Capitania de Pernambuco) com Cristina dos Santos, também solteira. Falecendo em 02.07.1743 foi sepultado na capela de São Sebastião do engenho, e segundo a sua vontade, na entrada, da porta para dentro, para que todos o pisem como o mais humilde saco de terra.

Manuel Ferreira Curado – Alferes. Sobrinho de Matias Vidal de Negreiros.
Fontes:
PEREIRA, Levy. "S. Seba∫t. (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Seba%E2%88%ABt._(engenho_de_bois). Data de acesso: 6 de junho de 2015
F. A. Pereira da Costa. Anais Pernambucanos. 2ª edição. Gov. de Pernambuco. FUNDARPE. Recife, 1983. Vol. 3:339

            Em 16.09.1849, o Diário de Pernambuco publicou um anúncio sobre a fuga de uma crioula de 40 anos de idade, do engenho Curado, e informou que a escrava não tinha nenhum destaque (habilidade, prenda e virtude), só que era quarentona, de altura regular, bom corpo, cabelo grande, tendo no braço direito [...] um lobinho ou caroço do tamanho de um limão.
Bairro do Curado - Recife
No século XVIII o engenho e a capela retornaram para as mãos dos descendentes de Salvador Curado Vidal – “Este encapelado de S. Sebastião do engenho Curado permaneceu até a sua extinção, em virtude da carta de lei de 13.10.1831, sendo então todos os seus bens patrimoniais repartidos pelos legítimos herdeiros e sucessores do instituidor.”.
No ano de 1979 o Governo Federal doou a COBAL- Companhia Brasileira de Alimentos, 65 ha de terra que restaram do antigo engenho Curado, situada na confluência SW da BR-232 com a BR-101. A doação feita teve como objetivo o aumento da participação da COBAL no capital da Centrais de Abastecimento de Pernambuco AS – CEASA/PE 
Atualmente não existe mais vestígio do engenho e suas terras foram reocupadas pelo bairro do Curado/Recife.
  
Fontes:
F. A. Pereira da Costa. Anais Pernambucanos. 2ª edição. Gov. de Pernambuco. FUNDARPE. Recife, 1983. Vol. 3:65. Vol. 5:338
MELLO, José Antônio Gonsalves de. A Economia Açucareira. Fontes Para a História do Brasil Holandês.  Edt. CEPE. 2ª edição. Recife, 2004. Pág´.151, 237
PEREIRA, Levy. "S. Seba∫t. (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Seba%E2%88%ABt._(engenho_de_bois). Data de acesso: 6 de junho de 2015

Broeck, Matheus van den: Diário ou narração histórica (1645-1646). [Traduzido e anotado por José Hygino Duarte Pereira]. In: REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO BRASIL, Tomo XL, Parte Primeira, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1877, pg. 5-65.

Nenhum comentário: