Nomes históricos: São Bento (S. Bento;
St. ßԐnto; S Bente); de Ambrósio Fernandes Brandão; Caiará; hoje engenho Cajará
– de acordo com mata do IBGE Geocódigo 2613701 - São Lourenço da Mata-PE.
NOTA: Não confundir o engenho São Bento do Caiara com o São Bento do Mussurepe,
ambos localizados em São Lourenço da Mata.
Segundo Vasconcelos Sobrinho, o engenho São Bento do Caiará/São Lourenço da Mata (antiga Mata do pau-brasil) foi construído por Ambrósio Fernandes Brandão, em 1590. Ficava localizado na margem esquerda do Riacho Caiará, que desaguava no Rio Capibaribe, na Muribara, freguesia de São Lourenço e jurisdição de Olinda, Capitania de Pernambuco; pagando 03% de pensão ao Donatário sobre todo o açúcar produzido. Sua fábrica era movida à água e sua Igreja era dedicada a São Bento.
Segundo Vasconcelos Sobrinho, o engenho São Bento do Caiará/São Lourenço da Mata (antiga Mata do pau-brasil) foi construído por Ambrósio Fernandes Brandão, em 1590. Ficava localizado na margem esquerda do Riacho Caiará, que desaguava no Rio Capibaribe, na Muribara, freguesia de São Lourenço e jurisdição de Olinda, Capitania de Pernambuco; pagando 03% de pensão ao Donatário sobre todo o açúcar produzido. Sua fábrica era movida à água e sua Igreja era dedicada a São Bento.
Ambrósio
Fernandes Brandão – (*1555/Portugal
- +1618). Judeu. Médico. Mercador em Goa e
em Lisboa. Imigrou para o Brasil, onde viveu por 35 anos (1583 a 1618).
Em
Pernambuco foi Feitor-mor do engenho de Bento Dias de Santiago, segundo o
testemunho do vigário de São Lourenço, perante a mesa do Santo Ofício/Bahia, em
08.10.1591. Escrivão, sob as ordens de Bento Dias Santiago. Arrecadador de
dízimos em Pernambuco (1583). Capitão de Mercadores na conquista da
Paraíba (1585). Sem pretensões de “nobreza de sangue”, viveu entre a vila
de Olinda/PE (1583/97) e seu engenho São Bento.
Como
médico Ambrósio passou a investigar as plantas e ervas medicinais sendo
considerado o percussor da medicina tropical, posteriormente desenvolvida
pelo holandês Piso à base de plantas e ervas médicas.
Durante
a 1ª Visitação ao Brasil (1591-93) é denunciado ao Santo Ofício por frequentar,
juntamente com outros cristãos-novos, a sinagoga do engenho Camaragibe, durante
as festividades religiosas judaicas.
Entre
1597 resolve voltar para Portugal onde exerceu a função de Tesoureiro Geral da
Fazenda dos Defuntos e Ausentes. A administração do engenho fica sob a
responsabilidade de seu parente Antônio Lopes Brandão e todo o açúcar
produzido no São Bento era consignado e remetido para Lisboa em nome
de Ambrósio Fernandes Brandão.
Em
09.11.1606 é novamente denunciado ao Santo Ofício por Antônio Dias Cardoso, que
servia a Ambrósio Fernandes, morador da Calçada do Congro/Lisboa-PT. No seu
depoimento disse que fora contratado para consertar o jardim de uma horta,
juntamente com o hortelão Antônio Álvares. Que na dita casa morava Ana Brandoa,
que parecia ser mulher de Ambrósio – Joana Batista, irmã bastarda desta, Mícia
Henriques e Duarte Brandão, filhos.... Que Ambrósio Fernandes todos os dias de
sábado se recolhia em um estudo seu e nele está quase todo dia e não sai fora
de casa, nem faz pagamento nem contrato no naquele dia com pessoa alguma, sendo
recebedor do Consulado e tendo negócios na dita casa. Que viu a dita Ana
Brandoa... lendo um livro, que não sabe que livro é, e a irmã
bastarda, Joana Batista, possuía um livro defeso e o filho,
Duarte Brandão, era letrado
Em
1607 regressa a Pernambuco e como Capitão de Infantaria participa da
conquista da Paraíba lutando contra os franceses e os índios
Potiguaras. Se apaixona pela Paraíba e resolve vender suas propriedades em
Pernambuco e passa a viver clandestinidade como cristão-novo em terras
paraibanas.
Em
27.11.1613, fez uma petição ao Capitão-mor João Rabelo de Lima, onde solicitava
a concessão de duas ilhotas ao longo do Rio Gargaú, denominadas do Francês e do
Gargaú, alegando que queria fazer um engenho. Ao receber a concessão da sesmaria
de terras funda três engenhos e se estabelece definitivamente em solo
paraibano como senhor de engenho: “um bom engenho devia contar, no mínimo,
com cinquenta escravos, quinze juntas de bois, além de muita lenha e dinheiro”.
Nota:
O nome de Ambrósio Brandão se encontra na lista de senhores de engenho,
cristãos-novos, do século XVI, juntamente com: Bento Dias Santiago, Fernão
Soares, Filipe Diniz do Porto, André Gomes Pina e Duarte Dias Henriques.
Grande
conhecedor do litoral brasileiro, principalmente das capitanias do Rio Grande
do Norte, Paraíba e Pernambuco, escreveu na Paraíba (1607), o livro ‘Diálogos
das Grandezas do Brasil’ (Recife: Imprensa Universitária, 1962),
considerado um dos mais importantes relatos sobre a flora, fauna, paisagem e
vida econômica do país naquele primeiro século de sua colonização, obra hoje de
consulta obrigatória pelos estudiosos dos mais diversos misteres. Antes desta
obra, “pouca coisa se sabia a respeito da vida colonial, no que tange à
economia do açúcar, pois a documentação desse tempo é bastante escassa”,
cujo manuscrito foi descoberto por Francisco Adolfo de Varnhagen, na Biblioteca
Nacional de Portugal, na segunda metade do século XIX , mas que ficou
permaneceu anônima até que Capistrano de Abreu conseguiu identificar a sua
autoria.
Senhor
de terras em São Lourenço da Mata/PE e dos engenhos: Abreu/Tracunhaém
(antes Nazaré da Mata)/PE; Arandu de Baixo/Cabo de Santo Agostinho-PE;
Gargaú/Santa Rita-PB (1614); Meio/Santa Rita-PB; Nossa Senhora do
Rosário/PB; Santo Cosme e Damião/PB; São Bento.
Casamento
01: Ana Brandão, portuguesa.
Filhos
encontrados: 01- Duarte Brandão; 02- Mícia Henriques; 03- Luciano Brandão;
04- Francisco Camelo Brandão.
NOTA:
Todos os três filhos varões de Ambrósio abandonaram suas propriedades para
lutarem contra os holandeses (1630) e depois retornaram para
Portugal. Por se encontrarem os engenhos abandonados foram confiscados
pela Companhia das Índias Ocidentais e vendidos a Isac Rosière. Depois da
Restauração Pernambucana os engenhos passaram a pertencer a João Fernandes
Vieira.
Senhor
de terras em São Lourenço da Mata/PE (Denunciações e Confissões de Pernambuco
pág. 231 e 260) e dos engenhos: Abreu /Tracunhaém (antes Nazaré da Mata)/PE;
Arandu de Baixo/Cabo de Santo Agostinho-PE; Gargaú/Santa Rita-PB (1614),
levantado em uma sesmaria recebida em 27.11.1613; Meio/Santa Rita-PB, antes era
conhecido como São Gabriel e durante a ocupação holandesa era chamado de
Middelburgo; Inobi (Obim) – Fundado por Ambrósio Fernandes Brandão; Nossa
Senhora do Rosário/PB ficou para seu filho Luciano Brandão; Santo Cosme e
Damião/PB– Fundado por Ambrósio Fernandes Brandão, em torno de 1613; São
Gabriel ou Meio/Paraíba; São Bento (fundado em 1590 por Ambrósio Brandão,
segundo Vasconcelos Sobrinho)/São Lourenço da Mata/PE
Fontes:
AMARAL NETO, Raimundo Pereira do.
Senhores de engenho judeus.
Breve discurso sobre o Estado das quatro
Capitanias Conquistadas (1638)
FALBEL, Nachman. Judeus no Brasil:
estudos e notas. Edt. Hamanitas, 2008. Pág. 106-108
http://www.engenhocamaragibe.com.br/engenho-camaragibe-17.htm
http://www.igarassu.pe.gov.br/educacao/conteudo/141/Engenho%20Inham%C3%A2
http://www.paraiwa.org.br/paraiba/igrejas.htm
MELLO, Evaldo Cabral de Mello. O Bagaço
de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo,
2012. Pág. 82
MOISÉS, Massaud. História da literatura
brasileira: Das origens ao romantismo. Edt. Cultrix, 2001. 600 páginas.
PEREIRA, Levy. "S. Bento (engenho
d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da
América Lusa. Disponível em:http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Bento_(engenho
_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 18/11/2013.
Relatório sobre o Estado das Capitanias
Conquistadas (1639)
Revista do Instituto Arqueológico,
Histórico e Geográfico Pernambucano. Vol. XLVIII. Recife, 1976. Pág. 165
RIBEMBOIM, José Alexandre. Senhores de
Engenho Judeus em Pernambuco Colonial, 1542-1645. Edt. 20-20 Comunicação e
Editora. CEPE. Recife, 1995. Pág. 83
RODRIGUES, José Honório. História
da História do Brasil. Companhia Editora Nacional, 1979.
SANTOS, José Ozildo dos. Os
Beneficiários das Primeiras Sesmarias Concedidas na Capitania da Paraíba.
Disponível em: http://www.construindoahistoria.com/2012/06/os-beneficiarios-das-primeiras.html
Senhores de Engenho e suas Propriedades
Citados na Primeira Visitação do Santo Ofício (1593-1595). Disponível em:
http://aalecastroarquivogenealogico.zip.net/arch2009-12-01_2009-12-31.html
SILVA, Kalina Vanderlei. Fidalgos,
capitães e senhores de engenho: o Humanismo, o Barroco e o diálogo cultural
entre Castela e a sociedade açucareira (Pernambuco, séculos XVI e XVII).
Disponível
em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752012000100011
Com a partida de Ambrósio Fernandes Brandão para Portugal
(1597) o engenho São Bento ficou sendo administrado por seu parente Antônio Lopes Brandão, Feitor-mor do
engenho e depois seu proprietário (1600), e todo o açúcar produzido no engenho
era consignado e remetido para Lisboa em nome de Ambrósio. Nessa
época seu proprietário pagava de pensão ao Donatário 3% por todo o açúcar
produzido.
Antônio
Lopes Brandão – Parente de Ambrósio Brandão, aparece
como proprietário ou administrador do engenho, pois o açúcar procedente do
engenho era consignado e remetido para Lisboa onde residia Ambrósio Fernandes
Brandão.
Fontes:
Revista do Instituto Arqueológico,
Histórico e Geográfico Pernambucano. Vol. XLVIII. Recife, 1976. Pág. 165
Em 1623 o engenho São Bento pertencia a
Manuel Rodrigues Nunes, produzindo 8.617 arrobas de açúcar.
Manuel Rodrigues Nunes – Nada
mais foi encontrado.
Senhor
do engenho São Bento ou São Bento da Moribara/São Lourenço da Mata, em 1637
Fontes:
MELLO, Evaldo Cabral de Mello. O Bagaço
de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo,
2012. Pág. 82
Durante a ocupação holandesa no século XVII,
o documento “Breve Discurso” (1638), que relaciona os engenhos pernambucanos
existentes na época e o o relatório sobre o Estado das Capitanias conquistadas
no Brasil, e o relatório do Conselheiro holandês Adriaen van der Dussen
de 04/04/1640, informa que o engenho São Bento pertencia a Francisco
Nunes Barbosa que permaneceu sob o domínio holandês, e acrescenta que era
movido à água e se encontrava de fogo vivo.
Francisco
Nunes Barbosa – Permaneceu sob o domínio
holandês. Nada mais foi encontrado.
Senhor
do engenho São Bento ou São Bento da Moribara/São Lourenço da Mata, em 1637
Fontes:
Pereira da Costa, 1951, Vol, 2, Ano
1622, pg. 400
PEREIRA, Levy. "S. Bento (engenho
d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da
América Lusa. Disponível em:http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Bento_(engenho
_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 18/11/2013.
O engenho foi citado nos mapas:
-
PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 Capitania de Pharnambocqve,
plotado como engenho, 'Ԑ: St. ßԐnto', no vale de tributário m.e. do 'Rº.
Capauiriuÿ'.
- IT
(IAHGP-Vingboons, 1640) #43 Capitania di ITamarica, plotado como engenho, 'Ԑ.
St. ßԐnto.', no vale de tributário m.e. do 'Rº. Capauiriuÿ'.
- PE
(Orazi, 1698) Provincia di Pernambvco, plotado, 'S Bente', na m.e. do rio sem
nome, tributário m.e. do 'Capiibari'.
Em 1637 e 1639 o engenho se encontrava
de fogo vivo, com 05 partidos de lavradores, num total de 101 tarefas ou 5.050
arrobas de açúcar, sem partido da fazenda. Lavradores: Bastião Ferreira com 30 tarefas, Isabel
Vieira com 12 tarefas, Jacob Vermeulen com 25 tarefas, João de Matos com 20 tarefas e Manuel Filipe Soares com 14 tarefas.
Em 1638 Francisco Nunes Barbosa vende a
Nicolaas de Ridder e ao seu sócio o lavrador Jacob Vermeulen um partido de cana
com a obrigação de fornecer 60 tarefas
No ano de 1644 o engenho aparece como
sendo propriedade de Manoel Barbosa da Silva e pagava 03% de pensão
açúcar antes de ser dizimado.
Manoel
Barbosa da Silva – Devedor de 42.000 florins a
Gaspar Francisco da Costa, comerciante do Recife, dívida contraída com a
garantia do engenho. Em 1645 Gaspar adere a causa da Insurreição pernambucana. Nada
mais foi encontrado.
Casamento
01: D. Izabel Dias Videira.
Fontes:
PEREIRA, Levy. "S. Bento (engenho
d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da
América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Bento_(engenho_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 18/11/2013.
Em 1655 o engenho aparece de fogo vivo,
ainda pertencia a Barbosa da Silva, que em 1663 era devedor de 7.320 florins à
Companhia das Índias Ocidentais holandesa.
O próximo proprietário encontrado
foi Cristóvão de Barros Rego.
Christóvão
de Barros Rego – Nasceu
em */Pernambuco e faleceu em 1694/Pernambuco, sendo sepultado na Capela de
Nossa Senhora da Conceição da Boa Vista construída por ele, em
sepultura lavrada na parede da capela-mor, da parte do evangelho, na qual
se veem gravadas as suas armas esculpidas em relevo. Filho de Francisco de
Barros Rego, nascido em Vianna, Foz de Lima/PT, e de sua segunda esposa D.
Maria Barrosa. Neto materno de João Fernandes Pessoa e de Maria Barrosa Pessoa,
que era irmã de Maria Pessoa c.c. Francisco Monteiro Bezerra.
Igreja Nossa Senhora da Conceição, Recife |
Segundo seu testamento (arquivado no Cartório do
Juiz das Capelas de Pernambuco), feito em 20/12/1693, instituiu o Morgado do
engenho São Bento do Caiará e o da Conceição - Capela de Nossa Senhora da
Conceição da Boa Vista (Cartório do Juiz das Capelas da Capitania de
Pernambuco), que deixou para sua filha D. Catarina de Barros e nomeou como
administrador seu neto Cristóvão de Barros Rego.
Filhos: Christovão teve duas filhas perfilhadas e
casadas nobremente, que nasceram no
tempo que servia na Bahia ou Sergipe e foram as únicas chamadas para o morgado
que foi instituído no seu testamento.
01- Catarina de Barros – Sucessora do
Morgado. C.c. Manoel da Motta Silveira, c.g;
02- Maria do Rego primeira esposa de Simão
Pereira Barbosa
Outros filhos:
03- David de Barros – Padre;
04- Manoel do Rego Cogominho.
Senhor do Morgado do engenho São Bento do Caiará e o
da Conceição - Capela de Nossa Senhora da Conceição da Boa Vista, criado pelo
seu avô Cristóvão de Barros Rego.
Fontes:
Biblioteca
Nacional do Rio de Janeiro. Anais de 1903 Vol 25 (2), pág. 81. Anais de 1917
Vol 39 (1), pág. 78
BORGES FONSECA,
Antônio José Vitoriano Borges da. Nobiliarchia Pernambucana, Rio de
Janeiro: Biblioteca Nacional. Anais de 1925, pág. 117, 217, 467. Anais de 1926,
pág. 214-215
A sucessora no morgado de São
Bento do Caiará foi sua filha D. Catharina de Barros.
Catharina
de Barros Rego – Filha de Cristóvão de Barros
Rego e de uma mulher baiana (NI). Sucessora do Morgado de São Bento do Caiará
da Matha e da Capela de Nossa Senhora da Conceição da Boa Vista, criado por seu
pai.
Casamento
01: Manoel da Motta Silveira.
Natural de Collares/Penedo-AL. Capitão e homem nobre. Testamento feito em 1690.
Filhos
(9):
01-
Cristóvão de Barros Rego – Sucessor
do Morgado e da Capela de Nossa Senhora da Conceição da Boa Vista que depois
passou para sua filha D. Maria José da Rocha c.c. João Marinho Falcão;
02-
João de Barros Botelho – C.c. D.
Anna de Mello, filha de Manoel Soares de Albuquerque e de D. Ignez de
Albuquerque. Neta materna do Capitão-mor Luiz do Rego Barros (Cavaleiro da
Ordem de Cristo). (c.g.);
02-
Manoel da Motta Silveira – C.c. D.
Rosa. (s.g.);
03-
Estevão da Motta Silveira – C.c. D.
Bernarda de Albuquerque, filha de Duarte de Albuquerque Fragoso. (c.g.);
04-
Francisco Coelho de Arouche – C.c.
D. Joanna Cavalcante. (c.g.);
05-
José de Barros Rego – Falecido
solteiro e s.g.;
07-
Antônio da Motta Silveira – C.c.
(NI);
08-
D. Isabel da Silveira Castello Branco
c.c. João Cavalcante de Albuquerque (senhor do engenho
Apoá/Goiana);
09-
D. Maria Barros – C.c. Manoel da
Rocha Lins (Capitão de Infantaria do Regimento do Recife) depois c.c. Antônio
Gonçalves de Sousa. (C.g. nos dois casamentos)
Fontes:
BORGES FONSECA,
Antônio José Vitoriano Borges da. Nobiliarchia Pernambucana, Rio de Janeiro:
Biblioteca Nacional. Anais de 1925, pág. 117, 217, 467. Anais de 1926, pág. 215
O morgado foi herdado para seu
filho Cristóvão de Barros Rego.
Cristóvão
de Barros Rego – Filho do Capitão Manoel da Motta
Silveira e de D. Catharina de Barros.
Recebeu
a Comendador da Ordem de Cristo que era de seu avô, mas que nunca usou. Mestre
de Campo de Auxiliares.
Sucessor
do Morgado de São Bento do Caiará e da Capela de Nossa Senhora da Conceição,
que foram herdados pela sua mãe.
Casamento
01: D. Anna Maurícia Wanderley, filha de João
Maurício Wanderley e de D. Maria da Rocha.
Filhos:
01-
Christovão de Barros Wanderley –
Único filho varão. (c.g.) CURIOSIDADES: Em 08.11.1743, Christovão
fez um requerimento (nº 5085) através de seu procurador Isidoro Correia Ferreira,
solicitando ao Rei D. João VI, para legitimar seus 03 filhos: Cristovão,
Lourenço e Ana, que tivera com Ana Ferreira de Ascensão, casada com Antônio
Rodrigues Paes.
02-
Maria José da Rocha c.c. João Marinho Falcão. Sucessora do Morgado
Fontes:
BORGES
FONSECA, Antônio José Vitoriano Borges da. Nobiliarchia Pernambucana, Rio
de Janeiro: Biblioteca Nacional. Anais de 1925, pág. 117, 217, 467.
Documentos manuscritos avulsos da Capitania de Pernambuco, Edição 1
O Morgado do engenho Caiará foi passado para sua filha Maria José da Rocha, pois o único filho varão de Christovão de Barros Rego permaneceu solteiro, mas com geração com uma mulher casada, o Morgado
Maria
José da Rocha – Filha de Cristóvão de Barros
Rego e de D. Anna Maurícia Wanderley. 3ª Senhora do Morgado do Engenho de
São Bento do Caiará e da Capela de Nossa Senhora da Conceição da Boa Vista, que
pertenceram ao seu pai.
Casamento
01: João Marinho Falcão
– Filho do Capitão Fernando Rodrigues de Castro e de D. Brites Maria da Rocha. Neto
materno do Capitão-mor João Marinho Falcão e de Maria da Rocha. Neto paterno do
Capitão-mor Estevão Paes Barreto. Bisneto paterno de João Paes Barreto que instituiu
o Morgado do Cabo de Santo Agostinho ou da Madre de Deus, e o da Juriçaca. Mestre
de Campo do 3º Auxiliares de que seu pai era Mestre de Campo. Sargento-mor das
Ordenanças das freguesias: Cabo, Ipojuca e Muribeca, por patente de 06.02.1675.
Filhos:
01-
João Falcão Marinho c.c. Isabel Rita
Caetana da Silveira.
02-
D. Brites Maria da Rocha – Segunda esposa
de Christovão da Rocha Wanderley (casado 03 vezes). (s.g.).
Fontes:
BORGES
FONSECA, Antônio José Vitoriano Borges da Nobiliarchia Pernambucana, Biblioteca
Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1903 Vol 25 (2), pág. 95. Anais de 1925, pág.
117, 122, 217, 467.
O próximo proprietário foi seu
filho João Falcão Marinho.
João
Falcão Marinho – Filho de João Marinho Falcão e
de D. Maria José da Rocha.
Sucessor
do Morgado de São Bento de Caiará e na administração da Capela de Nossa Senhora
da Conceição da Boa Vista. Capitão do 3º Auxiliares das freguesias: Cabo,
Ipojuca e Muribeca que pertenceram ao seu pai. Vereador de Olinda (1757). Capitão-mor de São
Lourenço da Mata.
Curiosidades: Consta nos documentos
avulsos da Capitania Hereditária de Pernambuco, a 07/09/1802:
"Requerimento do morgado de Caiará, Capitão de Ordenanças e Comandante da
freguesia de São Lourenço da Mata, João Marinho Falcão, por seu procurador,
Bernardo Tomás Nunes, ao príncipe regente [D. João] pedindo licença para usar
suas armas para se defender de seus inimigos".
Curiosidades:
O terreno onde foi construída a Igreja Nossa Senhora do Rosário da Boa
Vista/Recife, localizado no antigo sítio do Vínculo de Nossa Senhora da
Conceição dos Coqueiros - atual Rua da Conceição, pela Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário dos Homens Pretos foi doado pelos herdeiros de João Marinho
Falcão, século XVIII.
Casamento
01: Isabel Rita Caetana da
Silveira – Filha de Christovão de Hollanda Cavalcante e de D. Paula
Cavalcante de Albuquerque. Neta paterna de João Cavalcante (senhor dos engenhos:
Apoá e Goitá, em Santo Antônio de Tracunhaem) e de D. Isabel da Silveira
Castello Branco. Neta materna de Paulo Cavalcante de Albuquerque e de D. Ângela
Lins de Albuquerque.
Filhos:
01- D. Angela Ignácia da Silveira;
02- D. Anna
Rita da Silveira – C.c. João de Souza Leão,
casado na capela do Engenho em 13/05/1782;
03-
D. Arcangela da Silveira.
Fontes:
BORGES
FONSECA, Antônio José Vitoriano Borges da Nobiliarchia Pernambucana, Biblioteca
Nacional do Rio de Janeiro Anais 1926 Vol
48 (6), pág. 215 - 216
Após o falecimento de João Falcão
Marinho o Morgado do engenho São Bento do Caiará foi passado para sua filha Anna Rita da Silveira (século XVIII).
Anna Rita da Silveira
– Filha de João Falcão Marinho e de Isabel Rita Caetana da Silveira. Sucessora
de seu pai no morgado do Caiará.
Casamento
01: João de Souza Leão, em
13.05.1785/Capela do eng. Caiará-São Lourenço da Mata. – Nascido em 1729.
Filhos:
01-
Felipe de Souza Leão – Nascido em
1794. C.c. Rita de Cássia Pessoa de Mello. (c.g.) Tenente-Coronel. Senhor do
Engenho de Tapera/Jaboatão dos Guararapes. Pais do Barão de Moreno, , do Barão de
Campo Alegre e da Viscondessa de
Tabatinga.
NOTA: Seu neto Augusto de Souza Leão (foto abaixo), filho de Domingos de Souza Leão e de Thereza de Jesus, aparece no final do século XIX como Barão de Caiará.
Fontes:
http://www.geni.com/people/Augusto-de-Sousa-Le%C3%A3o/6000000027669928775
http://digitalizacao.fundaj.gov.br/fundaj2/modules/busca/listar_projeto.php?cod=30&from=3245
http://pagfam.geneall.net/6345/pessoas.php?id=1159238
http://pagfam.geneall.net/6345/pessoas.php?id=1159241
Belmiro
da Silveira Lins (ou Belmino) – Nasceu em 1827 e
faleceu em 1880, ao levar um tiro durante a Hecatombe de Vitória (conflito
político ocorrido nas vésperas da eleição provincial, disputado pelo Barão de
Escada e a família Souza Leão). Filho de Henrique Marques Lins, 1º Barão e
Visconde de Utinga, e de Antônia Francisca Veloso da Silveira.
Político
e Tenente-Coronel da Guarda Nacional. Vereador de Escada (1893). Primeiro e
único Barão de Escada.
Curiosidades: A oligarquia
açucareira do município de Escada era protegia e ampliava seu poder mediante o
controle da política local. Os cultivadores de cana dominavam os ramos
administrativo e judiciário do governo local e dispunham de representação no
legislativo estadual. Em 1861, na Câmara Municipal de Escada – dos sete membros
– figuravam Henrique Marques Lins e seu filho Belmiro da Silveira Lins, futuro
Barão de Escada. Em 1881, na Câmara Municipal – de nove vereadores – havia três
homens com sete engenhos e, em 1893, o prefeito era proprietário de cinco
engenhos, e cinco conselheiros, ou seus filhos, possuíam 14 engenhos.
Belmiro da Silveira Lins |
Com
fotografia na Coleção Francisco Rodrigues; FR-10929.
Senhor dos engenhos: Alegria/Escada; Goitá/Limoeiro; Harmonia/Catende; Jaguaribe/Abreu e Lima; Lagoa Grande/Glória de Goitá; Limoeiro Velho/Escada; Massurepe/Igarassu; São Bento/Paudalho; São Bento/São Lourenço; São Bernardo/Paudalho; Terra Vermelha/Lagoa do Carro.
Casamento
01: Maria de Sousa.
Filhos:
01- Maria Lins Cavalcanti
(1857-1940);
02- Antônia Lins Correia de
Araújo ( Col. Francisco Rodrigues; FR-2864. Barão da
Escada, 1874);
03- Teudelina da
Silveira Lins - Baronesa de Araçaji e
depois Viscondessa de Rio Formoso c.c. Francisco de Caldas
Lins, Visconde de Rio Formoso.
Fontes:
PEREIRA, Levy. "S. Bento (engenho
d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da
América Lusa. Disponível em:http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Bento_(engenho_d%27%C3%A1gua).
Data de acesso: 18/11/2013.
Hoje o engenho é conhecido como Engenho
Cajará - vide mapa IBGE Geocódigo
2613701 - São Lourenço da Mata-PE.
Fontes:
Argus Vasconcelos de Almeida e
Maria Adélia Borstelmann de Oliveira. A História da Estação Ecológica do
Tapacurá (São Lourenço da Mata, PE). Baseada no Relatório de Vasconcelos
Sobrinho de 1976. Recife - 2009
FONSECA, Antonio José Vitoriano
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Nacional, v.II, 1935.
GASPAR, Lúcia. Vasconcelos
Sobrinho. 2008. www.fundaj.gov.br
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18/11/2013.
SOUZA, Osvaldo Martins F. de.
"Arruar" a Universidade Rural. Artigos. 2008.
www.ufrpe.br
6 comentários:
Seu trabalho e muito interessante, parabens, me chamou atençao o fato de meu sobrenome tambem ser NUNES BARBOSA, sou nascido em Sao Lourenço da mata, filho e neto de Sao Lourencenses, sei muito pouco sobre a historia da minha familia gostaria de ter mais informaçoes. obrigado
Goiste
Sou trineto dos Barões de Caiará.
Nao conheço as fotos acima.
Sei que o Barão de Caiará casou com sua sobrinha,Idalina Carlota, filha do Tenente Coronel Luiz Francisco de Barros Rego.
Tiveram três filhas com o intervalo de cerca de 7 (sete) anos: Dona Thereza sem descendência, Dona Idalina e Dona Augusta,a caçula, minha bisavó.
Creio que tenho informações que podem acrescentar ou elucidar fatos ao "blog".
Sem mais para o momento,
Atenciosamente,
Antonio Luiz.
Sou trineto dos Barões de Caiará.
Não conhecia a foto acima postada.
Sei que o Barão de Caiará (Augusto de Souza Leão) era casado com sua sobrinha Idalina Carlota,filha do Tenente-Coronel Luiz Francisco de Barros Rego e neta paterna do 5° Morgado de São Bento de Caiará (Capitão-Mor Cristovão de Barros Rego Falcão); 5° e último Morgado.
Tiveram uma descendência de três filhas: Dona Tereza,falecida solteira; Dona Idalina e Dona Augusta,filha caçula, minha bisavó.
Creio talvez possa algo acrescentar ou elucidar.
Atenciosamente,
Antonio Luiz de Oliveira Azevedo Sobrinho.
'email" azevedosobrinhoa@gmail.com
No aguardo,
Antonio Luiz.
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