Distrito de Serinhaém: O distrito de Serinhaém se estendia ao sul do Rio Pirassinunga até o Norte do Rio Marcoype, e está perfeitamente extremado com marcos e pedras fincadas. A este distrito pertencia uma parte da freguesia de Ipojuca, desde os currais de Marcaype, compreendendo os engenhos de Francisco Soares Cunha e de Miguel Fernandes de Sá, e a freguesia de Una. No distrito existia a cidade chamada Vila Formosa de Serinhaém e a povoação de São Gonçalo de Una, além de alguns outros lugarejos. Dos 18 engenhos de Serinhaém, 11 não moerão e 07 foram confiscado, durante a ocupação holandesa.
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Serinhaém Fonte: http://www.sirinhaemsite.xpg.com.br |
Engenho com igreja
dedicada a Nossa Senhora da Palma. Sua moenda era movida à
água, localizado na margem esquerda do Rio Sirinhaém, a um quarto de milha
distante de Sirinhaém. Suas terras tinham cerca de meia milha, com boa várzea
bem plantada. Produzia anualmente 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar e pagava de
recognição 2 arrobas em cada mil.
Curiosidades: Em 1621, Serinhaém foi
elevada à categoria de freguesia pelo então bispo do Brasil, D. Marcos de
Noronha. Seu primeiro vigário, o padre Simão Pita Calheiros, inaugurou-a
provisoriamente na capela do Engenho Palma, tendo exercido suas funções no
período de 1622 a 1629. Em 12/11/1622, Jacques
Peres e sua esposa D. Catharina Álvares fizeram doação ao Padre Cooperador
Matheus Soares das terras do Patrimônio de Santo Amaro, onde foi
construída uma Capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição de Sirinhaém.
O engenho Palma foi fundado por Filipe
de Albuquerque.
Filipe de
Albuquerque –
Filho de Jerônimo de Albuquerque, o Torto, e de uma índia. Falecido antes de
1635, quando sua esposa deixou Pernambuco por causa da invasão holandesa, e foi
para aBahia
Casamento 01: D. Madalena Pinheiro, filha de Antônio
Pinheiro, Feitor-mor da Armada do Maranhão, e de Leonor Guardez, pais da esposa
de Jerônimo de Albuquerque Maranhão.
Filhos: 01- Manuel de
Albuquerque, nada consta; 02- Filipe de Albuquerque c.c. Maria de Albuquerque; 03-
Lopo de Albuquerque (Cel de Ordenança de Serinhaém, Una e Porto Calvo) c.c. D.
Isabel Fragoso de Albuquerque; 04- Francisca de Albuquerque c.c. João de Souto
Maior (eng. Trapiche) e depois com João Lopes Vidal (Provedor da Fazenda em
Itamaracá); 05- Antônio de Albuquerque c.c. (?) filha de Paulo Gomes de Lemos e
de D. Brites de Albuquerque.
Fontes:
BORGES DA FONSECA, Antônio José
Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais de 1926.
Durante a invasão holandesa o engenho Palma
era administrado por D. Madalena,
viúva de Filipe de Albuquerque, que tinha fugido, durante o êxodo dos senhores
de engenho de Pernambuco, acompanhando o General Matias de Albuquerque para a
Bahia, deixando para trás sua propriedade e levando consigo apenas o que não
podia levar. O engenho foi encontrado pelos
holandeses em péssimo estado e na roça, perto do engenho, encontraram um escravo velho e uma escrava que foram
deixados para trás pela proprietária.
A Companhia das Índias Ocidentais
confiscaram o engenho por estar abandonado, mas não foi vendido por não ter
canas e por ter ficado completamente destruído durante a guerra.
No período holandês
o engenho é citado nos seguintes mapas:
- Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 Capitania de Pharnambocqve - plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ: Palma', na m.e. do 'R. SԐrinhajs' - 'Rº. SԐrinhain'.
- Mapa PE (Orazi, 1698) Provincia di Pernambvco, plotado, 'N S di Palma', na m.e. do 'Cirinhaya' - 'Cirianhaya' - 'Siriânháỹa'.
Madalena Pinheiro – Filha de Antônio Pinheiro,
Feitor-mor da Armada do Maranhão, e de Leonor Guardez, pais da esposa de
Jerônimo de Albuquerque Maranhão.
Casamento 01: Filipe de Albuquerque.
Filhos: Filhos: 01- Manuel de Albuquerque, nada consta; 02-
Filipe de Albuquerque c.c. Maria de
Albuquerque; 03- Lopo de Albuquerque
(Cel de Ordenança de Serinhaém, Una e Porto Calvo) c.c. D. Isabel Fragoso de Albuquerque; 04- Francisca de Albuquerque c.c. João de Souto Maior (eng. Trapiche) e
depois com João Lopes Vidal (Provedor da Fazenda em Itamaracá); 05- Antônio de Albuquerque c.c. (?) filha
de Paulo Gomes de Lemos e de D. Brites de Albuquerque.
Fontes:
BORGES DA FONSECA,
Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais de 1926.
Hoje as terras do engenho Palma pertencem
a Usina Trapiche/Serinhaém. Para chegar ao engenho Palma basta pegar a BR-101 Sul, até a entrada do município do Cabo de Santo Agostinho e logo depois a PE-060 e quando chegamos ao acesso à Usina Trapiche, avistamos as casas de moradores do Engenho Palma, hoje fazendo parte da referida Usina.
Usina Trapiche (1950) |
Fontes:
PEREIRA, Levy. "N S. de Palma
(Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do
Atlas Digital da América Lusa. Disponível em:http://lhs.unb.br/biblioatlas/N_S._de_Palma_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua).
Data de acesso: 03/11/2013.
GONSALVES DE MELLO, José Antônio. A
Economia Açucareira. Fontes para a história do Brasil holandês. Governo de Pernambuco.
CEPE. Recife 2004. 2ª
Edição.
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