Fontes

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19/06/2012

N. Sra da Ajuda, Velho ou Forno de Cal/Olinda

      No começo do século XVI, retomando o processo de colonização, o rei de Portugal, D. João I  dividiu o Brasil em 15 enormes faixas de terra, concedendo a ocupação e colonização de cada lote a um integrante da Corte de sua confiança, como foi o caso de Duarte Coelho , que em 10.03.1534 ganhou a Capitania de Pernambuco, em Carta de Doação na cidade de Évora/Portugal, cujo Foral foi expedido no dia 02.10 do mesmo ano. Na carta estavam relacionados todos os direitos do donatário: podia delimitar terras para exercer a propriedade pessoal das mesmas, distribuir terras em sesmarias aos que o acompanhavam e tinham condições financeiras de explorá-las, nomear autoridade para Capitania, fundar vilas, fundar cidades sobre o controle direto da Coroa, explorar a pesca e a passagem dos rios, ter direito a um percentual sobre a produção de pau-brasil e minérios que eram monopólio da Coroa.
            Mesmo podendo administrar sua Capitania de Portugal, Duarte Coelho embarca para Pernambuco no dia 09.03.1535, acompanhado de sua esposa, D. Beatriz (Brites) de Albuquerque, do seu cunhado Jerônimo de Albuquerque, parentes, agregados e amigos, de algumas famílias do Norte de Portugal, que vinham tentar a sorte no desenvolvimento da agroindústria canavieira, e de judeus mestres na plantação e exploração da cana de açúcar. 
Brasão de Duarte Coelho
Duarte Coelho desembarca na Capitania de Itamaracá, na feitoria de Cristóvão Jacques, e se instala nas margens do rio Santa Cruz, próximo a foz. Mas como a região era insegura, cercada de manguezais que diariamente era coberta pela maré, e sujeita a ataques dos índios, Duarte e comitiva sobem o rio e fundam a vila de Santos Cosme e Damião, hoje Igarassu.   
  Na nova Vila o casal de Donatários e demais colonizadores viveram por muito tempo: sem remédios, com falta de asseios, de tratamento e de mimos, em que a maioria das pessoas do Reino foram criadas, passando muitas vezes o dia e a noite no mato, em terra ou no mar, fugindo do ataque dos indígenas.
Logo Duarte Coelho, iniciou seu conhecimento das terras da Capitania navegando para o Sul, até se aproximar da foz do Rio Beberibe. Ao chegar se encantou com o local onde estava instalada a aldeia dos índios Caetés. O lugar era muito alto, com uma bela vista para as várzeas dos Rios Beberibe e Capibaribe, e que serviria para a construção a vila de Olinda, primeira capital de Pernambuco.
        Durante mais de dez anos Duarte Coelho teve dificuldade de consolidar o domínio da terra, pois a região era dominada por índios. Depois da união de seu cunhado, Jerônimo de Albuquerque, com a índia Tabajara, Muirá-Ubi, o Donatário recebeu o apoio dos Tabajaras que eram inimigos dos Caetés. 
Duarte Coelho foi um administrador patriarcal, monocultor e escravista. Incentivou o plantio e industrialização da cana de açúcar, e em troca isentou os senhores de engenhos de taxas de moagem. Era pacífico com os índios, apesar de enfrentar conflitos com algumas tribos.  
Segundo Alcântara Bacelar “tem se afirmado que o Brasil foi povoado pela escória de portugueses”. Há nisso um flagrante exagero, pois Duarte Coelho recusou os deportados, considerando-os pior que a peste, como escreveu em uma carta dirigida ao Rei, em 20.12.1548: “já por três vezes tenho escrito dado conta a V.A. acerca dos degredados e nisto, Senhor, sempre digo, por mim e por minha terra, quão poucos serviços de Deus e de V.A. e por bem momento desta Capitania mandar tais degredados como de dez anos para cá, me mandam. Crei V.A. que são os piores na terra do que a peste, pelo que poço a V.A. pelo amor de Deus, tal peçonha não me mande”. Com a não aceitação por parte do Donatário da vinda e permanência de tais pessoas, esses delinquentes, vítimas dos gentios de um lado, e de outro da rigorosa fiscalização do Donatário, que adotava até a força contra eles, foram diminuindo e os restantes tiveram, em grande parte, de ir para outras regiões principalmente a Capitania de Itamaracá.
Ademais não podemos esquecer que Duarte Coelho, como relata Carlos Xavier Paes Barreto (Primitivos Colonizadores Nordestinos), não trouxe gente de ralé, não improvisou nobreza nem procurou fidalgos pelo sangue, mas com gente limpa povoou o solo de sua Capitania. 
Para a exploração das terras da Capitania os Donatários distribuíam terras para fidalgos, pessoas ligadas a sua parentela ou articuladas com capitais estrangeiros. Essas ditas terras eram doadas a título de sesmaria cujo empreendimento proposto era de propriedade perpétua, livres de pagamento de foro ou pensão, agregando a esses benefícios vários favores régios. Essa política de distribuição de terras tinha como principal motivo a colonização da Capitania e cultivo da cana-de-açúcar, exploração do pau-brasil e para a criação do gado no Sertão.
Entre os beneficiados podemos citar: Tristão de Mendonça (eng. Tabatinga/Cabo de Santo Agostinho), João Gomes de Melo (eng. Trapiche/Cabo de Santo Agostinho); Arnau de Hollanda (eng. Maciape/São Lourenço da Mata); Sibaldo Lins e Cristóvão Lins (senhores de engenho em Porto Calvo/AL); João Paes Barreto (senhor de 10 engenhos no Cabo de Santo Agostinho); Jerônimo de Albuquerque, cunhado do Donatário, entre tantos outros.
         Jerônimo de Albuquerque ao receber sua sesmaria começa a plantar a cana e constrói (1542) o engenho Nossa Senhora da Ajuda, depois Forno de Cal/Olinda, considerado por Gilberto Freyre o primeiro engenho regular da Capitania de Pernambuco.
              O engenho, sob a invocação de N. Sra. da Ajuda, ficava localizado a 03 km do Varadouro de Olinda, subindo o Rio Beberibe, ocupando todo o delta do Rio (região dos pântanos de Olinda), fazia divisa com o Recife e ia até onde hoje está localizada a sede do município de Paulista. Nota: De suas terras vinha toda a água potável para o abastecimento de Olinda.
Borges da Fonseca, tratando do colono Pedro Afonso Duro, na sua Nobiliarquia Pernambucana, diz: "Do livro velho da Sé consta que este Pedro Afonso Duro e sua filha Inês Barbosa, foram padrinhos do batismo de Domingos Fernandes Calabar, tão célebre na nossa história, o qual fôra batizado em 15/03/1610, na ermida do Engenho Velho de Jerônimo de Albuquerque, no lugar a que hoje se dá o nome de Forno da Cal".
Ao que parece, o engenho N. Sra. da Ajuda não persistiu em atividade por longos anos, e estava talvez já de fogo morto no tempo dos holandeses, porquanto, de um minucioso escrito do invasor sob o título de Breve discurso sobre o estado das quatro capitanias conquistadas, (1637), em que vem uma detalhada relação de todos os engenhos de Pernambuco, existentes na época, não figura o Nossa Senhora da Ajuda/Olinda.

Forno de Cal
O antigo engenho de Jerônimo de Albuquerque entrou no abandono sendo invadido por posseiros que exploravam a cal extraída em formato de pedra, derretida em forno e depois misturada com o barro, conseguindo-se assim uma massa que substituía o cimento. Apesar de ter sofrido vários desmembramentos, foi ainda em suas terras que surgiu o bairro de Peixinhos e a Vila Cidade Tabajara (Ouro Preto) - ambos em Olinda, e o bairro de Beberibe em Recife, entre outros. E ainda, foi na área do antigo Forno da Cal que se construiu a Escola de Aprendizes de Marinheiros, o Matadouro de Peixinhos, o Shopping Tacaruna e o Centro de Convenções de Recife.
Para o escritor Costa (1983) foi a fabricação da cal a atividade que substituiu a produção do açúcar no antigo engenho Nossa Senhora da Ajuda. Ele comenta sobre a abundância de água potável e da vegetação, elementos necessários à implantação da nova atividade. Segundo Fosfato (1956), a exploração do calcário iniciou-se com Matias de Albuquerque (1590-1647), no século XVII.

Durante o século XVIII, o eng. Forno da Cal sofreu processos de meação entre herdeiros, doação a ordens religiosas, bem como sua venda em hasta pública.
Em 1859, o inglês Henry Gibson, convenceu a Câmara de Olinda que iria realizar, às suas custas, alguns projetos onerosos para a cidade se ela lhe aforasse “toda a área pantanosa e alagada; – todos os terrenos adjacentes (terras de arvoredos – segundo Foral) que estivessem nas posses ilegais de terceiros, e finalmente, todos os terrenos aforados cujos foreiros houvessem incidido em comisso.” (Diário de Pernambuco, 1972, pág. 5).



       A Câmara de Olinda atendendo ao apelo do inglês, lhe aforou as terras pretendidas, em 27/10/1859. Porém ele, não cumprindo com sua promessa, fez a exploração das terras de arvoredo e ainda expulsou centenas de lavradores a título precário. Segundo o documento, Henry Gibson enriqueceu por meio dos rendimentos auferidos com as madeiras, por arrendamento das terras para cultura e pastagens, pela produção do açúcar – realizada no engenho que construiu, e pelos negócios da cal. (Diário de Pernambuco, 1972).

Casa de por Henry Gibson, construída em 1847, 
ainda hoje existente pertencente a família Baptista da Silva.

            Com o falecimento do patriarca Henry Gibson o engenho passou a pertencer ao seu filhos Henry e Francis Gibson
Em 1904, o "foro de caráter perpétuo" do engenho foi revogado pela Prefeitura de Olinda, sendo seu novo foreiro, o engenheiro José Antonio de Almeida Pernambuco (Dr. Pernambuco) - primo de Francis Gibson, proprietário da Matadouro de Beberibe.
Matadouro de Peixinhos
De acordo com o Diário de Pernambuco (1972), o Dr. Pernambuco era “um pacificador interesseiro” que pretendia, junto à Câmara, o aforamento das terras perdidas por Henry Gibson. Para tanto, ele indenizou os herdeiros do inglês pelas benfeitorias realizadas nas terras – o engenho e a fábrica de cal, obtendo-as assim também por aforamento. Portanto, em 26/01/1905, consolida-se tal transação quando foi lavrado o termo de aforamento das terras do domínio de Olinda, em favor do engenheiro que, como Henry Gibson, também fez promessas à Câmara.
Mais tarde, outros terrenos foram anexados ao Forno da Cal, até 1923 (Certidão, 1959). Se o objetivo da obtenção das terras do engenho foi a ampliação da atividade de um matadouro, constata-se que Dr. Pernambuco passaria a lucrar com terrenos de aluguel, destinados à moradia, indicando que a propriedade foi adquirida, também, com a intenção de negócios imobiliários.
De acordo com o Diário de Pernambuco (1972a), o Dr. Pernambuco era “um pacificador interesseiro” que pretendia, junto à Câmara, o aforamento das terras perdidas por Henry Gibson. Para tanto, ele indenizou os herdeiros do inglês pelas benfeitorias realizadas nas terras – o engenho e a fábrica de cal, obtendo-as assim também por aforamento. Portanto, em 26/01/1905, consolida-se tal transação quando foi lavrado o termo de aforamento das terras do domínio de Olinda, em favor do engenheiro que, como Henry Gibson, também fez promessas à Câmara.
Mais tarde, outros terrenos foram anexados ao Forno da Cal, até 1923 (Certidão, 1959). Se o objetivo da obtenção das terras do engenho foi a ampliação da atividade de um matadouro, constata-se que Dr. Pernambuco passaria a lucrar com terrenos de aluguel, destinados à moradia, indicando que a propriedade foi adquirida, também, com a intenção de negócios imobiliários.
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Fontes:
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro - Anais 1902 Vol 24
Cavalcanti, Alfredo Leite. História de Garanhuns. 2ª edição- Biblioteca Pernambucana de História Municipal. 1997.
DE CARLI, Gileno. O açúcar na formação econômica do Brasil. Separata do “Annuario Açucareiro”, Edição de 1937, do Instituto do Açúcar e do Alcool.Rio de Janeiro.
FEITOSA, Leonardo. História e Genealogia.
http://origem.biz/ver_cadastro1.asp?id=1849
http://terradomagano.blogspot.com/2011/10/origens-das-familias-de-pernambuco-os.htmlhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Duarte_Coelho_Pereira 
http://visaogeral-aalecastro.blogspot.com/2010/02/senhores-de-engenho-e-suas-propriedades.html
http://www.familiagibson.org/2012/03/engenho-nossa-senhora-da-ajuda.html
http://www.geografia.fflch.usp.br/inferior/laboratorios/agraria/Biblioteca Nacional. Anais de %20XIXENGA/artigos/Souza_RSil.pdf
http://www.historiaegenealogia.com/2009/08/origem-dos-albuquerque-maranhao.htm
http://xiisimpurb2011.com.br/app/web/arq/trabalhos/9222ad9442bf538475518d72b25e226e.pdf
MELLO, José Antônio Gonsalves de Mello. A Economia Açucareira. Fontes para a História do Brasil Holandês; CEPE, Recife, 2004. 2ª edição
PAES BARRETO, Carlos Xavier. Primitivos Colonizadores Nordestinos. Edt. Usina de Letras. 2ª edição. Rio de Janeiiro, 2010. Pág. 141
PEREIRA DA Costa, Francisco Augusto. Anais Pernambucanos. Recife: Arquivo Público Estadual de Pernambuco. Tomo IV, Pág. 468, 1954.
PEREIRA DA COSTA, Francisco Augusto. Capitães-móres Governadores Loco-Tenentes dos Donatários de Pernambuco. Revista do Instituto Archeológico e Geographico Pernambucano, Recife, n. 50, p. 61-63, 1897
Senhores de Engenho e suas Propriedades. Citados na Primeira Visitação do Santo Ofício (1593-1595)”. Disponível em: http://raizesacreanas.blogspot.com.br
Revista de Geografia. Recife: UFPE – DCG/NAPA, v. 25, n. 1, jan/abr. 2008 112
SILVA, Jorge Fernandes da. Vidas que não morrem. Recife: Secretaria de Educação de Pernambuco, Departamento de Cultura, 1982. 
SOUZA, Roberto Silva. Particularidades da Evolução do Espaço Urbano de Olinda (PE) No Contexto Histórico de Propriedades Fundiárias. Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

PROPRIETÁRIOS/RENDEIROS:



Jerônimo de Albuquerque, o Torto. O "Adão Pernambucano" – Nascido em 1500/Lisboa-PT e falecido em 25.02.1583, sendo sepultado na Capela do engenho Nossa Senhora da Ajuda/Olinda. Filho de Lopo de Albuquerque (nascido em 1460) e de Joana de Bulhão (nascida em 1470).
Jerônimo chegou a Pernambuco/Brasil em 1535, acompanhando sua irmã D. Brites de Albuquerque e de seu marido Duarte Coelho Pereira. Recém-chegado, numa das lutas que teve que enfrentar contra os índios tabajaras, em 02.01.1547, recebeu uma flechada que lhe vazou um dos olhos. NOTA: Após esse incidente, ficou conhecido pelo apelido de o Torto
Ferido e preso, foi amarrado com cipós e levado à presença de Ubira Ubi, morubixaba da tribo Tabajaras, tendo sido, então, condenado à morte. Salvou-o a princesa Muira Ubi, filha do valoroso Morubixaba Tabajara, depois batizada com o nome de Maria do Espírito Santo Arco Verde, levando-o, sorrateiramente, ao acampamento dos Caraíbas, ou, segundo Borges da Fonseca, intercedendo junto ao pai, e protestando também morrer se executassem o prisioneiro, em 1549. (Barreto, Os primitivos colonizadores nordestinos, p. 183). 
Para se casar com Maria do Espírito Santo, Jerônimo fez um requerimento à corte pedindo permissão, mas lhe foi negado pela rainha D. Catarina, viúva de D. João III, que governava o reino por conta da menoridade de seu neto D. Sebastião. Mesmo sendo negado o pedido, Jerônimo viveu maritalmente com Maria do Espírito Santo com quem teve 08 filhos que foram legitimados, em 1561, por D. Sebastião, Rei de Portugal.
Logo a Rainha D. Catarina, ordenou-lhe que se casasse com Felipa de Melo, conforme a seguinte carta: "Porquanto nos consta estares vivendo nessa conquista nova a lei de Moysés, com tresentas concubinas, mau exemplo para um povo novo, vos ordeno casais com uma filha de D. Cristóvão Melo que vai a meu serviço à Bahia". Consta que, "por estar velho", para a realização desse casamento "lhe foi exigido o dote de 10.000 cruzados". (Barreto, op. cit., p. 196-197). 
Casamento 01: Felipa de Mello, em 1562. Filha de D. Cristóvão de Mello.
Filhos: 01- João de Albuquerque c.c. Felipa de Sá e Lima (c.g.); 02- Afonso de Albuquerque c.c. Isabel Tavares (c.g.); 03- Cristóvão de Albuquerque de Melo c.c. Inês Falcão (c.g.); 04- Duarte de Albuquerque e Melo c.c. Ana de Sousa (s.g.) e depois com Helena de Azeredo Coutinho (c.g.); 05- Jerônimo de Albuquerque – Solteiro; 06- Cosma de Albuquerque – Professou na Ordem da Penitênca e faleceu no Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição de Olinda; 07- Filipa de Melo e Albuquerque c.c. Diogo Álvares Pessoa (c.g.); 08- Isabel de Albuquerque – Professou na Ordem da Penitência. Deixou todos os seus bens para o Mosteiro de Olinda; 09- Maria de Albuquerque c.c. Antônio de Sá Maia. (c.g.); 10- Jorge de Albuquerque – C.c. Catarina de Almeida. (s.g.c.); 11Luísa de Albuquerque – Religiosa.
Relacionamento 01: Maria do Espírito Santo Arco Verde (Tindarena ou Tabira). Filha do cacique Uirá Ubi (Arco Verde), chefe dos índios Tabajaras.
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Jerônimo de Albuquerque
Filhos: 12- Manuel de Albuquerque c.c. Maria de Melo (c.g.); 13- André de Albuquerque c.c. Catarina de Melo e depois com Isabel de Vasconcelos; 14- Jerônimo de Albuquerque (Maranhão) c.c. Catarina Pinheiro Feio (c.g.); 15- Catarina de Albuquerque c.c. Filipe Cavalcanti (c.g.); 16- Isabel de Albuquerque c.c. Filipe de Moura (c.g.); 17- Antonia de Albuquerque c.c. Gonçalo Mendes Leitão (c.g.); 18- Joana de Albuquerque c.c. D. Álvaro Fragoso (c.g.); 19- Brites de Albuquerque c.c. Gaspar Dias de Ataíde depois com Sibaldo Lins (c.g.); 20- Falecido criança21- Falecido criança.
Outros filhos, de vários relacionamentos:
22- Simoa de Albuquerque – Filha com uma mulher portuguesa, radicada em Pernambuco. C.c. Jorge Teixeira e depois com Damião Gonçalves Carvalhosa. (c.g.); 23- Thomé de Albuquerque – Filho com uma mulher indígena. Faleceu na Índia; 24- Francisco de Albuquerque – Filho com uma mulher indígena ou mameluca. Faleceu na Índia; 25- Gaspar de Albuquerque – Filho com uma mulher indígena ou mameluca, (NE); 26- Lopo de Albuquerque – Filho com uma mulher indígena ou mameluca. (NE); 27- Pedro de Albuquerque – Filho com Luísa, de origem indígena ou mameluca. C.c. Catharina Camello. (c.g.); 28- Felipe de Albuquerque – Filho com Apolônia Pequena, de origem indígena ou mameluca. C.c. Magdalena Pinheiro Feio. (c.g.); 29- Antônio de Albuquerque – Filho com uma mulher indígena ou mameluca. C.c. Jeronima de Vasconcelos. (c.g.); 30- Salvador de Albuquerque – Filho com uma mulher indígena ou mameluca. C.c. Antônia de Almeida. (c.g.); 31- Jorge de Albuquerque – Filho com uma mulher indígena ou mameluca. C.c. Catharina de Almeida; 32- José de Albuquerque – Filho com uma mulher indígena ou mameluca. (NE); 33- Anna de Albuquerque – Filha com uma mulher indígena ou mameluca. C.c. Jerônimo Vasconcellos; 34- Maria de Albuquerque – Filha com uma mulher indígena ou mameluca; 35- Joanna de Albuquerque – Filha de uma mulher de origem africana. (NE); 36- Felipa de Albuquerque – Filha de uma escrava mameluca chamada Maria. Embora tenha sido legitimada, em seu testamento Jerônimo diz que foi mal informado da verdade, e a deserdou por tal motivo e pela sua má conduta; 37- Jerônima de Albuquerque – Filha criada como uma filha na casa de Jerônimo, mas em seu testamento a deserdou por má conduta.
CURIOSIDADES: Apesar do mau exemplo de Jerônimo de Albuquerque, três de suas filhas: Luisa, Cosma e Isabel, e vários de seus netos e bisnetos, se dedicaram a uma vida religiosa.
Sendo um homem valente e inteligente, deu uma grande contribuição à administração da capitania do seu cunhado Duarte Coelho. Auxiliou sua irmã Brites de Albuquerque a governar Pernambuco nos anos de 1540, 1550 e 1553, durante as viagens do donatário a Portugal.
Com a morte de Duarte Coelho, em 1554, Jerônimo continuou prestando relevantes serviços a Pernambuco, ajudando sua irmã a administrar a capitania até a maioridade dos herdeiros, Duarte e Jorge de Albuquerque Coelho, segundo e terceiro donatários, que a assumiram, em 1561 e 1573, respectivamente.
Em 1576, com o retorno desse último a Portugal, Pernambuco voltou a ficar sob a direção de Jerônimo de Ao0ede0poedp00d0p-se-wfweo0efo-fe-=pó-0go065o065o-6o Verde), Tindarena ou Tabira, que se apaixonou por ele e o quis como marido. O casamento selou a paz entre os tabajaras e os colonizadores portugueses, Tindarena ou Tabira foi batizada recebendo o nome de Maria do Espírito Santo Arco Verde. Dessa união nasceram 08 filhos: Jerônimo de Albuquerque Maranhão, Manuel, André, Catarina, Isabel, Joana, Antônio e Brites.
Fontes:
ANDRADE, Maria do Carmo. Jerônimo de Albuquerque. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: 20.03.2015
COSTA, Francisco Augusto Pereira da. Capitães-móres governadores loco-tenentes dos donatários de Pernambuco. Revista do Instituto Archeológico e Geographico Pernambucano, Recife, n. 50, p. 61-63, 1897.
SILVA, Jorge Fernandes da. Vidas que não morrem. Recife: Secretaria de Educação de Pernambuco, Departamento de Cultura, 1982.



Henry Gibson – Natural da Inglaterra. Chegou a Pernambuco em 1832. Henry teria enriquecido por meio dos rendimentos auferidos com as madeiras, por arrendamento de terras para cultura e pastagens, pela produção do açúcar – realizada no engenho que construiu, e pelos negócios da cal.
Proprietário dos engenhos: Forno de Cal/Olinda; Jaqueira/Recife e Beberibe/Recife. Segundo reportagem no Diário de Pernambuco (1972).
CURIOSIDADES: No Jornal do Recife de 07.12.1865 sob o título Escravo Fugido, temos a seguinte notícia: "Acha-se fugido do engenho Forno da Cal, termo de Olinda, o moleque de nome Vicente, baixo, cheio de corpo, cabellos pouco estirados, cor fula, idade 12 a 15 anos pouco mais ou menos, roga-se as autoridades policiaes, capitães de campo, ou quem o pegar leval-o no indicado engenho acima, ou na Ponte D'Uchoa, sítio do finado Henry Gibson, e no Recife rua da Cadeia, no. 24, que será recompensado". 
C01: Alexandrina Rosa de Oliveira – 1842/Recife
Filhos: 01- Henry Oliver Gibson; 02- Francis Gibson; 03- Alfred Gibson
Fontes:
http://www.familiagibson.org/2012/02/henri-oliver-gibson.html




http://www.familiagibson.org/2012/03/engenho-nossa-senhora-da-ajuda.html?showComment=1426886578770#c6369014766932437268


Henry Gibson – Nascido em 1844. Coronel da Guarda Nacional.
Casamento 01: Teresa de Pinho Borges, em 11.04.1868. Filha de Luis de Pinho Borges e de D. Ana Pinho Borges. CURIOSIDADES: D. Teresa foi erroneamente citada vários trabalhos anteriores, como sendo filha do Barão de Pinho Borges. O engano foi corrigido pela genealogista portuguesa Maria-João Craigie. Teresa foi casada em segundas núpcias com Manuel Xavier Carneiro da Cunha Filho, agricultor e proprietário, sem deixar geração neste casamento. Faleceu em 04.09.1923 em sua casa na Rua Barão de São Borja, Boa Vista - Recife e foi sepultada no Cemitério de Santo Amaro.
Filhos: 01- Alexandrina02- Henrique Neto03- Adolpho04- Alberto05- Oscar06- Adelia c.c. Theodomiro Valois; 07- Corina c.c. Eurico Valois; 08- Olga09- Hélia c.c. seu primo irmão Edgar Nascimento Valois. NOTA: Como vimos, três filhas de Henry Oliver, casaram-se com seus primos, filhos de Alice Gibson e Theodomiro Valois.
Fontes:
http://www.familiagibson.org/2012/02/francis-gibson.html


Francis Gibson – Nasceu em 29.07.1853, na residência de seus pais localizada na Ponte d’Uchoa. Francis foi proprietário de varias casas de aluguel, cuja renda o mantinham. É dele a frase: “Que absurdo! Um Gibson ter que trabalhar para sobreviver!  ".
C01: Alexandrina Constância de Albuquerque Xavier (Sinhá), em 15.02.1873 (livro 08, folha 14, Matriz de Santo Antonio). A partir do casamento passou a residir em Olinda, onde criou seus filhos.
Filhos: 01- Romeu c.c. Julieta Faria; Alice c.c. José Antônio Azevedo; Evangelina c.c. Oscar Bartolomeu Alves Barboza; Julieta  c.c. Eugenio Mendes Jacques; Guiomar c.c. Doralecio Walcacer; Beatriz c.c. Amaro Cunha; Arlindo c.c. Maria do Carmo Cooper; Aluisio c.c. Nancy Torres; Maria, nascida e falecida em 01.08.1879.
Fontes:


http://www.familiagibson.org/2012/02/francis-gibson.html





José Antonio de Almeida Pernambuco (Dr. Pernambuco) – Filho de Amália Rosa de Oliveira - irmã de Alexandrina esposa de Henry Gibson.
Foi ele o responsável pela construção do Matadouro de Peixinhos, iniciado em 1874 e, concluído, em 1919. Sua intenção, com a aquisição dessas terras, era devido à necessidade de ampliar a atividade desse empreendimento.
Fontes:
http://www.familiagibson.org/2012/02/francis-gibson.html

2 comentários:

Anônimo disse...

Excelente. Esclarecedor. A conservação da história. Muito bom

Anônimo disse...

As ruínas do engenho de Jerônimo de Albuquerque ainda existem?