Fontes

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22/05/2014

Engenho Trapiche, antes Nossa Senhora da Conceição/Cabo de Santo Agostinho

Nome Histórico
Nossa Senhora da Conceição; N. Sra. đe Checiçe (N S. di Checiçe); Trapiche (Tripicho).
Nome Atual
Trapiche – Hoje o engenho não mais existe e sua área foi reocupada com estabelecimentos industriais e povoado, restando as ruínas da igreja, conhecida atualmente como Capela de São Francisco, na margem da BR-101 Sul.
Significado de Trapiche:
- Toscas pontes de madeira que entravam algumas dezenas de metros no Estuário, alcançando o convés dos navios a vela - que não podiam se aproximar mais das margens, sob pena de encalharem no lodaçal, levando mercadorias e passageiros.
- Armazém onde se guardam mercadorias importadas ou para exportar. Armazém geral. (Nordeste do Brasil e em Cabo-verde)
- Pequeno engenho de açúcar, movido por animais.
Sinônimos: passagem, madeira, navio, porto, passarela, alfândega, armazém, etc.
Natureza
Engenho movido a bois, com igreja dedicada a São Francisco. Moía anualmente 4.000 a 5.000 arrobas de açúcar.
Localização
Capitania de Pernambuco. Jurisdição da Cidade de Olinda. Freguesia do Cabo de Santo Agostinho.
Suas terras ficavam localizadas na margem esquerda do Rio Pirapama a uma pequena milha ao sudoeste do engenho da Guerra/Cabo de Santo Agostinho.
Mapa Colonial
- Præfecturæ Paranambucæ Pars Borealis, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ
- PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 Capitania de Pharnambocqve, plotado como engenho, 'Ԑ: Tripicho', na m.e. do 'Rº. Piripama'. Nota: o açude, conforme desenhado nesse mapa, também parece ter sobrevivido.
- PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'N S. di Checiçe', na m.e. do 'Piraparma' - 'Pirápáma' (Rio Pirapama).
Pensão
01 e 1/2 por cento %, de todo o açúcar feito antes de dizimado.
Século/Ano
História/Proprietários e Moradores encontrados

Os primeiros sesmeiros da Capitania de Pernambuco receberam do Donatário da Capitania Pernambuco, Duarte Coelho Pereira, suas datas de terras a partir de 1535.
As famílias beneficiadas eram quase todas ligadas à parentela do Donatário ou articuladas com capitais estrangeiros que aplicaram nos engenhos. Entre eles se encontrava João Gomes de Mello, que fundou em suas terras o engenho Nossa Senhora da Conceição, depois Trapiche/Cabo de Santo Agostinho.
O engenho tinha um lindo açude, mas muito difícil de manter, uma casa grande, uma Igreja dedicada a São Francisco, uma casa de purgar e uma para as caldeiras feitas de taipa e demais edificações comuns em um engenho de cana de açúcar. O canavial era plantado ao seu redor e o restante da terra consistia em matas, pois não servia para plantação. Podia moer 4.000 a 5.000 arrobas de açúcar.
NOTA: Pereira da Costa (1951, Vol. 1, Ano 1532, pg. 148), correlaciona João Gomes de Mello ao engenho Trapiche: João Gomes de Mello, homem muito nobre, e natural da província da Beira. Casou em Pernambuco com D. Ana de Holanda, de cujo consórcio vem a família da família Mello, da casa de Trapiche/Cabo de Santo Agostinho".


(1535) João Gomes de Mello ‘o Velho’ – Natural da província da Beira/PT. Falecido em torno de 1593. Chegou a Pernambuco no princípio de sua colonização, século XVI. Coronel de Ordenança.
Casamento 01: Anna de Hollanda, nascida em 1546/Pernambuco e falecida em 1645, com 99 anos de idade, no eng. Trapiche. Filha de Arnau de Holanda (engs: Santo André/Jaboatão dos Guararapes – Muribeca; Jacipitanga ou Novo, Ipitanga, Santo Antônio, Novo de Santo Antônio/Goiana) e de Brites Mendes de Vasconcelos, acusada de judaizante pela inquisição, (quinto avós do Marquês do Pombal).
Neta paterna de Henrique de Holanda (Barão de Rheneoburg) e de Margarida Florença, irmã do Papa Adriano VI. Neta materna de Bernardo Rodrigues (Camareiro-mor do Infante D. Luiz). D. Anna de Hollanda viveu no seu eng. Trapiche, em companhia de seu filho Manoel Gomes de Mello, no tempo da guerra da Restauração (1645).
Ao se casar D. Anna e João Gomes de Mello viveram algum tempo em Portugal aonde nasceu seu filho primogênito.
Filhos: 01- João Gomes de Mello, o Moço (sucessor do engenho Trapiche/Cabo de Santo Agostinho) c.c. D. Margarida de Albuquerque (Beatriz ou Maria Cavalcanti segundo a geneall.pt: NFP chama Maria de Albuquerque e TG-pg. 29 chama Margarida Cavalcanti) viúva de Cosme da Silveira (eng. Catu/Goiana).  Filha de Filipe Cavalcanti (eng. Araripe/Igarassu) e de Catarina de Albuquerque. C.g; 02- Francisco Gomes de Mello, que se encontrava em Lisboa quando em 1624 foi mandado para Pernambuco como Comandante de um socorro de Cartuxos, Capitão-mor e Gov. das Armadas do Rio Grande do Norte. Faleceu solteiro e s.g; 03- Estevão Gomes de Mello, que faleceu solteiro em 14/08/1662, sendo sepultado no Mosteiro de São Bento de Olinda; 04- Manoel Gomes de Mello (sucessor do eng. Trapiche/Cabo de Santo Agostinho) c.c. D. Adrianna de Almeida Lins, filha de Balthasar de Almeida de Botelho e de Brites Lins de Vasconcelos. Neta materna de Cibaldo Lins e de Adrianna de Hollanda. C.g; 05- Christovão Gomes de Mello (senhor do eng. São Cristóvão/Porto Calvo-AL, herdado de seu sogro que o havia encapelado o engenho), c.c. Maria da Silva. S.g; 06- D. Adrianna de Mello primeira esposa de Pedro Correia da Costa, Fidalgo da Casa Real, natural de Lisboa, filho de Ruy Gonçalves de Andrade (Fidalgo da Ilha da Madeira) e de D. Leonor da Cunha Pereira. Neto materno de Egas Coelho que foi senhor da Ilha do Mayo. C.g; 07- D. Isabel de Mello c.c. Antonio de Mello Furtado (senhor do eng. Garapu/Cabo de Santo Agostinho), Comendador de Villa de Franca, Fidalgo da Casa Real aclamado por D. João IV a quem serviu como Guarda-mor. Falecido em 1621. S.g; 08- D. Margarida de Mello c.c. Christovão Paes Barreto, Morgado do Cabo ou da Madre de Deus, (Senhor dos engenhos: Algodoais/Cabo de Santo Agostinho; Guerra/Cabo de Santo Agostinho, Ilhetas/Cabo de Santo Agostinho, Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho, Novo/Cabo de Santo Agostinho, Pirapama/Cabo de Santo Agostinho, Santo Estevão/Cabo de Santo Agostinho, Utinga/Cabo de Santo Agostinho, Velho ou Madre de Deus/Cabo de Santo Agostinho). C.g; 09- D. Anna de Vasconcellos, nascida em 1595. Primeira esposa do Cel. Pedro da Cunha de Andrade (senhor do eng. do Curado/Recife, nascido em Lisboa/PT, filho de Rui Gonçalves de Andrade e Leonor da Cunha Pereira. Esteve na Índia em 1590. Fidalgo da Casa Real, Coronel das Ordenanças de Olinda, em 1630. Um dos principais líderes no princípio da invasão holandesa. Pedro da Cunha de Andrade após ficar viúvo casou com D. Cosma Fróis, filha de Diogo Gonsalves e D. Isabel de Froes, um dos primeiros colonizadores de Pernambuco, proprietários dos eng.: Casa Forte/Recife, Beberibe/Recife e Santo Antônio da Várzea/Recife)  C.g; 10- Maria de Mello c.c. André do Couto (senhor do eng. São João/Cabo de Santo Agostinho). C.g;
Senhor do engenho Nossa Senhora da Conceição, depois Trapiche/Cabo de Santo Agostinho.
Fontes consultadas:
BARRETO, Carlos Xavier Paes. Os primitivos colonizadores nordestinos. Usina de Letras. 2ª edição. p. 159Rio de Janeiro 2010.
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana, 1748. Anais da Biblioteca Nacional de 1925.
FERRAZ, Socorro. Sesmarias do açúcar. Sítios históricos. Universidade Federal de Pernambuco. Clio - Série Revista de Pesquisa Histórica - N. 26-2, 2008
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Os engenhos de açúcar no Brasil holandês. Edt. Penguin. Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012.
PEREIRA, Levy. "N S. de Checiçe (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em:http://lhs.unb.br/biblioatlas/N_S._de_Checi%C3%A7e_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 31/03/2014
SCHOTT, Willem. Relatório sobre os engenhos situados entre o Rio das Jangadas e o Rio Una, em Pernambuco. 1636.



João Gomes de Mello encapela a Igreja de São Francisco, cujos bens seriam as terras do eng. Trapiche, alfaias (objetos de culto religioso, geralmente de ouro ou prata) a capela, junto com a imagem e dinheiro. Sua sucessão seria dada ao filho primogênito e seus sucessores homens, e na falta destes aos descendentes diretos de seu fundador de acordo com a ordem de sucessão estabelecida pelo vínculo.
Com o falecimento de João Gomes de Mello (I) a administração do vínculo do engenho passa para D. Anna de Hollanda, talvez por seus filhos ainda fossem menores de idade.



(1593) Anna de Hollanda – Nascida em cerca de 1570/Pernambuco e falecida com 99 anos de idade, no eng. Trapiche. Filha de Arnau de Holanda (engenhos Santo André/Jaboatão dos Guararapes – Muribeca; Jacipitanga) e de Brites Mendes de Vasconcelos, acusada de judaizante pela inquisição, (5º avós do Marquês do Pombal). Neta paterna de Henrique de Holanda (Barão de Rheneoburg) e de Margarida Florença, irmã do Papa Adriano VI. Neta materna de Bernardo Rodrigues (Camareiro-mor do Infante D. Luiz). D. Anna de Hollanda viveu no seu eng. Trapiche, em companhia de seu filho Manoel Gomes de Mello.
Casamento 01: João Gomes de Mello ‘o Velho’. Dados acima.
Ao se casar D. Anna e João Gomes de Mello viveram algum tempo em Portugal, aonde nasceu seu filho primogênito.
Filhos: (ver em João Gomes de Mello)
Senhora do engenho Nossa Senhora da Conceição, depois Trapiche/Cabo de Santo Agostinho.
Fontes consultadas:
Ferraz, Socorro. Sesmarias do açúcar. Sítios históricos. Universidade Federal de Pernambuco. Clio - Série Revista de Pesquisa Histórica - N. 26-2, 2008
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Os engenhos de açúcar no Brasil holandês. Edt. Penguin. Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012.



Ao atingir a maior idade o filho primogênito, João Gomes de Mello (II), filho de João Gomes de Mello e de Adriana de Hollanda assumiu a Capela e o engenho Trapiche.



(antes 1623) João Gomes de Mello (II), o Moço – Nasceu na província da Beira/PT. Filho primogênito de João Gomes de Mello (senhor do eng. Trapiche/Cabo de Santo Agostinho), o Velho, e de Anna de Hollanda.
Casamento 01: D. Margarida de Albuquerque, viúva de Cosme da Silveira (senhor do eng. Catu/Goiana) natural da província do Minho/PT, primo de Cosme Dias da Fonseca. Filha de Filipe Cavalcanti (senhor do eng. Araripe/Igarassu, Fidalgo florentino) e de Catarina de Albuquerque. Irmã de Antônio Cavalcante de Albuquerque.
Nota: Segundo a geneall.pt: NFP chama Maria de Albuquerque e TG-pg. 29 chama Margarida Cavalcanti)
Filhos: 01- Ana de Albuquerque, nascida em torno de 1580, c.c. Gaspar Acciaioli (Acioly) de Vasconcelos (senhor do Eng. São Miguel/Alagoas do Sul), filho de Simão Accioly. Progenitores da família Accioly de Pernambuco; 02- Brites (ou Felipa) de Mello, nascida em torno de 1590,  moça de muita formosura e caridade, c.c. seu primo D. Paulo de Moura (após ficar viúvo, ainda muito jovem, se tornou Padre Frei Paulo de Santa Catherina, professo em 1596)*. C.g.
*Segundo a linha de sucessão do Marques de Pombal: D. Brites de Mello e D. Paulo de Moura; 2º avós: D. Maria de Mello c.c. Francisco de Mendonça Furtado (Alcaide-mor de Mourão; avós: D. Maior Luisa de Mendonça c.c. João de Almada e Mello (senhor de Souto do Rei); pais: D. Teresa Luiza de Mendonça e Mello c.c. Manuel de Carvalho e Ataíde cujo filho Sebastião José de Carvalho e Mello foi o Marques de Pombal (1699-1782).
Senhor do engenho Trapiche/Cabo de Santo Agostinho.
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais de 1925, Anais 1926 Vol 48 (10); *Anais 1902 Vol 24 (2)



        Ao falecer João Gomes de Mello (II), por não ter tido um filho homem, a capela e o engenho Trapiche forma passados para seu irmão Manoel Gomes de Mello (4º na sucessão) já que Francisco e Estevão Gomes de Melo (2º e 3º na sucessão) haviam falecido solteiros e sem geração.



(em torno de 1623) - Manoel Gomes de Mello – Natural de Pernambuco. Falecido antes de 1635, pois neste ano sua viúva aparece como administradora do engenho. Filho de João Gomes de Mello (I), senhor do eng. Trapiche/Cabo de Santo Agostinho, e de Anna de Hollanda.
Casamento 01: Adriana de Almeida Lins, filha de Bartolomeu (Balthasar, segundo Borges da Fonseca) de Almeida Botelho (Fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo) e de Brites Lins de Vasconcellos. Neta materna de Cibaldo Lins e de Adrianna de Holanda.
Filhos: 01- João Gomes de Mello (III) homônimo do tio e do avô, (sucessor do eng. Trapiche). Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo, serviu ao Rei nas tropas pagas. Capitão e Sargento-mor de Infantaria. Provedor da Fazenda Real de Pernambuco. C.c. D. Ignez de Almeida Pimentel, sua prima, filha do Capitão-mor Rodrigo de Barros Pimentel e de D. Jerônima de Almeida. Neta paterna de Antônio de Barros Pimentel e de D. Maria de Holanda de Vasconcellos e por parte materna de Balthasar de Almeida e de Brites Lins. C.g; 02- D. Brites Gomes de Mello* c.c.  Pedro Marinho Falcão (senhor do eng. Bragança/Vitória de Santo Antão). Cavaleiro da Ordem de Cristo. Filho de Vasco Marinho Falcão (nascido em Minho/PT)  e de Inês Lins. C.g; 03- D. Anna de Mello (de Vasconcellos) ** primeira esposa de Luis do Rego Barreto, Cavaleiro da Ordem de Cristo. Filho de Arnau de Hollanda Barreto e de Luísa Pessoa. C.g; 04- D. Marianna de Mello*** c.c. Leandro Marinho Falcão, Capitão de Cavalos. Filho de Vasco Marinho Falcão (nascido em Minho/PT) e de Inês Lins.  C.g; 05- D. Maria de Mello c.c. Gaspar Wanderley, nobilíssimo holandês e Capitão de Cavalos. Depois de viúva c.c. João Baptista Accioly, Fidalgo da Casa Real e Sargento-mor de Pernambuco. C.g. em ambos os matrimônios; 06- D. Isabel de Mello c.c. Paulo Correia Barbosa, homem nobre de Ipojuca, irmão do Capitão-mor de Ipojuca João Correia Barbosa. C.g.
Senhor do engenho Trapiche, antes Nossa Senhora da Conceição/Cabo de Santo Agostinho.
Fontes consultadas:
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais de 1903 Vol 25 (3)
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais de 1925, Anais 1926 Vol 48 (10)
CALADO, Frei Manoel. O Valoroso Lucideno.Vol. I e II. 5ª Edição. Governo de Pernambuco. CEPE. Recife, 2004
CALADO, Manoel. O Valeroso Ludeno. Vol. I e II. 5ª edição. CEPE. Recife, 2004.
http://www.araujo.eti.br/descend.asp?numPessoa=40313&dir=genxdir/
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Os engenhos de açúcar no Brasil holandês. Edt. Penguin. Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012.
MELLO, José Antônio Gonsalves de. Tempo dos Flamengos. Coleção Pernambucana.Vol. XV BNB. Gov. de Pernambuco. Recife, 1979
PEREIRA, Levy. "Algodoais". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Algodoais. Data de acesso: 01/04/2014.
PEREIRA, Levy. "N S. de Checiçe (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/N_S._de_Checi%C3%A7e_(Engenho_de_roda_ d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 28/03/2014.


 
Engenho de açúcar e sus edificações.
Pereira da Costa (1951, Volume 7, Ano 1812, pg. 326): "Pelos outros concessionários de terras foram também, contemporaneamente, construídos vários engenhos, em 1630, e assim relacionados em documentos coevos: engenho Algodoais, engenho Bom Jesus. Neste engenho, o seu proprietário João de Veras, que morreu na Bahia em 1651, instituiu um vínculo ou morgado; engenho da Madre de Deus; engenho São. João Batista; engenho São Francisco, engenho Espírito Santo; engenho Garapu;, engenho Guerra; Engenho Ilha, que associamos ao Engenho Pirapama; engenho Jurissaca, ; engenho Maratapagipe, sob a de S. Marcos; engenho de João Rodrigues Caminha; engenho Nossa Senhora da Conceição; engenho Nossa Senhora das Candeias; engenho Novo, de S. Miguel;  engenho Pirapama, sob a invocação de Santa Apolônia; engenho Santa Lúcia; engenho São Braz; engenho São João; engenho Utinga, sob a invocação de São Francisco; eo engenho Velho. NOTA: Na transcrita lista dos engenhos da Freguesia do Cabo de São Agostinho, não figuram os de Santo Estevão, Ilha e Trapiche, então já existentes, naturalmente por imposição de outros nomes.
Quando os holandeses conquistaram a região do Cabo de Santo Agostinho, o engenho se encontrava abandonado, pois sua administradora D. Adriana de Almeida Lins, viúva de Manoel Gomes de Mello, que tinha fugido (1635) deixando 88 caixas de açúcar que depois de serem encontradas foram confiscadas para a Companhia das Índias Ocidentais holandesas.
No engenho os invasores encontraram ainda: na varanda da casa de purgar 08 caixas de açúcar branco e 03 de açúcar mascavado, marcadas GWC, 30 caixas do proprietário do engenho; outras 53 caixas, pertencentes ao mesmo senhor, foram escondidas na mata sob uma coberta de palha, cerca de três tiros de mosquete distante da casa, somando ao todo 94 caixas; dentro da casa estavam 108 fôrmas feitas pela família Cavalcanti de Goiana e 565 fôrmas trazidas para o engenho por Antônio da Rocha, e 474 fôrmas trazidas para o engenho por Antônio Correia no total de 1.147 fôrmas. As 565 fôrmas de Antônio da Rocha renderam, segundo a conta do feitor Antônio Dias, 536 arrobas de açúcar branco e 122 arrobas de açúcar mascavado, das quais o dizimo pertence à Companhia e a metade ao lavrador, conforme o contrato que me foi mostrado, ou 241 arrobas de açúcar branco e 55 de açúcar mascavado; ficam para a Companhia 295 arrobas de açúcar branco e 67 arrobas de açúcar mascavado. As 474 formas de Antônio Correia renderam, segundo a conta, 418 arrobas de açúcar branco e 92 arrobas de açúcar mascavado, das quais o dizimo é da Companhia e fica a terça parte pertencente ao referido Antônio Correia, como mostra o acordo que fez com o senhor do engenho, sendo 27 1/2 arrobas de açúcar mascavado e 125 arrobas de açúcar branco; ficam para a Companhia 293 arrobas de açúcar branco e 64 e 1/2 arrobas de açúcar mascavado. As mencionadas 108 fôrmas feitas pela família Cavalcanti renderam 84 arrobas de açúcar branco e 24 arrobas de açúcar mascavado, que todas ficam para a Companhia, que deste modo obtém um total de 672 arrobas de açúcar branco e 155 e 1/2 arrobas de açúcar mascavado, as quais o citado feitor Antônio Dias fez encaixar em 33 caixas, que, com a marca da Companhia, foram mandadas para o Cabo e a Barreta, sendo deduzidas 50 caixas que à referida senhora do engenho em Porto Calvo foram concedidas pelos Senhores Conselheiros ali e depois pelo Conselho, sendo 30 que, por conta do resgate de Pedro da Cunha, tinham sido pagas e 20 caixas para a viúva consertar o engenho.
Ao chegar à região de Barra Grande/Alagoas, D. Adriana desvencilhou-se do grupo de retirantes. Depois conseguiu do Almirante Lichtharte o passaporte holandês que permitiu seu retorno a Pernambuco e a posse de todos os seus bens. Ao saber do ocorrido o Governo de Recife começa a debater a questão quanto a devolução dos seus bens, “visto que D. Adriana já havia abandonado estes bens, e, além disto, tinha se comportado de maneira hostil. Depois de um longo debate e intervenção de seu genro o Capitão de Cavalos holandês Gaspar Wanderley, resolveram devolver suas terras, mas  todo o açúcar encontrado no engenho e que lhe haviam sido confiscados ficariam para Companhia das Índias Ocidentais. 
Em 1636, D. Adrianna de Almeida Lins toma posse definitiva de seu engenho, e trata de reconstruí-lo e colocá-lo em fogo vivo, tanto é que, safrejava em 1637 e 1639.


(1635) Adriana Lins de Almeida (Adriana Luiza de Almeida) – Filha de Bartolomeu (Baltazar) de Almeida Botelho   (senhor dos engenhos: Morro/Porto Calvo-AL e do Escorial/Porto Calvo-AL) e de Brites Lins de Vasconcelos.
Durante a ocupação holandesa D. Adriana fugiu de seu engenho deixando para trás tudo o que não podia ser levado, mas depois retornou e conseguiu reaver engenho Trapiche (1636).
Casamento 01: Manuel Gomes de Mello (dados acima)
Filhos: (Ver em Manuel Gomes de Mello,acima)
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais da Biblioteca Nacional de 1925. Anais 1903 Vol 25
CALADO, Manoel. O Valoroso Lucideno.Vol. I e II. 5ª Edição. Governo de Pernambuco. CEPE. Recife, 2004
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Os engenhos de açúcar no Brasil holandês. Edt. Penguin. Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012.
PEREIRA, Levy. "N S. de Checiçe (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/N_S._de_Checi%C3%A7e_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 28/03/2014.
SCHOTT, Willem. Relatório sobre os engenhos situados entre o Rio das Jangadas e o Rio Una, em Pernambuco. 1636



De acordo com a Relação dos Engenhos (1655), o engenho Trapiche pertencia a João Gomes de Mello (III), e pagava de recognação 01 1/2%, de todo o açúcar feito antes de dizimado.
Em 1663, segundo a lista de senhores de engenho devedores da Companhia das Índias Ocidentais, João Gomes de Mello devia 4.600 florins.



João Gomes de Mello (II) homônimo do tio e do avô. Filho de Manoel Gomes de Mello (senhor do vínculo do eng. Trapiche/Cabo de Santo Agostinho) e de Adriana Lins de Almeida. Serviu ao Rei nas tropas pagas. Capitão e Sargento-mor de Infantaria. Depois de reformado foi serventuário do Ofício de Provedor da Fazenda Real de Pernambuco. Fidalgo da Casa Real e professo na Ordem de Cristo. Sucedeu seu pai no vínculo da Capela e do eng. Trapiche/Cabo de Santo Agostinho.
Casamento 01: D. Ignez de Almeida Pimentel, sua prima, filha do Capitão-mor Rodrigo de Barros Pimentel e de D. Jerônima de Almeida. Neta paterna de Antônio de Barros Pimentel e de D. Maria de Holanda de Vasconcellos e por parte materna de Balthasar de Almeida e de Brites Lins.
Filhos: 01- José Gomes de Mello, sucessor de seu pai na Capela e no eng. Trapiche. Fidalgo Cavaleiro da Casa Real e Coronel da Ordenança. C.c. sua prima D. Jerônima de Almeida Pimentel, filha do Capitão-mor José de Barros Pimentel; e de D. Maria Accioly; 02- Manoel Gomes de Mello, Fidalgo da Casa Real, Sargento-mor da Ordenança e senhor do eng. São João/Cabo de Santo Agostinho, que tinha sido encapelado pelo seu pai. C.c. sua prima D. Ignes de Goes Mello, filha do Cap. André de Barros Rego (senhor do eng. São João/São Lourenço da Mata) e de D. Adrianna de Almeida Wanderley. C.g.
Senhor dos engenhos: Trapiche/Cabo de Santo Agostinho e do São João/Cabo de Santo Agostinho
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais da Biblioteca Nacional de 1925. Anais 1903 Vol 25



O vínculo do engenho Trapiche foi passado para seu filho primogênito por José Gomes de Mello.



José Gomes de Mello – Sucessor de seu pai na Capela e no eng. Trapiche. Filho de João Gomes de Mello (II) e de D. Ignez de Almeida Pimentel. Nada mais foi encontrado.
Casamento 01: sua prima D. Jerônima de Almeida Lins, filha do Capitão-mor José de Barros Pimentel e de D. Maria Accioly. Neta paterna de Rodrigo de Barros Pimentel e de D. Jerônima de Almeida Lins e materna de João Baptista Accioly e de D. Maria de Mello (viúva de Gaspar Wanderley).
Filhos: 01- João Gomes de Mello, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, Familiar do Santo Ofício. Faleceu solteiro e s.g; 02- José Gomes de Mello, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real. Faleceu solteiro e s.g; 03- Francisco Xavier de Mello (sucessor de seu pai no vínculo do eng. Trapiche, pois seu irmão mais velho faleceu solteiro e s.g.) C.c. D. Margarida da Cunha Pereira, filha do Cap. Manoel Tavares de Brito e de D. Maria Magdalena da Cunha Pereira; 04- Antônio de Barros Pimentel e Accioly (sucessor do vínculo do engenho, pois irmão Francisco Xavier de Mello, não teve filhos homem o vínculo do engenho Trapiche lhe foi passado). Fidalgo Cavalheiro da Casa Real. C.c. D. Maria Thereza de Jesus Accioly, filha do Cel. João Salgado de Castro (senhor do eng. São Paulo do Sibiró/Ipojuca) e de D. Theresa de Jesus de Oliveira; 05- D. Ignes Thereza de Mello, solteira em 1748; 06- D. Josepha Maria de Mello, solteira em 1748; 07- D. Sebastiana Francisca de Mello, faleceu solteira.
Senhor do engenho Trapiche/Cabo de Santo Agostinho.
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais da Biblioteca Nacional. Anais 1903 Vol 47



Por direito de sucessão da Capela e do eng. Trapiche, pois os dois filhos mais velhos de José Gomes de Mello tinham falecido sem deixar herdeiros, o vínculo do engenho foi passado para o 3º na sucessão Francisco Xavier de Mello.



Francisco Xavier de Mello – 3º filho de João Gomes de Mello e de D. Jerônima de Almeida Pimentel. Nada mais foi encontrado.
Casamento 01 (por vontade própria): D. Margarida da Cunha Pereira, filha do Cap. Manoel Tavares de Brito e de D. Maria Magdalena da Cunha Pereira. Neta paterna de Pedro Tavares de Brito e de Justa Rodrigues de Crastro e materna do Capitão-mor Arnau de Holanda Barreto e de D. Anna Pereira da Cunha.
Filhos: Não houve sucessão desse casamento.
Senhor do engenho Trapiche/Cabo de Santo Agostinho.
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais da Biblioteca Nacional. Anais 1903 Vol 47



                Como Francisco Xavier de Mello casou, mas não teve geração, o vínculo da Capela e o eng. Trapiche, de acordo com a ordem de sucessão, foi passado para seu irmão Antônio de Barros Piementel e Accioly.



Antônio de Barros Pimentel e Accioly – Sucessor de seu pai na Capela e engenho Trapiche. 4º filho de João Gomes de Mello e de D. Jerônima de Almeida Pimentel. Fidalgo Cavaleiro da Casa Real.
Casamento 01: D. Maria Thereza de Jesus Accioly, filha do Cel. João Salgado de Castro (senhor do eng. São Paulo do Sibiró/Ipojuca) c.c. D. Maria Thereza de Jesus Accioly.
Neta paterna do Cel. Paulo de Amorim Salgado (senhor do eng. São Paulo do Sibiró/Ipojuca, cuja família pertencia à primeira nobreza de Vianna/PT) e de D. Francisca Accioly; e materna de Bento Gonçalves Vieira (Cavalheiro da Ordem de Cristo e Familiar do Santo Ofício) e de D. Maria de Oliveira.
NOTA: D. Maria Thereza de Jesus Accioly depois que ficou viúva casou com Jerônimo Vieira Pinto, primo de seu marido.
Filhos: Segundo Borges da Fonseca: até 1748 não havia filhos conhecidos.
Senhor do engenho Trapiche/Cabo de Santo Agostinho.
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais da Biblioteca Nacional. Anais 1903 Vol 47. Pág. 225.



                O próximo sucessor encontrado foi Francisco do Rego Barros.



(século XIX) Francisco do Rego Barros (I) – Filho Sebastião Antônio de Barros e Mello (Fidalgo Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo. Coronel do Regimento de Cavalaria de Olinda e Recife), e de Felippa Cavalcanti de Albuquerque.
Neto paterno de Francisco do Rego Barros (Provedor, Fidalgo da Casa Real, senhor dos Morgados dos Pintos e Água Fria) e de D. Maria Manoela de Mello. Bisneto de Manoel Gomes de Mello (Fidalgo da Casa Real e senhor do vínculo do eng. Trapiche/Cabo de Santo Agostinho) e de D. Ignes de Goes de Mello. Descendente do fundador do eng. Trapiche, João Gomes de Mello.
Capitão-mor. Coronel de Milícias. Presidente da câmara de Olinda. Juiz Ordinário dos Órfãos de Pernambuco. Provedor da Fazenda Real da Capitania de Pernambuco. Juiz da Alfândega e Vedor Geral. Auditor e Ouvidor de Pernambuco. Fidalgo da Casa Real. Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Casamento 01: Mariana Francisca de Paula do Rego Barros, filha do Cel. Manoel Gomes de Mello (Fidalgo da Casa Real) de Ignez de Goes de Mello. Descendente do fundador do engenho Trapiche, João Gomes de Mello.
Filhos: 01- Francisco do Rego Barros, Conde da Boa Vista, c.c. Ana Maria Cavalcanti; 02- João do Rego Barros, 1º Barão de Ipojuca, c.c. Inácia Militana Cavalcanti Rego de Lacerda.
Senhor dos engenhos: Trapiche/Cabo de Santo Agostinho; Massiape/São Lourenço da Mata e proprietário do sítio das Salinas de Sto Amaro no Recife.
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais 1903 Vol 25 (2), Anais 1906 Vol 28 (2)
Documentos manuscritos avulsos da Capitania de Pernambuco: Fontes repatriadas. Edt. Universitária UFPE, 2006 - 583 pág.



                O vínculo da Capela e do eng. Trapiche foi herdado por seu filho Francisco do Rego Barros.



Francisco do Rego Barros (II) – Nascido em 03/02/1802/eng. Trapiche-Cabo de Santo Agostinho, de propriedade de seus , faleceu em 04/10/1870/Recife. Filho de Francisco do Rego Barros e de Mariana Francisca de Paula do Rego Barros. Homem idealista, solidário, inovador e, ao mesmo tempo, prudente.
Estudou com professores particulares no eng. Trapiche. Desde muito cedo, se interessou pela carreira militar, alistando-se, em 1817, com apenas 15 anos de idade, no Regimento de Artilharia do Recife.
Major Francisco do Rego Barros
Em 1821, como Cadete do Regimento de Artilharia do Recife, participou do movimento conhecido como a Revolução de Goiana, encerrada com a Convenção do Beberibe 10/10/1821. Preso e enviado para a fortaleza de São João da Barra, em Lisboa/PT, onde foi mantido até 1823. Francisco do Rego Barros ao ser solto viaja para Paris, onde estudo Matemática pela Universidade de Paris. Depois retorna a sua terra e é eleito Deputado-geral (1830/33 e 1850).
Com apenas 35 anos de idade, foi designado Presidente da Província de Pernambuco (1837 a 1844). Senador (1850 a 1870). Comandante Superior da Guarda Nacional do Recife. Comandante das Armas da Província do Rio Grande do sul (1865), cargo que pediu exoneração no ano seguinte, para retornar a Pernambuco.
Por decreto de 18/06/1841 foi agraciado com o título de Barão, depois Barão com grandeza por decreto de 02/12/1854. Promovido a Visconde, com grandeza, em 12/12/1858 e elevado a Conde da Boa Vista, em 28/08/1860. Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro, Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa e da Imperial Ordem de São Bento de Avis. Comendador da Ordem Militar de Cristo. Presidente da província do Rio Grande do Sul (1865 a 1867), acumulando as funções de Comandante das Armas, durante a Guerra do Paraguai.
Conde da Boa Vista,
Francisco do Rego Barros
NOTA: Como Governador de Pernambuco modernizou higienizou a Capital pernambucana, operando transformações. Trouxe arquitetos e engenheiros da França. Mandou o engenheiro Firmino Herculano de Morais Âncora que construísse o atual Palácio das Princesas, incentivou as artes e as ciências, levando o Recife ao conceito das grandes cidades modernas da época. Construiu estradas ligando a capital às áreas produtoras de açúcar do interior; a ponte pênsil de Caxangá, sobre o Rio Capibaribe; o Teatro de Santa Isabel; o edifício da Penitenciária Nova, depois chamada de Casa de Detenção do Recife (atual Casa da Cultura); o Cemitério de Santo Amaro; o edifício da Alfândega; canais; estradas urbanas; um sistema de abastecimento de água potável para o Recife; reconstrução das pontes Santa Isabel, Maurício de Nassau e Boa Vista. Mandou construir aterros para a expansão da cidade, sendo o mais importante deles o da Boa Vista, que partia da Rua da Aurora rumo à Várzea, na época Rua Formosa, continuada pelo Caminho Novo, que a partir de 1870 recebeu o nome de Avenida Conde da Boa Vista.
Casamento 01: Ana Maria Cavalcanti
Filhos: 01- Maria Francisca Paes Barreto; 02- Francisco Paes Barreto; 03- Paulino Paes Barreto; 04- Joana Francisca Paes Barreto; 05- João Francisco Paes Barreto; 06- João Gil Paes Barreto; 07- Camilo Paes Barreto; 08- Brasiliano Paes Barreto; 09- Eugênio Paes Barreto.
Fontes consultadas:


               
NOTA: Não foram encontrados outros proprietários após Francisco do Rego Barros.

Capela de São Francisco, Eng. Trapche
Hoje as terras do engenho Trapiche pertencem a PETROBRÁS Distribuidora¸ e ficam localizadas no Complexo Portuário de SUAPE. Em parte dela está sendo construído um novo bairro “Engenho Trapiche”, para atender a grande procura por novas habitações pelos funcionários do Complexo Portuário de SUAPE, de acordo com o Relatório de Impacto Ambiental- RIMA do Projeto Engenho Trapiche – Plano Urbanístico da Área de Expansão Urbana da Cidade de Ipojuca/Pernambuco.
A Capela de São Francisco do eng. Trapiche/Cabo de Santo Agostinho foi objeto de recomendação (2011) expedida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) à Petrobras Distribuidora, proprietária do antigo engenho, para que se abstenha de realizar quaisquer intervenções na edificação sem a devida autorização do órgão municipal de controle urbano, devido a denúncia sobre risco de desabamento de um imóvel em ruínas. Durante as investigações, foi descoberto que o referido local era a capela de São Francisco. 
Pinturas no interior da Capela
Ainda de acordo com a recomendação, apesar de o IPHAN ter elaborado dois inventários para o local, para proteger os patrimônios culturais, ficou constatado nas investigações, que foi realizada intervenção para escoramento das ruínas sem a observância das formalidades legais, sobretudo a aprovação prévia e o acompanhamento da prefeitura, por meio do órgão de controle urbano e do órgão responsável pelo inventário. A alteração pode resultar na descaracterização tanto da estrutura quanto dos parâmetros originais da obra. Caso haja esta autorização, as futuras modificações na capela deverão ser acompanhadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Além de possuir dois inventários do IPHAN - Inventário do Patrimônio Religioso em Pernambuco e Inventário de Varredura do Patrimônio Material do Ciclo da Cana-de-açúcar -, o patrimônio, conforme a Lei de Uso e Ocupação do Solo 2179/2004, é identificada como Zona de Interesse Histórico e, de acordo com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental do Cabo de Santo Agostinho, caracterizado como Zona Especial de Preservação Histórico-Cultural.


Interior da Capela do Eng. Trapiche


Outras Fontes Consultadas:
(Dussen, 1640), pg. 143-144
(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg.85
PEREIRA, Levy. "N S. de Checiçe (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/N_S._de_Checi%C3%A7e_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 12/05/2014.
http://mp-pe.jusbrasil.com.br/noticias/112134788/mppe-busca-preservacao-da-capela-de-sao-francisco-do-cabo-de-santo-agostinho

2 comentários:

Unknown disse...

Que bom,conhecer história da minha cidade.a minha residência fica bem perto da capela de sao francisco,eu escuto as pessoas falando engenho trapiche mas n sabia que era aqui história linda amei muito.

Unknown disse...

É possível que ainda exista os registros dos trabalhadores dessa época