Pindoba - folha de palmeira; nome também da mesma
palmeira" (B. C. 337) -A. C.
Para Th. Sampaio, pind-oba, a folha de anzol, aquela cujo talo serve
para vara de anzol — M. M.
Pindoba, Attalea oleifera Barb. Rodr., é uma palmeira nativa do Nordeste do Brasil, Pernambuco, Paraíba e Alagoas e encontrada em outros estados brasileiros.
Pindoba, Attalea oleifera Barb. Rodr., é uma palmeira nativa do Nordeste do Brasil, Pernambuco, Paraíba e Alagoas e encontrada em outros estados brasileiros.
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Palmeira - Nordeste Brasileiro |
Assim
na Jurisdição de Olinda e nas freguesias que dela faziam parte, existiam 67
engenhos, sendo que quando os holandeses invadiram Pernambuco havia 20 de fogo
morto e 47 moentes e destes 05 foram confiscados pela Companhia das Índias
Ocidentais.
Hoje
suas terras fazem parte da Região Metropolitana do Recife. Administrativamente,
o município é formado pelo distrito-sede, pelos distritos de Camela e de Nossa
Senhora do Ó e pelos povoados das praias de Porto de Galinhas, Muro Alto,
Cupe, Maracaípe, Serrambi, Touquinho e seus engenhos. Na região existem vário
engenhos como o: Água Fria, Amazonas, Arendepe, Arimbi, Belém, Benfica,
Boacica, Bonfim, Cachoeira, Caetés, Canoas, Canto, Conceição, Crauassu,
Daranguza, Dois Mundos, Dourado, Esmeralda, Jenipapo, Jussaral, Macaco,
Maranhão, Mauá, Mirador, Pará, Penderama, Pindoba, Pirajá, Queluz, Saco, Santa
Rosa, São Paulo, Sibiró do Mato, Sibiró da Serra, Supitanga, Tapera, de Todos
os Santos.
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Capela de São Tomé, eng. Pindoba/Ipojuca
|
O
engenho Pindoba era movido à água e foi citado nos mapas: Præfecturæ
Paranambucæ Pars Borealis, una cum Præfectura de Itâmaracâ; IBGE Geocódigo
2607208 Ipojuca - PE; PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 Capitania de Pharnambocqve,
plotado como rio, 'Ԑ: Pin∂oua', no vale do 'R Pin∂oua'; PE (Orazi, 1698)
Provincia di Pernambvco, plotado, 'Pindoba', à margem de caminhos na m.d. do
'Ipoiucâ' (Rio Ipojuca).
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Mapa Ipojuca/Pernambuco |
Desde o princípio até os
dias de hoje é denominado como engenho Pindoba (Pindoua; Pindova). Ficava
localizado na margem direita do Rio Meree (alto curso do Rio Arimbi e baixo
curso do Rio Merepe) a duas milhas de distância da sede de Ipojuca e foi
fundado por Gaspar da Fonseca Carneiro. Suas terras estavam sob a jurisdição de Olinda, freguesia de Ipojuca.
Possuía uma moenda movia a bois e outra à água que vinha de um belo açude. Suas
terras tinham cerca de 1/2 milha, com várzea bem plantada. Podia moer
anualmente 3.000 a 4.000 arrobas de açúcar; paga de recognição 80 arrobas de
açúcar terçado, seco nos toldos.
A capela do engenho sob a
invocação a São Tomé encontra-se na lista de bens culturais e naturais da mata
norte de Pernambuco. É do tipo de capela que se distingue pelo aparecimento da
sacristia, sempre ao lado da capela-mor e do coro; com dimensões que variam
muito, mas é constante a relação de superioridade do volume da nave em relação
ao da capela-mor; a composição básica dos vãos da fachada é o triângulo formado
pela única porta central e as duas janelas do coro.
Gaspar da Fonseca Carneiro – Já falecido quando os holandeses invadiram Pernambuco. Seu
engenho era administrado pelo seu filho primogênito, que se encontrava em
Pernambuco e suas duas filhas eram freiras em Portugal.
Fontes consultadas:
Pergunte a Pereira da
Costa. Vol. 07. Ano 1812. Pág. 91.
Depois do falecimento de Gaspar da Fonseca o engenho
passou a pertencer aos herdeiros de Gaspar da Fonseca. Segundo Johannes
Nieuhof (Memorável viagem marítima e
terrestre ao Brasil. Livraria Martins, 1682), quando os holandeses conquistaram Ipojuca o
engenho estava sendo administrado pelo seu filho Cosme Dias, que
depois fugiu de Pernambuco (nada mais foi encontrado). Na ocasião foram
apreendidas 17 caixas de açúcar branco e mascavo.
O engenho foi confiscado pela Companhia das Índias
Ocidentais e vendido a Gaspar Gonçalves Vila.
Gaspar Gonçalves Vila – Natural de Alter do Chão, no Alentejo.
Casamento 01: (?)
Senhor do Engenho
Pindoba/Ipojuca, o qual o vendeu em 1644 a João Fernandes de Carvalho.
or dos engenhos: Pindoba
e Três Pocinhos.
Curiosidades: Broeck
(1651) no seu relato dos eventos ocorrido em 29 a 31/08/1645: “Jacob
Dassine, Jacob Vermeulen, eu e doze soldados, fomos enviados para Santo Antônio
pelo governador Vieira, escoltados por soldados da Bahia, que nos trataram bem.
A 30 chegamos a Santo Antônio, onde encontramos preso o Schout Holl, três
marinheiros do barco tomado no Cabo e o Tenente Jacheris, que, tendo partido
antes de nós com os outros oficiais, aqui ficara por doente. Ao outro dia veio
da Várzea reunir-se conosco mais vinte e um soldados. Esperávamos que nos
conduzissem para o Cabo afim de aí embarcarmos, conforme nos prometeram, mas
alegaram que a fortaleza ainda não se havia rendido pelo que seguiríamos para
Serinhaem, onde havíamos de embarcar De feito para aí partimos este mesmo dia,
ficando Jacob Dassine detido em Santo Antônio por queixas de Pedro Marinho
Falcão. Ia preso conosco, mas a cavalo, o Schout Holl; e um pouco adiante de
Tabatinga, vindo atrás de nós, foi derrubado do cavalo e cruelmente
assassinado, do que foi principal causa Jasper Gaisales Villus. À
tardinha chegamos a Ipojuca,"
Fontes consultadas:
Relatório de Van der
Dussen (639) no vol. I desta série
Frei Manuel Calado, O
Valeroso Lucideno (Lisboa 1648) p. 176 e na reedição do Recife I p. 368
ARA, OWIC 70, dag. notule
de 21 de outubro de 1644.
Pereira, José Hygino
Duarte, in (Broeck, 1651)
Bullestrat, em seu relatório de 1642, diz que não
conseguiu se encontrar com Gaspar Gonçalves Vila, que era devedor da
Companhia das Índias Ocidentais, pois de acordo com algumas pessoas Gaspar
tinha se ausentado por ter cometido alguns delitos, por isso resolveu visitar o
eng. Pindoba para que a dita Companhia não tivesse maiores prejuízos. No dia
19, seguiu viagem para o engenho e quando lá chegou falou com sua esposa sobre
a dívida de seu marido, e ela prometeu que dentro de 03 ou 04 semanas a dívida
seria paga por ele própria ou por seu pai. Gaspar Gonçalves Vila vendeu o
engenho Pindoba, em 1644 a João Fernandes de Carvalho (nada foi
encontrado).
Morador e rendeiro encontrados do engenho Pindoba no século XIX:
Francisco José da Paz – Curiosidade: Foi batizado pelo Cônego Luiz José de
Oliveira Diniz, Vigario-Interino, Geraldo e Manuel , ingênuo, filho natural de
Theodora, escrava de Francisco José da Paz, morador no engenho
Pindoba desta Freguesia, batizado solenemente na capela do mesmo engenho, aos
21/08/1884( Folha 64). Livro de Assentos de Baptisados dos filhos de mulher
escrava vasados da dacta da lei de 28 de setembro ds 1871. Anno 1881, n.º 2.
Mathias de Senna e Silva – Rendeiro do engenho Pindoba cujo proprietário
era (?). (Nada mais foi encontrado)
A próxima proprietária
encontrada foi Juliana de Maria
Camello.
Juliana de Maria Camello – Filha de Belchior
Alves Camello (Familiar do Santo Ofício, Capitão-mor e Alcaide-mor do Rio São
Francisco) e de Joanna Bezerra, em título de Camello, Morgados das Alagoas. Tia
de Bernardo Vieira de Mello, a quem vinculou o engenho Pindoba/Ipojuca.
Casamento
01: Manoel de Mello. Sem sucessão.
Senhora
do engenho Pindoba que vinculou para seu sobrinho, filho de sua irmã, Bernardo
Vieira de Mello.,
Fontes
consultadas:
BORGES
DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca
Nacional. Anais
1909 Vol 31; 1926 Vol 48
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Recife século XVII |
D. Juliana de
Maria Camello, por não ter herdeiros, vinculou o engenho Pindoba para seu
sobrinho Bernardo Vieira de Mello.
Bernardo Vieira de Mello – Filho de
Bernardo Vieira de Mello (Cavaleiro Fidalgo e Capitão de Ordenança) e de Maria
Camello, filha de Belchior Alves Camello (Familiar do Santo Ofício, Capitão-mor
e Alcaide-mor do Rio São Francisco) e de Joanna Bezerra, em título de Camello,
Morgados das Alagoas.
Homem
decidido e autoritário que lutou contra os indígenas no interior de Pernambuco,
na área de Cimbres, aonde os proprietários de engenhos vinham recebendo doação
de sesmarias, para criação de gado, tendo em vista a necessidade dos engenhos
para uso agrícola e abastecimento alimentar. Proprietário do Ofício de Escrivão
das Fazendas dos Defuntos e Ausentes, Capelas e Rezíduos de Recife, que
pertenceu ao seu avô e pai.
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Bernardo Vieira de Mello |
Como
Sargento-mor Bernardo Vieira de Melo liderou a tropa que lutou contra os
indígenas na fase final da guerra dos bárbaros, em 1694, quando o chefe Canindé
avançou em direção ao vale do Ceará Mirim, ameaçando Natal. Com o apoio do
governador de Pernambuco, venceu Canindé e aldeou os grupos indígenas no vale
do Açu e do Apodi.
Cabo
com o posto de Capitão-mor, que do seu engenho Pindoba conduziu seu homens
armados e ofereceu ao Governador para lutar na guerra dos Palmares. Participou
do último ataque contra o quilombo dos Palmares, sob a liderança de Zumbi dos
Palmares, contando com um terço das tropas oficiais. Em 1695, Bernardo Vieira
de Mello foi nomeado governador e capitão-mor da capitania do Rio Grande do
Norte, onde vendeu os índios Jondoins que continuavam oprimindo a Capitania.
Sua tia D. Juliana Bezerra vinculou para ele o eng. Pindoba/Ipojuca.
Em
1696, comandou uma expedição que lutou contra os índios e estabeleceu os
colonos, onde fundou o Arraial de Nossa Senhora dos Prazeres, à margem do rio
Açu. Voltando à Olinda, em 1700, com grande prestígio, tornou-se um dos
principais líderes do Senado da Câmara. Em 1709 foi nomeado capitão-mor da
província de Igarassu.
No dia
10/11/1709, Bernardo Vieira de Melo propôs que Olinda se libertasse do domínio
português e que se tornasse uma república aristocrática. A rivalidade entre
"brasileiros" (de Olinda) e "portugueses" (do Recife)
girava em torno da decadência do açúcar, que levara a aristocracia rural a
endividar-se com os comerciantes (mascates), que detinham o monopólio do
comércio de Pernambuco. Apesar de decadente, Olinda era Vila e tinha Câmara
Municipal. Portanto, tinha autonomia em relação a Recife, que era comarca
subordinada administrativamente a Olinda. A pressão dos mascates fez com que no
dia 19/11/1709, o rei de Portugal elevasse Recife à categoria de Vila, em
15/02/1710, foi construído o pelourinho, símbolo do poder municipal. Quando da
demarcação dos novos limites entre as duas vilas, o governador de Pernambuco
Sebastião de Castro e Caldas (pró-mascates) foi alvejado por elementos
desconhecidos.
Dentro
das normas legais, uma junta presidida por D. Manuel Álvares da Costa, se
instalou no Recife e procurou obter um ponto de equilíbrio entre as duas
facções, o que levou os mascates a se revoltarem. Em fins de 1710, liderados
por Bernardo Vieira de Melo, os olindenses invadiram Recife e derrubaram o
pelourinho. Bernardo Vieira foi preso e remetido para a cadeia do Limoeiro em
Lisboa, aonde veio a falecer por intoxicação, no dia 10/01/1714. Nota: O
governo português concedeu perdão a maioria dos revoltosos mas, os líderes da
"Guerra dos Mascates", que se encontravam em Lisboa foram condenados
ao degredo.
Curiosidades:
Bernardo Vieira de Mello foi homenageado com o nome da principal avenida do
bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, e também de uma Avenida
em Natal, Rio Grande do Norte.
Curiosidades:
Em 1734 o Cel. Francisco Álvares Camello, morador da Comarca de Alagoas,
escreveu ao Capitão Bernardo Vieira de Mello, morador do eng. Pindoba/Ipojuca,
relatando uns acontecimentos extraordinários e de pura fantasia, que Manuel
Cabral, morador na Serra Limpa, dizia terem sido observados por suas filhas. –
na dita carta foi anexada a declaração feita por Manoel Lopes Cabral e escrita
pelo Alferes Manuel de Abreu e Lima.
Casamento
01: D. Maria de Barros, filha de André de Barro Rego (Fidalgo da Casa
Real) e de sua esposa D. Adriana de Almeida Wanderley. Sem sucessão.
Casamento
02: D. Catharina Leitão, filha do Cap. Gonçalo Leitão Arnoso e de
Maria Leitão. Neta paterna de Pedro Leitão Arnoso, natural de Braga (Cavaleiro
da Ordem de São Thiago, Almoxarife depois da Restauração, proprietário do
Ofício de Escrivão de Defuntos e Ausente da Bahia) e de sua mulher Francisca
Lopes, filha de Pedro Lopes e de Maria Matheos, naturais do Porto. Neta materna
de Antônio Leitão Arnoso, natural de Braga, e de Úrsula Lopes, irmã de sua mãe.
Filhos:
André Vieira de Mello, Cavaleiro
Fidalgo, serviu a Coroa portuguesa no terço de Infantaria paga da Praça do
Recife, Alferes da Companhia do Mestre de Campo, sucessor do vínculo do engenho
Pindoba/Ipojuca. Falecido em Lisboa, juntamente com seu pai, presos acusados de
levante contra o Governador Sebastião de Castro e Caldas. Casou com D. Anna
Theresa de Jesus, filha de Nicolau Coelho dos Reis (Sargento-mor da Comarca) e
de D. Maria de Faria. Com sucessão;
Bernardo Vieira de Mello, Cavaleiro
Fidalgo, professo na Ordem de Cristo, proprietário do Of´ciio de Escrivão dos Defuntos
e Ausentes da Bahia, c.c. D. Maria Felipa de Albuquerque, filha de Reinaldo
Fragoso de Albuquerque e de D. Anna da Silveira de Miranda. Sem sucessão;
Antônio Leitão Arnoso, Cavaleiro
Fidalgo. Casou com sua prima D. Maria Muniz de Mello, filha do Sargento-mor
Cristóvão Vieira de Mello e de Úrsula Leitão. Com sucessão;
José Vieira, falecido
criança;
D. Maria, falecida criança;
Fontes
consultadas:
BORGES
DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca
Nacional. Anais
1896 Vol 18; Anais 1909 Vol 31; 1925 Vol 47; Anais de 1926
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Guerra dos Quilombos |
O
engenho foi herdado pelo seu filho André Vieira de Mello.
André Vieira de Mello – Filho de
Bernardo Vieira de Mello (eng. Pindoba/Ipojuca) e de D. Catharina Leitão.
Cavaleiro Fidalgo. Serviu a Coroa portuguesa no terço de Infantaria paga da
Praça do Recife. Alferes da Companhia do
Mestre de Campo do 3º do Recife. Sucessor do vínculo do engenho
Pindoba/Ipojuca. André Vieira de Mello faleceu em Lisboa, juntamente com seu
pai, presos acusados de levante contra o Governador Sebastião de Castro e
Caldas.
Casamento
01: D. Anna Theresa de Jesus, filha de Nicolau Coelho dos Reis
(Sargento-mor da Comarca, natural de Couruche) e de D. Maria de Faria, irmã do
Pe. Fr. José de Santo Antônio que foi Definidor na Religião de São Francisco. Neta
materna de Mathias Ferreira e de Maria Soares Faria.
Filhos:
D. Luísa Bernarda de Melo, sucessora do
vínculo do eng. Pindoba. C.c. Gonçalo Francisco Xavier Cavalcante, irmão de seu
cunhado Nicolao Coellho de Albuquerque. Com sucessão.
D. Catharina José de Mello c.c. seu primo
Nicolao Coellho de Albuquerque, irmão de seu cunhado Gonçalo Francisco Xavier
Cavalcante. Com sucessão.
Senhor
do engenho Pindoba/Ipojuca.
Fontes
consultadas:
BORGES
DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca
Nacional.Anais
Anais 1909 Vol 31; 1925 Vol 47; Anais de 1926
A
herdeira do vínculo foi D. Luísa Bernarda de Mello c.c. Gonçalo
Francisco Xavier Cavalcante.
Gonçalo Francisco Xavier Cavalcante – Filho de Mathias Ferreira de Sousa (eng.
Anjo/Serinhaém e Pantorra/Cabo de Santo Agostinho )
e de D. Luzia Margarida Cavalcante. Neto materno do Sargento-mor João
Cavalcante de Albuquerque (eng. Santana/Jaboatão dos Guararapes) e de D. Maria
Pessoa.
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Casamento 01: D. Luísa
Bernarda de Mello, primos, herdeira do vínculo do engenho Pindoba, que
pertencia ao seu pai André Vieira de Mello (Cavaleiro Fidalgo) e de D. Anna
Theresa dos Reis.
Filhos: Nicolau Coelho
de Albuquerque c.c. sua tia D. Catharina José de Mello, filha de André
Vieira de Mello e de D. Anna Theresa dos Reis; João Cavalcante de
Albuquerque c.c. D. Leonor Seraphima Cavalcante, filha do Cap. Pedro
Pimentel de Luna (eng. Matapagipe) e de D. Leonarda Cavalcante; Francisco do
Rego Barros, assassinado em 1752, senhor do eng. Arariba, c.c. D. Josepha de
Lacerda, filha de Antônio Ribeiro de Lacerda (eng. Santana) e de D. Leonor dos
Reis.
Senhor dos engenhos: Pantorra/Cabo de Santo Agostinho e Pindoba/Ipojuca
Fontes
consultadas:
BORGES
DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca
Nacional. Anais
de 1926
O próximo proprietário encontrado foi Francisco
Vieira de Mello.
Francisco Vieira de Mello – Capitão. Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Casamento 01: D. Maria Felipa de
Albuquerque. Filha de Gregório Fragoso de Albuquerque e de D. Maria de
Castro. Sem geração.
Senhor do engenho Pindoba
Fontes
consultadas:
BORGES
DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca
Nacional.
Anais de 1926, pág. 298
Hoje suas terras fazem
parte da Usina Salgado/Ipojuca formada pelos engenhos: Água Fria, Boacica, Cachoeira, Caetés,
Califórnia, Camela, Canto, Currais, Dourado, Garagem, Guerra, Jenipapo, Mercês,
Monte de Ouro, Penderama, Piabas, Pindoba, Saco, Salgado, Santa Rosa,
São Paulo e Todos os Santos.
Usina Salgado – Fundada em 1892 em terras do engenho
Salgado/Ipojuca que foi fundado por Cosme Dias da Fonseca, em 1625. Seus
proprietários foram: Costa & Barros (concessão); Bento & Brito; Xavier
& Bandeira (1929). Depois passou a pertencer a Joaquim Bandeira de Melo
(1930); Aníbal Cardoso dos Santos, Miguel Santos e José Borba; Rui Cardoso
Gonçalves dos Santos; Fernando Peres (1971-1972) e Joel de Albuquerque Queiroz
(1975).
Em 1929, possuía 18
propriedades agrícolas, 45 km de ferrovia, 05 locomotivas e 08 carros. Tinha
capacidade para processar 500 t. de cana e fabricar 6.000 l. de álcool em 22
hs. O transporte da cana e do combustível era feito pela via férrea própria e o
do açúcar e do álcool, por barcaças de sua propriedade.
No período de moagem
trabalhavam na fábrica cerca de 90 operários, incluindo quatro menores. Não
eram aceitos estrangeiros ou mulheres. Possuía também uma vila operária com 80
casas, mantinha uma escola com freqüência média anual de 50 alunos e uma
assistência hospitalar para seus empregados.
Na década de 1960, no
auge das ligas camponesas comandadas por Francisco Julião, a Usina Salgado
enfrentou uma grande crise. Foi administrada pelo Padre Antônio Melo, que não
resolveu os problemas administrativos nem os sociais da empresa, voltando então
a usina para as mãos de usineiros.
e adquirida pela família
Queiroz no ano de 1975, o parque industrial Salgado tem um grande diferencial
que é situar-se próximo ao Porto de Suape e Porto de Recife, além de ter
tecnologia agrícola, dentre elas estão: os plantios de várzea com drenagem
forçada através de bombeamento e projeto de fertirrigação com sistema de
hidroroll nas encostas.
Curiosidades: No ano
de 2007 alguns engenhos que pertenciam a Usina Salgado/Ipojuca, foram
leiloados, foram eles: Santa Rosa com área de 1.386 ha., avaliado em R$
4.200.000,00; São Paulo, com área de 814 ha., avaliado em R$ 2.500.000,00;
Caetès com área de 864 ha., avaliado em R$ 2.900.000,00; Genipapo, com 989 ha.,
avaliado em R$ 3.000.000,00; São Carlos com 606 ha., avaliado em R$
1.900.000,00; Cachoeira com área total de 943,1 ha., avaliado em R$
6.130.150,00.
Atualmente, a Usina
Salgado possui uma área de 15.500 hectares, com 19 engenhos e cerca de 4.000
hectares de terra mecanizável. Sua produção na safra de 1994-1995 atingiu
1.120.000 de sacos de açúcar.
Proprietária dos
engenhos: Água Fria, Boacica, Cachoeira, Caetés, Califórnia, Camela, Canto,
Currais, Dourado, Garagem, Guerra, Jenipapo, Mercês, Monte de Ouro, Penderama,
Piabas, Pindoba, Saco, Salgado, Santa Rosa, São Paulo e Todos os Santos.
Fontes consultadas:
ANDRADE, Manuel Correia
de História das usinas de açúcar de Pernambuco. Recife: FJN. Ed.
Massangana, 1989. 114 p. (República, v.1)
GONÇALVES &
SILVA. O assucar e o algodão em Pernambuco. Recife:
[s.n.], 1929. 90 p.
MOURA, Severino. Senhores
de engenho e usineiros, a nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM,
Sindaçúcar, 1998. 320 p. (Tempo municipal, 17).
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victorino.
Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional. Anais
MELLO, Evaldo Cabral de. Olinda Restaurada. Guerra e
açúcar no Nordeste, 1630-1654. Edt. 34. 3ª Edição, definitiva
NIEUHOF, Johannes. Memorável viagem marítima e
terrestre ao Brasil. Livraria Martins, 1682.
PEREIRA,
Levy. "Pindoba (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas -
Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em:http://lhs.unb.br
/biblioatlas/Pindoba_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 12/12/2013
Pergunte
a Pereira da Costa. Vol. 07. Ano 1812. Pág. 99, 1ª col., 3º§.
Revista
do Instituto Archeológico e Geográfico de Pernambuco (1887). Relação dos
engenhos baseado no levantamento feito no primeiro ano do domínio holandês.
Capitanias de Pernambuco. Disponível em:
http://www.institutoarqueologico.com.br/RIAHGP/RIAHGP_34_1887.pdf.
Acessado no dia 26/10/2013.
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