Engenho
com moenda movida à água e Igreja sob a invocação das Chagas de Cristo.
Localizado na margem esquerda do Rio Capibaribe, freguesia de São Lourenço,
jurisdição de Olinda, Capitania de Pernambuco.
O
engenho foi fundado em 1588 por Arnau de Hollanda e pagava 3% de pensão
ao Donatário sobre todo o açúcar produzido.
Arnau de Hollanda (Amand, Arnaldo, Arnault e Arnal
Van Holland) – Nasceu em 1515/Utrecht-Holanda e faleceu em 24.06.1614/Pernambuco. Judeu Askenazi holandês. Filho de Henricus
van Holand e de Margarida Florents Boeyens, que para alguns autores era irmã de
Adriano Florentz, Papa Adriano VI.
Arnau
atendendo ao convite de Duarte Coelho (1535) resolveu imigrar para o Brasil
trazendo a sua vontade para ajudar na colonização da Capitania de Pernambuco
transportando para a nova terra os progressos e conhecimentos do seu tempo. Em
Pernambuco, Arnau Florentz logo se adaptou aos novos costumes, ficando
conhecido como Arnau de Holanda, cujo sobrenome seguiu com seus filhos e formou
a família Holanda.
Em
14.05.1566, Duarte Coelho fez-lhe a doação de uma sesmaria em Jaboatão dos
Guararapes-Muribeca, onde fundou o engenho Santo André, que depois de seu
falecimento foi vendido por sua esposa, em 20.09.1574, a João Pires, junto com
uma parte das terras; no restante fundou o engenho Novo/Jaboatão dos
Guararapes-Muribeca.
Senhor
dos engenhos: Santo Andre/Jaboatão dos Guararapes-Muribeca; São João/São
Lourenço da Mata; Maciape/São Lourenço da Mata.
Casamento
01: Brites Mendes de Góes
e Vasconcelos, a Velha
– Nasceu em cerca de 1525/Lisboa-Portugal e faleceu em 19.12.1620/Olinda, sendo
sepultada na Igreja de Santo Antônio e São Gonçalo Covento de Nossa Senhora do
Monte do Carmo/Olinda e deixando como seu testamenteiro seu neto Francisco do
Rego Barros. Chegou a Pernambuco ainda menina, por volta de 1535-1540, o que
era bastante incomum enviar uma criança para o “além mar”, mesmo nesses
momentos. Tudo levar a crer que D. Brites era uma suposta filha bastarda do
Infante D. Luiz (filho do Venturoso), que permaneceu solteiro, mas deixara
muitos filhos, incluindo D. António, Prior do Crato, que segundo alguns
genealogista era seu parente.
Filhos: 01-
Cristovão de Holanda e Vasconcelos –
Nascido em 02.06.1514. Vereador em Olinda (1651). C.c. Catarina (ou Filipa) de
Albuquerque. (c.g. desconhecida); 02- Antônio
de Holanda Vasconcelos – Viveu e faleceu em Goiana, antes de 12.05.1627.
Senhor do engenho Santo Antônio Guipitanga, depois eng. Novo/Goiana. C.c.
Felipa de Albuquerque Cavalcanti. Com testamento feito em 05.05.1627. C.c. D.
Felippa de Albuquerque, filha de Felipe Cavalcante e de D. Catharina de
Albuquerque. Depois de viúvo c.c. Anna de Moraes, irmã de Francisco Canello
Valcasar. (c.g. em ambos os casamentos); 03- Agostinho de Holanda de Vasconcelos – Nascido em 1542. Viveu e
faleceu em 1600/ Cabo de Santo Agostinho no princípio de 1600. Juiz Ordinário
no Cabo (1596). C.c. Maria de Paiva, filha única de Balthasar Leitão Cabral e
de sua primeira esposa Ignez Fernandes de Goes. (c.g.); 04- Adriana de Holanda – Em 1535,
fixando-se em Olinda (PE). Ainda vivia em 1645 com mais de 100 anos. C.c.
Cristóvão Lins (Fidalgo de Florença. Capitão. Proprietário de engenhos em Porto
Calvo/Alagoas). (c.g.); 05-
D. Isabel de Góis – C.c. António
Cavalcanti de Albuquerque, irmão de suas cunhadas D. Catharina e D. Felippa de
Albuquerque. Filho de Felippe Cavalcante e de D. Catharina de Albuquerque. Neto
materno de Jerônimo de Albuquerque, o Torto. (c.g.); 06- D. Inês de Góes – Faleceu no dia
24.02.1612/Olinda, sendo sepultada na Igreja de Santo Antônio e São Gonçalo
Covento de Nossa Senhora do Monte do Carmo/Olinda, de que era padroeira. C.c.
Luís do Rego de Barros, Juiz Ordinário mais velho de Olinda (1596). Filho de
Luiz do Rego Barreto e de Maria Nunes. (c.g.); 07- D. Ana de Holanda – Nascida em 1570. Vivia no seu engenho
Trapiche/Cabo de Santo Agostinho em companhia de seu filho Manoel Gomes de
Mello em cerca de 1645. C.c. João Gomes de Melo português de ilustríssima
família. (c.g.); 08- Maria de Holanda
– C.c. António de Barros Pimentel, natural de Vianna/PT, Fidalgo da Casa Real e
Comendador da Ordem de São Bento de Aviz. Senhor do Engenho do Morro e
Escurial, ambos em Porto Calvo/Alagoas. (c.g.); 09- Joanna Goes de Vasconcelos – Faleceu em 19.12.1620
/Olinda. Além de Mateus Lins de Vasconcelos, teve também os filhos Francisco
Jacome de Vasconcelos, Jacome Lins de Vasconcelos e Susana Goes de Vasconcelos,
de que não se tem noticia de descendência. (Cf. Wiederspahn, Lins [Lynsen,
Linns, Linss], p. 317)
Fontes:
http://www.myheritage.com.br/site-166116191/my-family?popup=4%2C+8975103420#notificationPanelAnchor
http://archiver.rootsweb.ancestry.com/th/read/BRAZIL/2000-04/0955607226
ACIOLI, Vera Lúcia Costa.
Informações
sobre senhores de engenho de Pernambuco no século XVII. Disponível em: http://www.arquivojudaicope.org.br/museu_virtual_autores_detalhe.php?id=6
Barreto, Os primitivos
colonizadores nordestinos e seus descendentes, p. 268
BORGES DA FONSECA, Antônio José
Victoriano. Nobiliarquia Pernambucana Anais da Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro: 1925 Vol 47 (1), pág. 306, 307
http://jus.com.br/forum/347091/posso-incluir-um-sobrenome-que-se-perdeu-de-um-ancestral-da-minha-familia
http://origem.biz/ver_cadastro1.asp?id=3679
http://origem.biz/ver_cadastro1.asp?id=377
http://www.araujo.eti.br/ancestral.asp?numPessoa=43761&dir=genxdir/#48
http://www.araujo.eti.br/familia.asp?numPessoa=40735&dir=genxdir/
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço
de Cana. Edr. Pengin Classics Companhia das Letras, 2012. 1ª Edição. Pág. 82-83
PEREIRA, Levy. "Maçia
(Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do
Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Ma%C3%A7ia_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua).
Data de acesso: 11 de fevereiro de 2015.
Em
1542, após o falecimento de Arnau de Holanda, o engenho passa a ser
administrado por sua viúva D. Brites Mendes de Góes e Vasconcelos
e os demais herdeiros de Arnau de Holanda.
Em
1593, Cristóvão de Hollanda de
Vasconcellos e. D. Inês de Góis de
Vasconcellos c.c. Luís do Rego
Barros, filhos e genro de Arnau de Holanda aparecem como proprietários do
engenho Maciape.
Em
1588, Cristóvão arrenda a metade de seu cunhado Luís do Rego Barros, mas três
anos depois (1591) os dois cunhados resolvem cuidar, cada um, de sua metade.
Cristóvão de Hollanda de
Vasconcellos
(Cristóvão de Holanda) – Nascido em 02.06.1514/Olinda e falecido em 02.06.1614/Olinda,
sendo sepultado na Igreja Matriz do Salvador, de que sua mãe era padroeira, de
acordo com o livro velho da Sé de Olinda. Seus testamenteiros foram: sua
segunda esposa D. Clara da Costa, seu cunhado Manoel da Costa Calheiros e seu
filho Bartholomeu de Holanda. Filho primogênito de Arnau de Holanda e de Brites
Mendes de Vasconcellos, a Velha. Vereador em Olinda (1651).
Casamento
01: Catarina Cavalcanti de Albuquerque
– Filha de Felipe Cavalcante (Fidalgo Florentino) e de D. Catharina de
Albuquerque. Neta materna de Jerônimo de Albuquerque, o Torto.
Filhos: 01-
Bartolomeu de Holanda Cavalcante –
Faleceu em 06.06.1623/Olinda, sendo sepultado na Igreja Matriz do Salvador,
deixando como testamenteiros: sua esposa, seu primo Francisco do Rego Barros e
seu cunhado Manoel de Abreu. Senhor do engenho Aldeia. C.c. D. Justa da Costa.
Irma de sua cunhada e de sua madrasta D. Clara da Costa. Filha de Manoel da
Costa Calheiros e de Catharina Rodrigues. (c.g.); 02- Cristovão de Holanda de Albuquerque – Nasceu em Olinda em 1557 e faleceu em 1614. Quando da entrada dos holandeses, passou a viver na freguesia de S.
Lourenço da Mata. Vereador de Olinda (1651). Irmão da Santa Casa da
Misericórdia de Olinda, cujo termo foi ratificado em 27.06.1658. C.c. D.
Catharina da Costa. Irma de sua cunhada e de sua madrasta D. Clara da Costa.
Filha de Manoel da Costa Calheiros e de Catharina Rodrigues. (c.g.); 03- Felipe Cavalcante de Albuquerque –
Imigrou para a Bahia, em 1624,
levando muitos criados, quando seu
primo Francisco de Moura era Governador, e lá faleceu, sendo sepultado
no claustro do Convento de Nossa Senhora do Monte do Carmo, à porta do seu
capitulo, com campa distinta, onde estão gravadas as suas armas e a inscrição
de seu nome, cuja sepultura deixou para seus herdeiros. C.c. D. Antônia Pereira
Soeiro, na Bahia. Filha de Martinho Lopes Soeiro (Cavaleiro da Ordem de Cristo)
e de D Anna Pereira. (c.g.); 04- Luiz
Cavalcante – Clérigo Presbítero; 05- João
Cavalcante – Frei da Ordem de Nossa Senhora do Monte do Carmo da
Observância. Ainda vivia em 06.06.1666, pois nesse dia batizou seu sobrinho
José, filho de Cristovão Paes de Mendonça e de D. Joanna Cavalcante, na Capela
do engenho Apipucos/Recife-Apipucos.
02:
Clara da Costa – Filha de Manoel da
Costa Calheiros e de Catharina Rodrigues. Quando seu marido fez testamento a
deixou como testamenteira junto ao seu cunhado Manoel da Costa Calheiros e seu
filho Bartholomeu de Holanda. Falecida em 29.10.1621/Olinda, sendo sepultada na
Igreja Matriz do Salvador.
Filhos: 06-
Manoel de Holanda Calheiros – Irmão
da Santa Casa da Misericórdia de Olinda, em 03.03.1659. C.c. Maria Ferreira da
Silva, filha de Gonçalo Ferreira da Silva e de Isabel de Lemos. Falecida em
1659. Viúvo c.c. D. Violane de Figueiroa, nascida em 1623. Filha de Jorge Homem
Pinto (senhor de vários engenhos na Paraíba
e em Itamaracá e um dos maiores devedores da WIC) e de D. Anna de
Carvalho. (c.g. em ambos os casamentos); 07- Anna de Hollanda – C.c. Francisco de Barros Manelli, seu parente.
Filho de Nicolao Espineli e de Adrianna de Holanda. (c.g.)
Fontes:
BORGES DA FONSECA, Antônio José
Victoriano. Nobiliarquia Pernambucana Anais da Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro: 1925 Vol 47 (1), pág. 306-320
http://archiver.rootsweb.ancestry.com/th/read/BRAZIL/2000-04/0955607226
http://origem.biz/ver_cadastro1.asp?id=3679
http://www.araujo.eti.br/familia.asp?numPessoa=43600
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço
de Cana. Edr. Pengin Classics Companhia das Letras, 2012. 1ª Edição. Pág. 82-83
Em
1596, Luís do Rego Barros compra a
parte de Cristóvão de Holanda, e se
torna o único proprietário do engenho.
Luís do Rego Barros – Nascido em 1554/Viana-PT. Falecido em 10.04.1612/Olinda sem testamento,
com apenas 57 anos. Filho de Afonso de Barro Rego e de Maria Nunes.
Casamento
01: D. Inês de Góis e Vasconcellos –
Nascida após 1550/Olinda e falecida em 24.02.1612/Olinda. Filha de Arnau de
Holanda (eng. Santo Andre/Jaboatão dos Guararapes-Muribeca; São João da
Mata/São Lourenço da Mata; Maciape/São Lourenço da Mata) e de D Brites Mendes
de Vasconcellos.
Filhos: 01-
Francisco do Rego Barros – Nascido
em Olinda. C.c. Arcângela da Silveira, em 08.05.1623. Filha de Domingos da Silveira e de Margarida Gomes da
Silva. Sucessor do engenho Maciape/São Lourenço da Mata; 02- João Velho Barreto do Rego – Desembargador do Paço. Nada mais foi encontrado; 03- Pedro Velho do Rego – Nada
mais encontrado; 04- Arnau
de Hollanda Barreto – Nasceu em Olinda e faleceu após 1645. Senhor do Engenho de São João da Mata. C.c.
Luiza Pessoa – Nascida em Olinda e
falecida no dia 15.09.1655/São Lourenço da Mata-Muribara. Filha de Pedro Afonso
Duro e de Madalena Gonçalves. (c.g.); 05- Francisco Capucho – Frei.
Nada mais encontrado. 06- Brites do Rego Barros – C.c. Francisco
Aranha Barbosa no dia 21.04.1603. Francisco faleceu em 01.12.1613, sendo sepultado na Igreja do Convento da Ordem de
S. Francisco. Filho de Gaspar Aranha e de Inês de Oliveira. (c.g.); 07- Maria do Rego – C.c. Francisco de
Brito Pereira, filho de Henrique Afonso Pereira e de Isabel Pereira. (c.g.) 08- Bartolomeu do Rego – Nada mais encontrado.; 09- Luiz
do Rego – Nada mais encontrado.
Fontes:
http://gw.geneanet.org/gilenob?lang=es&p=luiz+do+rego&n=barros
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço
de Cana. Edr. Pengin Classics Companhia das Letras, 2012. 1ª Edição. Pág. 82-83
Com
o falecimento de Luís do Rego Barros (1609) o engenho passa a ser administrado
pela sua viúva D. Inês de Góis e
Vasconcelos e depois seu filho
Francisco do Rego Barros (1617) que pagavam 03% de pensão antes do açúcar
ser dizimado.
Francisco
do Rego Barros (IV)
– Nasceu em 1593 /Olinda e faleceu na Bahia. Filho do Capitão-mor Luís do Rego Barros e de D. Ignez de Góis e Vasconcellos. Neto materno de Arnau de Hollanda e
de D. Brites Mendes de Vasconcelos. Segundo o General Francisco de Brito
Freire, era um dos homens mais nobres de Pernambuco.
Cargos e funções: Presidente da Câmara de Olinda.
Juiz Ordinário dos Órfãos de Pernambuco. Fidalgo da Casa Real. Provedor da
Fazenda Real, que servia como Juiz da Alfândega e Vedor Geral, avaliado em 325
réis. Cavaleiro da Ordem de São Tiago, que, devido ao seu falecimento, não
chegou a receber.
Francisco do Rego Barros mantinha nas proximidades
de sua residência, um serviço de aproveitamento de sal, mais conhecido como “as
salinas”, que nas primeiras décadas do século XVII, se instalou no local uma
animada povoação. Em 1630, quando os holandeses invadiram Pernambuco sua
primeira investida foi contra a propriedade das salinas de Rego Barros, que não
era bem protegida, mas os moradores resistiram corajosamente, recebendo os
invasores com grossa metralha, mas após várias tentativas a propriedade cairia
em poder dos invasores.
Como genealogista, Francisco do Rego Barros escreveu
sobre a família dos seus ascendentes: Arnau de Holanda e de sua esposa D.
Brites Mendes de Vasconcelos, sem muito método, mas com veridicidade.
Em 1635, Francisco
do Rego Barros que vivia em Olinda, se viu obrigado a retirar-se para a Bahia, juntos de cerca de 8.000 pernambucanos que
fugiam da guerra holandesa. NOTA: Segundo Borges da Fonseca não se sabe
se Francisco do Rego faleceu na Bahia ou em Pernambuco, mas seus restos mortais
estão sepultados em Olinda no Capitulo do Convento de São Francisco, onde se
veem gravadas as suas armas e a inscrição do seu nome e com o título de
Capitão, junto com o de D. Arcângela da Silveira. Mesmo com essas evidências
não se pode ter certeza de que faleceu em Pernambuco, pois sua esposa ainda
vivia na Bahia após a Restauração pernambucana, uma vez que seu filho o João do
Rego Barros pediu licença para ir à Bahia buscá-la, sendo a referida licença
concedida em 22/04/1654. Pode ser também que Francisco do Rego Barros tenha
deixado a Bahia e tenha vindo para Pernambuco na ocasião da guerra holandesa, o
que seria mais provável devido a inscrição em sua lápide.
NOTA
1: "Do antigo convento resta apenas a pequena e bonita capela do
capítulo na quadra do claustro,... e da qual foram seus primeiros padroeiros
Lopo Soares e sua mulher D. Adriana Pessoa, e de 1656 por diante o capitão
Francisco do Rego Barros e sua mulher d. Arcângela da Silveira, que ali jazem
em sepultura rasa junto ao altar,...". (Pereira da Costa, 1951, Volume
01, Ano 1585, pg. 547).
NOTA
2: Em uma pequena capela da Ig. de São Francisco/Olinda, podemos observar um
velho altar entalhado, (talvez da época do convento primitivo), onde se
encontra a sepultura do Cap. Francisco do Rego Barros e de sua esposa,
Arcângela da Silveira, coberta por uma lápide de mármore e apresentando um
brasão de armas.
Senhor dos engenhos: Pintos/Moreno e Água Fria/São Lourenço da Mata; Maciape (Massiape)/São Lourenço da Mata (vendido pelos holandeses para Elbert Chrispynsen, em 28.05.1637, juntamente com a casa de Francisco do Rego Barros em Olinda, por 70.000 florins). Proprietário do sítio das Salinas de Santo Amaro no Recife.
Senhor dos engenhos: Pintos/Moreno e Água Fria/São Lourenço da Mata; Maciape (Massiape)/São Lourenço da Mata (vendido pelos holandeses para Elbert Chrispynsen, em 28.05.1637, juntamente com a casa de Francisco do Rego Barros em Olinda, por 70.000 florins). Proprietário do sítio das Salinas de Santo Amaro no Recife.
Casamento
01: D. Archangela da Silveira de Moraes, em 08/05/1623. Nascida e
falecida em Olinda, sendo sepultada no Convento da Ordem de São Francisco.
Filha de Domingos da Silveira (Nascido em Viana em torno de 1551. Estudou na
Universidade de Coimbra. Procurador da Fazenda Real de Pernambuco, onde vivia
em 1636. Instituidor do Morgado do Salvador do Mundo, na Santa Casa da
Misericórdia, que fundou com 11 contos de réis, em 06.12.1639.) e de Margarida
Gomes da Silva, ambos naturais de Viena/PT. Neta paterna de Pedro Alves da
Silveira e de Margarida Gomes Bezerra.
Filhos
(06) encontrados: 01-
Luís do Rego Barros que construiu
(1681) uma capela sob a invocação de Santo Amaro, o protetor de seu pai, sobre
as ruínas do Forte das Salinas; 02- João
do Rego Barros – Falecido em 27.10.1697. Fidalgo da Casa Real. Comendador
da Ordem de Cristo. Governador da Paraíba (1668 a 1670). Proprietário do ofício
de Provedor da Fazenda Real de Pernambuco, por carta régia de 13.07.1675 até o
dia de seu falecimento, e que depois foi passado para o seu 3º neto. Em
22.04.1654, depois da Guerra da Restauração, recebeu uma licença para ir à
Bahia buscar a sua mãe. Procedeu da mesma forma que seu irmão Luís do Rego
Barros, quando mandou erguer a Igreja de Nossa Senhora do Pilar sobre os
alicerces do Forte de São Jorge; 02- Domingos
da Anunciação – Frei Capucho; 03- Mateus
da Anunciação – Frei; 04- Maria da
Silveira (II); 05- D. Margarida (de
Brito) Barreto – C.c. João de Barros Rego, filho de André de Barros Rego e
de Adriana de Almeida Wanderley.
Fontes:
BORGES DA FONSECA, Antônio José
Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Anais de 1903 Vol 25 (1), pág: 50. Anais de 1906 Vol 28 (2) pág: 480. Anais de
1925 Vol 47 (17), pág: 481, 491, 492. Anais de 1926 Vol 48 (5), pág: 301.
http://familiasdebaturite.blogspot.com.br/2008/06/familia-silveira.html
http://gw.geneanet.org/gilenob?lang=es;p=francisco+do+rego+4;n=barros
http://lhs.unb.br/biblioatlas/Nicas_(engenho_de_bois)
http://www.araujo.eti.br/familia.asp?numPessoa=40511&dir=genxdir/
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=3279&cat=Ensaios
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço
de Cana. Edt. Penquim & Companhia das Letras. 2ª edição. São Paulo, 2012.
Pág. 82, 83
PEREIRA, Levy. "Nicas
(engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas
Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Nicas_(engenho_de_bois).
Data de acesso: 20 de novembro de 2014.
Pinto, Zilma Ferreira. A Saga dos
Cristãos-Novos na Paraiba. Edt. Idéia. João Pessoa/2006.
O
engenho Maciape foi citados nos seguintes mapas coloniais:
-
PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado
como engenho, 'Ԑ Masiapp', na margem
esquerda e próximo à foz do riacho sem nome, tributário margem
esquerda do 'Rº. Capauiriuÿ'.
-
IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como
engenho, 'Ԑ: MasiappԐ',
na margem esquerda do e próximo à foz do riacho sem nome,
tributário margem esquerda do do 'Rº. Capauiriuÿ'.
Nota:
Nos mapas (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 e (IAHGP-Vingboons, 1640) #43
está detalhado o conjunto de levadas e reservatórios (açudes) no riacho para
impulsionar a roda d'água do engenho 'Maçia'.
-
PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, sem símbolo, topônimo
'Maçia' escrito na margem esquerda do do 'Capiibari'.
No
ano de 1623 o engenho Maciape produziu 7.720 arrobas de açúcar branco.
O único lavrador do engenho Maciape
encontrado foi Antônio Barreto,
filho de Maria de Brito e de Manoel Barreto (irmão de Álvaro Velho e de Estevão
Velho). (BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana.
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (1), pág. 168)
Em
1633, tendo em vista a invasão holandesa e vários ataques sofridos no engenho,
Francisco do Rego Barros refugia-se no Arraial do Bom Jesus, levando consigo “todos os mantimentos que puderam carregar 06
carros, 40 escravos seus e mais 30 homens armados que pode juntar”. Após a
rendição do Arraial retorna para sua propriedade.
Ruínas no Arraial do Bom Jesus - Recife |
Após
o falecimento de Francisco do Rego Barros e a perda do engenho que “importava
muitos mil cruzados”, sua viúva D. Arcângela da Silveira e seu filho João do
Rego Barros, passaram a viver de empréstimos, “cujo pagamento ficou reservado para quando se restaurasse a Capitania”
de Pernambuco.
Em
1637 o engenho Maciape, movido à água e de fogo vivo, por se encontrar
abandonado foi confiscado pela WIC e ficou sendo explorado por Elbert Chrispysen que denunciou o pai
de D. Arcângela da Silveira, Duarte Gomes da Silveira, senhor de engenho na
Paraíba, por haver subtraído, com a cumplicidade de terceiros, 11 bois de
trabalho do engenho, os quais pertenciam legalmente a WIC em virtude do
confisco do Maciape. O Governo holandês condenou Duarte da Silveira a pagar uma
soma equivalente ao valor dos animais levados e seus cúmprices tiveram que
devolver o duplo do número de animais que haviam escondido.
Em
28.05.1637 Elbert Chrisysen consegue comprar o engenho por 70.000 florins em 06
prestações anuais, juntamente com uma casa incendiada, que Francisco do Rego
Barros possuía em Olinda.
Elbert Chrispysen – No ano de 1645, Chrispysen
aparece como devedor do montante de 51.060 florins e em 1663 sua dívida era de
48.800 florins.
Fontes:
PEREIRA, Levy. "Maçia
(Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do
Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Ma%C3%A7ia_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua).
Data de acesso: 11 de fevereiro de 2015.
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço
de Cana. Edr. Pengin Classics Companhia das Letras, 2012. 1ª Edição. Pág. 82-83
Entre o ano de 1634 e
1639 o engenho com sua casa grande foram desenhados por Zacharias Wagener
(Dresden, Alemanha 1614 - Amsterdã, Holanda 1668. Desenhista e cartógrafo.
Chegou ao Recife como soldado da Companhia das Índias Ocidentais por volta de
1634 onde permaneceu até 1641, durante o governo de Maurício de Nassau).
ngenho Massaipe, por Zacharias Wagner (c. 1634-1639). Nesta imagem de Zacharias Wagner observa-se, além de engenho em atividade, e capela, casas de escravos africanos e, ao longe, residências de lavradores de canas. |
Em
1638, Elbert Chrisysen vende o engenho Maciape
a Paulus Vermeule e sócio (Daniel de Haen?), e em 1639 safrejou.
Paulus Vermeulen – Escabino na Paraíba, em 1649.
NOTA: Em 1663 seus herdeiros apresentaram suas pretensões de ressarcimento à
Coroa portuguesa.
Senhor
dos engenhos: Pirapama/Cabo de Santo Agostinho; Tiberi de Baixo/Paraíba
Fontes:
PEREIRA, Levy. "Tebirĩ
(engenho/Santiago)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas
Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Tebir%C4%A9_(engenho/Santiago).
Data de acesso: 11 de fevereiro de 2015.
PEREIRA, Levy. "Pirápáma
(Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do
Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Pir%C3%A1p%C3%A1ma_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua).
Data de acesso: 11 de fevereiro de 2015
PEREIRA, Levy. "Maçia
(Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do
Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Ma%C3%A7ia_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua).
Data de acesso: 11 de fevereiro de 2015.
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço
de Cana. Edr. Pengin Classics Companhia das Letras, 2012. 1ª Edição. Pág.
83-84, 104 e 158
Em
1640 o engenho foi incendiado por campanhistas luso-brasileiros.
Após
a expulsão dos holandeses (1655) o Maciape voltou para as mãos D. Arcângela da Silveira, viúva de
Francisco do Rego Barros, e seu filho João
do Rego Barros que o reconstruiu.
Devido
ao montante devido para a reconstrução do engenho, D. Arcângela da Silveira
requereu ao Conselho Ultramarino a mora de 03 anos para o pagamento das dívidas
em que incorrera desde 1635, quando ainda morava na Bahia e precisou tirar
empréstimos para sobreviver junto com seu filho. O pedido foi atendido com a
condição de que satisfizesse em cada ano a 5ª parte do total.
João do Rego Barros – Nasceu em 1625/Olinda e
faleceu em 27.10.1697/Recife, com 72 anos de idade. Filho do Capitão-mor Francisco do Rego Barros
e de D. Arcângela Josefa da Silveira. Neto materno de Domingos da Silveira. Homem de
prestigio e de grande influencia na Capitania. Seguiu sua família
durante o exílio na Bahia (1635) e depois regressou a Pernambuco como oficial,
onde lutou na Guerra da Restauração.
Juiz Ordinário (1691). Fidalgo da Casa Real.
Comendador da Ordem de Cristo. Serviu por 30 anos em guerras em Pernambuco, com
Alferes e Capitão-mor. Gov.
da Praça do Recife. Capitão-mor e Governador a Paraíba de 1663 a 1670. No Reino foi
proprietário do ofício de Provedor da Fazenda Real (20.12.1675). Durante da
Guerra dos Mascates acabou preso em 05/1712. Morreu na prisão em
28/12/1712/Fortaleza do Brum/Recife. Em torno de 1681, mandou erguer a
Igreja de Nossa Senhora do Pilar sobre os alicerces do Forte de São Jorge.
Senhor dos engenhos: Pintos/Moreno; Água Fria/São Lourenço da Mata; Maciape/São Lourenço da Mata (que restaurou depois da Restauração Pernambucana; Três Reis Magos/Paraíba (eng. comprado após a Guerra da Restauração, um dos melhores da Paraíba, que restaurou)
Senhor dos engenhos: Pintos/Moreno; Água Fria/São Lourenço da Mata; Maciape/São Lourenço da Mata (que restaurou depois da Restauração Pernambucana; Três Reis Magos/Paraíba (eng. comprado após a Guerra da Restauração, um dos melhores da Paraíba, que restaurou)
Casamento 01: Catharina
Theodora Valcacer. Filha do Cap. Francisco Camelo Valcacer (Cavaleiro da
Ordem de Cristo, Capitão de Infantaria e senhor do eng. dos Reis/Paraíba que
trocou pelo eng. Camaratuba/Paraíba) e de D. Catharina de Vasconcellos. Neta
paterna de Francisco Camello e de Anna da Silveira. Neta materna de Arnau de
Hollanda de Albuquerque e de D. Maria Lins, casados em , em 17.08.1611.
Filhos encontrados: 01- Francisco do Rego
Barros (II) que nasceu em Recife. Fidalgo da Casa Real. Comendador
da Ordem de Cristo. Sucessor de seu pai no ofício de Provedor da Fazenda Real.
c.c. Mônica Josefa Pessoa de Barros; 02- João
Gomes do Rego Barros c.c. Ângela Castelo Branco de Mesquita e
depois com Maria do Monte Serrate Castelo Branco . (c.g. nos dois
casamentos)
Fontes:
ALMEIDA, Horácio de. História
da Paraíba, volume 2. [S.l.]: Editora Universitária – UFPB & Conselho
Estadual de Cultura, 1997.
BORGES DA FONSECA, Antônio José
Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais 1925 Vol 47 (1). Pág. 481. Anais
1926 Vol 48 (10). Pág. 08.
BORGES DA FONSECA, Antônio José
Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais 1903 Vol 25 (2), pág. 57; 1925,
Vol. 47 (3). Pág. 492.
http://gw.geneanet.org/gilenob?lang=es;p=francisco+do+rego+4;n=barros
http://gw.geneanet.org/gilenob?lang=es;p=joao+do+rego+de;n=barros
MELLO, Antonio Joaquim
de. Biographia de João do Rego Barros. [S.l.]: Typographia de M. Figueiroa
de Faria & filho, 1896.
MELLO, Evaldo Cabral de. Olinda
Restaurada. Guerra e açúcar no Nordeste, 1630-1654. 3ª edição definitiva.
Edt. 34. Rio de Janeiro, 2007.
Não encontramos nenhum outro
proprietário.
Hoje
o engenho se encontra destruído, mas na região existe uma fazenda denominada de
Massiape – (mapa IBGE Geocódigo 2610608 – Paudalho/PE e
mapa IBGE Geocódigo 2610608 – Paudalho/PE.)
Fontes:
PEREIRA, Levy. "Maçia (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Ma%C3%A7ia_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 11 de fevereiro de 2015.
PEREIRA, Levy. "Maçia (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Ma%C3%A7ia_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 11 de fevereiro de 2015.
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço
de Cana. Edr. Pengin Classics Companhia das Letras, 2012. 1ª Edição. Pág.
83-84, 104 e 158
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa6962/zacharias-wagener
1http://www.myheritage.com.br/site-166116191/my-family?popup=4%2C+4665900253#notificationPanelAnchor
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