Engenho
fundado antes de 1593 por por Francisco
de Barros Rego c.c. D. Maria Barrosa Pessoa (c.g.). Sua moenda era movida à
água, sua igreja era dedicada a São Francisco e suas terras ficavam situadas na
margem direita do Rio Tijipió, freguesia da Várzea, sob a jurisdição de Olinda,
Capitania de Pernambuco.
Francisco
de Barros Rego – Nascido em uma nobre
família dos Barros da vila de Vianna/PT e falecido em 14.12.1614-Olinda, sendo
sepultado na Igreja da Misericórdia, onde possuía uma sepultura.
Engenho de açúcar com moenda movida à água |
Chegou a Pernambuco nos primeiros anos
de sua povoação. Viveu em Olinda. Participou da conquista do Rio Grande do
Norte. Juiz Ordinário da Câmara de Olinda. Escrivão da Santa Casa da
Misericórdia de Olinda.
Casamento 01: Felippa Tavares – Filha de João Pires Camboeiro e de D. Felippa de
Tavares. Neta materna de Rui Tavares de Cabeia (Governador de Castelo da Ilha
Terceira). (s.g.)
Casamento 02: Maria Barrosa Pessoa – Filha dos portugueses: Diogo Alves Pessoa e de
Maria Gonçalves Raposo. D. Maria ainda vivia em 1636, de acordo com a História
da Guerra Brasílica, do General Francisco de Brito Freire (Liv. 9º, nº 763)
Filhos: 01- (?) – Lutou na guerra contra os holandeses; 02- (?) – Lutou na guerra contra os
holandeses; 03- João de Barros Rego
– Lutou na guerra contra dos holandeses; 04- Christóvão de Barros Rego – Fidalgo da Casa Real. Cavaleiro da
Ordem de Cristo. Governador de São Thomé. Instituidor do Morgado de São Bento
do Cayará e da Capela de Nosso Sra. da Conceição da Boa Vista-Recife. Teve duas
filhas com uma mulher solteira na Bahia; 05- D. Antônia de Barros Pessoa – C.c. Feliciano de Araújo de Asevedo –
Proprietário do Ofício de Juiz de Órfãos de Pernambuco. (c.g.).
Fonte:
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de
Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.
1ª edição. São Paulo, 2012. Pág.60-61
PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais
Pernambucanos. 1795-1817. 2ª Edição. FUNDARPE. Gov. de Pernambuco. Recife,
1983. Vol: 2:98, 4:222
BORGES DA FONSECA, Antôno Victorino.
Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925
Vol 47 (6). Pág. 147, 148, 217-218. Anais 1926 Vol 48 (4): Pág. 33, 35, 212, 467
No
ano de 1623 o engenho aparece como pertencente a D. Maria Barrosa Pessoa, segunda esposa de Francisco de Barros Rego,
que já havia falecido. Nesse ano o engenho São Francisco produziu 5.161 arrobas
de açúcar.
Maria
Barrosa Pessoa – Filha dos
portugueses: Diogo Alves Pessoa e de Maria Gonçalves Raposo. D. Maria ainda
vivia em 1636, de acordo com a História da Guerra Brasílica, do General
Francisco de Brito Freire (Liv. 9º, nº 763)
Casamento 01: segunda esposa de Francisco de Barros Rego – Nascido em
uma nobre família dos Barros da vila de Vianna/PT e falecido em
14.12.1614-Olinda, sendo sepultado na Igreja da Misericórdia, onde possuía uma
sepultura. Chegou a Pernambuco nos primeiros anos de sua povoação. Viveu em
Olinda. Participou da conquista do Rio Grande do Norte. Juiz Ordinário da
Câmara de Olinda. Escrivão da Santa Casa da Misericórdia de Olinda. Francisco
foi casado em primeiras núpcias com Felippa
Tavares – Filha de João Pires Camboeiro e de D. Felippa de Tavares. Neta
materna de Rui Tavares de Cabeia (Governador de Castelo da Ilha Terceira)
Filhos: 01- (?); 02- (desconhecido);
03- João de Barros Rego – Primeiro
marido de D. Marianna Cavalcante de
Albuquerque. Lutou na guerra contra dos holandeses; 04- Christóvão de Barros Rego – Fidalgo da
Casa Real. Cavaleiro da Ordem de Cristo. Governador de São Thomé. Instituidor
do Morgado de São Bento do Cayará e da Capela de Nosso Sra. da Conceição da Boa
Vista-Recife. C.c. D. Marianna de Lacerda. (c.g.); 05- D. Antônia de Barros Pessoa – C.c. Feliciano de Araújo de Asevedo –
Proprietário do Ofício de Juiz de Órfãos de Pernambuco. (c.g.).
Fontes:
BORGES DA FONSECA, Antôno Victorino.
Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925
Vol 47 (6). Pág. 147, 148, 217-218. Anais 1926 Vol 48 (4): Pág. 33, 35, 212
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de
Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.
1ª edição. São Paulo, 2012. Pág.60-61
PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais
Pernambucanos. 1795-1817. 2ª Edição. FUNDARPE. Gov. de Pernambuco. Recife,
1983. Vol. 4, Pág: 222
PEREIRA, Levy. "S. Fanci∫co
(Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do
Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Fanci%E2%88%ABco_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 27 de junho de 2015.
www.delanocarvalho.com/Pages/dholandes.aspx
Em 1633 o
engenho foi saqueado por tropas holandesas, tendo D. Maria e família se refugiado
na Fortaleza do Arraial do Bom Jesus (08.06.1635) junto a outros tantos
senhores de engenho. Com a capitulação da Fortaleza, D. Maria teve que pagar
resgate, cujo valor foi estabelecido pelo Governo holandês, segundo a fortuna
pessoal de cada pessoa detida, sendo orientado para tanto por luso-brasileiros
colaboradores dos invasores, entre eles João Fernandes Vieira.
D. Maria Barrosa
após ser solta, junto aos seus familiares, retorna para seu engenho ficando na
frente de sua administração e sob o domínio holandês. Para recuperar as
edificações do engenho, comprar escravos e replantar os canaviais, D. Maria pediu
empréstimos, tanto é que seu nome aparece no começo da Insurreição Pernambucana
como devendo ao comerciante Louis Heiyn o montante de 2.800 florins; e na relação
de devedores da WIC-Companhia das Índias Ocidentais holandesas D. Maria aparece
na lista como devedora de 600 florins.
D. Maria ainda
vivia em 1636, de acordo com a História da Guerra Brasílica, do General
Francisco de Brito Freire (Liv. 9º, nº 763), mas provavelmente o engenho já era
administrado pelo seu filho João de Barros Rego (nada foi
encontrado).
O engenho São
Francisco no período holandês não tinha partido de fazenda. Safrejou em 1637 e
1639, moendo com as canas de alguns partidos livres e de dois partidos de
lavradores: Francisco Gonçalves Bastos (30 tarefas) e Jerônimo Luís (06
tarefas), totalizando 36 tarefas ou cerca de 1.800 arrobas de açúcar.
Durante a guerra
da Restauração D. Maria vendeu o engenho, que pagava 03% pelo açúcar produzido,
a André Vidal de Negreiros pelo
montante de 42.000 florins.
Andre
Vidal Negreiros – Nasceu em
1620-eng. São João/Província de Filipéia de Nossa Senhora das Neves, atual João
Pessoa/Paraíba e faleceu em 03.02.1680-eng. Novo/Goiana, na época capital de
Itgamaracá. Filho Francisco Vidal, natural da Cidade de Lisboa e nobre
proprietário de terras e de engenhos, e de Catarina Ferreira, natural de
Porto Santos.
Desde cedo foi orientado para a carreira
das armas e para a administração das terras. Quando da invasão holandesa André
só tinha 10 anos, mas logo participou das guerrilhas contra os invasores.
Incendiou canaviais e engenhos. Com a permanência dos holandeses na Capitania
de Pernambuco, Vidal de Negreiros, seguiu para a Bahia, mas sempre lutando para
a reconquista da Capitania.
Em 1642, com a autorização de Maurício
de Nassau, e o compromisso de não conspirar, conseguiu a permissão de retornar a
Paraíba visitar parentes e amigos, e depois seguir para Portugal onde lutaria
na guerra contra a Espanha. Quando passou por Pernambuco, Vidal de Negreiros
não foi fiel ao compromisso e organizou uma conspiração, com o apoio de Antonio
Dias Cardoso e João Fernandes Vieira, ricos comerciantes e senhores de engenho.
A Batalha dos Guararapes Óleo sobre tela - Victor Meirelles de Lima |
Mestre de Campo (1645). Enfrentou os
holandeses na batalha de Casa Forte, onde derrotou os invasores na propriedade
de D. Ana Paes, com quem tivera uma grande paixão, mas por intrigas acabou se
separando. Participou do cerco ao Recife, onde foi ferido ao entrar com suas
tropas no Forte das Cinco Pontas. Lutou nas duas batalhas nos Montes Guararapes
(19.04.1648 e 19.02.1649), sendo os holandeses derrotados nas duas batalhas.
Com a expulsão dos Holandeses, Vidal de
Negreiros foi incumbido de levar a notícia ao Rei D. João IV, que o designou
Alcaide de Marialva e concedeu-lhe o hábito da Ordem de Cristo. De volta ao
Brasil, procurou ocupar importantes cargos públicos e adquirir novas
propriedades. Governador Capitão General de Pernambuco (26.03.1657 a 1660 e em
1667). Nomeado Capitão-Geral de Angola, nessa época mantinha estreita relações
comerciais e políticas com Pernambuco, momento em que a produção açucareira
dependia da mão de obra escrava. Governador do Maranhão (1655-1656) e do
Grão-Pará. Conselheiro de Sua Majestade. Alcaide-mor da Vila de Marialva e Moreira.
Comendador de São Pedro do Sul.Após 1667, Vidal passou a administrar
diretamente os seus negócios indo morar definitivamente em seu engenho Itambé.
Em seu testamento instituiu o Morgado de Nossa Senhora do Desterro, em favor de
seu filho Matias Vidal de Negreiros, mas a fortuna acabou se dispersando a
partir das acerbas disputas que engalfinharam membros da família.
Casamento 01: Nunca se casou
André Vidal de Negreiros |
Supostos filhos: 01- D. Catarina Vidal de Negreiros (cuja
herança logo abaixo citaremos) – C.c. Diogo Cavalcanti de Vasconcelos, filho de
D. Maria Cavalcante de Vasconcellos e de Manoel Lobo. Senhor do eng.
Jacaré/Goiana. (s.g.). NOTA: Em seu testamento Vidal de Negreiros deixou para
sua mãe Isabel Rodrigues, seriam dados: 04 escravos, mais o escravo Rodrigo
Sapateiro; 02- Mathias Vidal de
Negreiros – Fidalgo Cavaleiro da Casa Real. Professo na Ordem de Cristo. Seu
pai lhe deixou 200.000 réis anuais do rendimento do engenho Nossa Senhora da
Conceição/Goiana, (c.g.); 03-Francisco
Vidal (Fr) – Frade Carmelitano. Prior do Convento do Carmo de Olinda.
Provincial de sua Religião. Filho com Inês Barroso que era c.c. Gaspar Nunes.
Teve um relacionamento com Luisa Pinhoa, filha de Luiz Pinhão de Mattos e de
Leonor Peres Pessoa (primeiro marido). (c.g.); 04- Manoel Vidal de Negreiros (Padre) para quem deixou 200.000 réis; Violante, uma mulatinha criada em sua
casa – Deixou para que fosse dado como dote 06 escravos do gentio da Guiné.
Senhor dos engenhos: Nossa Senhora da Conceição/Goiana
(arrendado ao Sargento-maior Francisco Camelo Valcassar, por cada ano
quatrocentos mil réis, pagos em açúcar posto no Recife e como valer na praça); Novo de Santo Antônio (2), antes
Jecipitanga/Goiana (comprado depois que foi tirado, por Provisão Real, dos
herdeiros de Francisco de Vasconcelos Cavalcante); Diamante/Goiana (doado a sua filha Feliciana); São Francisco/Várzea do Capibaribe-Recife (doado a sua filha e
afilhada D. Catarina); Palha/Goiana;
São João Batista/Paraíba; Novo de
Santo Antônio/Paraíba.
Fontes:
OLIVEIRA, Alexandre Cursino de. Andre
Vidal de Negreiros, Nobre da Terra. Disponível em: http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364162604_ARQUIVO_Texto-AlexandreCursinodeOliveira-6757995.pdf
BARROS SILVA, Ana Beatriz Ribeiro. André
Vidal de Negreiros: A Necessidade de Construção de um Herói Legitimamente
Paraibano. Saeculum, Revista de História . João Pessoa, 2006
BORGES DA FONSECA, Antôno Victorino.
Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925
Vol. 47 (6). Pág. 22, 35,
50, 155, 218, 257,
420, 469. Anais 1926 Vol. 48 (18). Pág. 107, 156, 221
http://anpuh.org/anais/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S25.0619.pdf
http://www.e-biografias.net/andre_vidal_de_negreiros/
MACHADO, Maximiano Lopes, História da
Província da Paraíba, v.1, p.313-322
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de
Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.
1ª edição. São Paulo, 2012. Pág.60-61
PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais
Pernambucanos. 1795-1817. 2ª Edição. FUNDARPE. Gov. de Pernambuco. Recife,
1983.
PEREIRA, Levy. "S. Fanci∫co
(Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do
Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Fanci%E2%88%ABco_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 27 de junho de 2015.
O
engenho moeu em 1655 e, segundo Pereira da Costa (1951) Volume 3, Ano 1645, pg.
229, em 1674 pertencia a André Vidal de Negreiros: "A essa propriedade se refere Fernandes Vieira no seu testamento
celebrado em 1674 na sua fazenda dos Maranguapes, dizendo que ficava junto e
adiante do engenho S. Francisco da Várzea, de André Vidal de Negreiros, ...".
Em
14.05.1678, André Vidal de Negreiros fez seu testamento e entre outras coisas
declarou que deixara o engenho São Francisco para a sua afilhada D. Catarina Vidal de Negreiros, como todas
as terras e partidos, escravos, cobres, bois e tudo o mais pertencente ao
engenho; como também as terras compradas ao Capitão Antônio Cavalcanti de
Albuquerque, junto ao açude de Álvaro Teixeira; o que tudo lhe dava pelo
amor de Deus, para bem de seu futuro casamento, assim por ser minha
afilhada de batismo, como por tê-la criado; com as condições e cláusulas
na escritura que lhe fez da doação do dito
engenho. Mas, caso D. Catarina não se cassasse e nem se tornasse freira, pedia
aos testamenteiros que dessem 2.000 cruzados dos rendimentos do eng. São
Francisco; porém, se ela casasse e não tomasse estado lhe fossem dados 200.000
réis anuais, em açúcar pelo valor da Praça do Recife, e que seus testamenteiros
lhe dessem tudo o que era necessário para seu sustento e vestir. NOTA: Do
rendimento do engenho São Francisco seriam dados ao Alferes Francisco de
Freitas Vidal, 2.000 cruzados.
Catharina
Vidal de Negreiros – Filha de
Isabel Rodrigues e de (André Vidal de Negreiros); Em seu testamento, Vidal de
Negreiros, declarou que D. Catarina era sua afilhada.
Casamento 01: Diogo Lopes Lobo – Filho
de D. Maria Cavalcante de Vasconcellos e de Manoel Lobo.
Filhos: 01- Miguel Alves Lobo – C.c. Maria Cavalcante de Vasconcellos. (c.g.)
Senhor
do eng. Jacaré/Goiana; São Francisco/Várzea-Recife
Recebeu o engenho de seu padrinho (pai)
André Vidal de Negreiros
Fontes:
http://www.araujo.eti.br/familia.asp?numPessoa=43778&dir=genxdir/
http://origem.biz/ver_cadastro1.asp?id=2664
http://www.luizberto.com/esquina-leonardo-dantas-silva/atraves-de-sao-joao-da-varzea
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de
Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.
1ª edição. São Paulo, 2012. Pág.60-61
Nos anos de 1664
e 1667 o engenho aparece de fogo vivo. Em
1689, D. Catharina e seu marido Diogo Lopes Lobo venderam o engenho ao Capitão
Gonçalo Ferreira da Costa.
Gonçalo Ferreira da Costa – Capitão de Infantaria
de Pernambuco (12.12.1686). Arrematador de dízimos do açúcar de 1675 até 1688. Capitão
de Cavalos (30.03.1688). Sargento-mor de Ordenanças de Pernambuco (03.01.1691).
Senhor do engenho São
Francisco/Várzea-Recife
Comprou o
engenho a D. Catharina Vidal de Negreiros e ao seu marido Diogo Lopes Lobo
Fontes:
www.revista.ufpe.br/revistaclio/index.php/revista/article/view/371/215
Anais da
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1955 Vol 75 (3) pág. 276, 290, 313
http://www.luizberto.com/esquina-leonardo-dantas-silva/atraves-de-sao-joao-da-varzea
O engenho foi citado nos seguintes mapas coloniais: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum
PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ; PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA
DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Barosa', na m.e. do 'Rº. TisԐpio';
IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como
engenho, 'Ԑ Barosa.', na m.d. do 'Rº. TisԐpio'; PE (Orazi,
1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'S. Francisco', na m.d. do
rio 'Tajiibipio' - 'Teubipí'.
Em 19.12.1738, o
Coronel José Camelo Pessoa aparece
como proprietário do engenho, segundo um requerimento feito nessa data para D.
João V, pedindo autorização para concluir a compra do engenho São Francisco da
Várzea, a fim de poder saldar a dívida com a Fazenda Real.
José
Camelo Pessoa – Nada mais foi
encontrado.
Senhor do engenho São
Francisco/Várzea-Recife; Cordeiro (Três Reis Magos, Scot, Straetsburch, Machado)/Cordeiro-Recife;
São Pantaleão do Monteiro/Monteiro-Recife
Fontes:
http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=512&Itemid=182
http://www.intg.org.br/teste/afortunado/olivro/pdf_dividido/quinta-parte/XIV.ALOGiSTICAEALOCALIZAcaOESTRATeGICA126.pdf
Documentos
manuscritos avulsos da Capitania de Pernambuco, Edição 1. Disponível em: https://books.google.com.br
No século XIX existia na Várzea do Capibaribe uma povoação sempre ligada
à agroindústria açucareira, em funcionamento os engenhos: Borralho, Brum, Cova
de Onça, Cumbe, Curado, do Meio, Poeta, Santo Cosme, Santo Inácio, Santo
Amarinho, São João e São Francisco que pertencia a Manuel Eufrásio Correia.
Manuel
Eufrásio Correia – Nascido em
16.08.1839-Paranaguá e falecido no dia 04.02.1888/eng. São Francisco da Várzea
sendo sepultado no mausoléu do Cons. João José Ferreira de Aguiar, com todas as
honras a que tinha direito. Estudou Direito em Recife, mas terminou na
Faculdade de Direito de São Paulo, em 1862. Chefe da polícia de Santa Catarina.
Promotor Público., Deputado Geral, Provincial e Presidente da Assembleia Provincial
do Paraná. 58º Presidente da Província de Pernambuco, de 24.10.1887 a
04.02.1888, tomando posse no dia 07.11 do mesmo ano, governando até o dia do
seu falecimento.
Senhor do eng. Jacaré/Goiana; São
Francisco/Várzea-Recife
Senhor do
engenho no século XIX
Fontes:
PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais
Pernambucanos. 1795-1817. 2ª Edição. FUNDARPE. Gov. de Pernambuco. Recife,
1983. Vol. 9:174
http://people.ufpr.br/~lgeraldo/sandroprojeto.pdf
http://curitibaspace.com.br/16-de-agosto-nascimento-de-eufrasio-correia/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Eufr%C3%A1sio_Correia
Em Pernambuco, durante os governos do Barão de Lucena e de seus
sucessores, Correia da Silva e Barbosa Lima, desenvolveu-se uma política de
incentivo à agroindústria açucareira oferecendo aos senhores de engenho
empréstimos, que variavam entre “100 e 900 contos de réis”, destinado à
implantação de engenhos centrais (usinas de pequeno porte), que beneficiou no
início 26 empresários.
Segundo Manuel Correa de Andrade, “esses empréstimos financiavam não só a
implantação da fábrica como a aquisição de terras, a formação de plantios, a
construção de estradas de ferro ligando a usina às ferrovias do estado ou aos
portos de embarques do açúcar, ou mesmo às suas áreas de plantação”. Observa-se
que de 1874 a 1884 foram implantadas seis engenhos centrais (usinas de pequeno
porte), a partir de então os engenhos de açúcar deram lugar às usinas, que
utilizavam o poder econômico para barganharem preços de fornecimento, chegando
muitas a adquirirem e fecharem as fábricas de açúcar, ficando com a posse das
terras para o cultivo da cana, fazendo com desaparecessem as edificações
seculares dos antigos engenhos pernambucanos.
Por essa época, em terras do primitivo engenho São João da Várzea, veio a
ser instalada a usina da mesma denominação que reunia, em seus limites, as
terras antes pertencentes aos engenhos São Cosme e São Francisco. Foi a usina
criada em 1894, por Francisco do Rego Barros de Lacerda, antigo
proprietário do engenho São Francisco, sobrinho do Conde da Boa Vista Francisco
do Rego Barros, que para sua implantação adquiriu ao Barão de Muribeca o Dr.
Manuel Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, os engenhos São Cosme e
São João, respectivamente nas margens esquerda e direita do rio Capibaribe; e,
para a comunicação entre esses dois últimos engenhos importou ele uma ponte de
ferro em 1897, com 160 metros de extensão, dividida em quatro vãos, e a
instalou sobre o rio Capibaribe.
Francisco do Rego Barros de Lacerda – Nasceu em
02.08.1831/eng. Trapiche-Cabo de Santo Agostinho. Sobrinho do Conde da Boa
Vista, Francisco do Rego. Filho do Barão e da Baronesa de Ipojuca João do Rego
Barros e de D. Inácia Militana Cavalcanti Rego de Lacerda.
Presidente da
Intendência Municipal. 10° Presidente da Província nomeado por carta Imperial
de 16.10.1837. Governador de Pernambuco, 02.12.1837 a 12.05.1838, 30/10/18378 a
12.051838 (reassumiu o governo) e 03.11.1838 a 03.04.1841 (reassumiu
o governo). Prefeito do Recife (189). Formou-se na Faculdade de Direito em
(1852), dedicando-se logo depois à agricultura. Em 1859, com outros
agricultores fundou o Imperial Instituto de Agricultura, que não teve vida
longa. Em 1874, melhorou a técnica de fabricação de açucare modificou seu
sistema industrial, tanto no engenho de propriedade do Barão de Muribeca, como
no engenho Mameluco, pertencente ao seu primo Antônio Marques de Holanda
Cavalcanti. Deputado Geral do Império. Senador Estadual.
Em 1878,
implantou o sistema viário “Decauville” para fazer a condução de canas em
carros de tração animal. Deputado Geral do Império na legislatura de 1882 a
1885. Vereador da Câmara Municipal do Recife, em 1886/1891, até o advento do
regime republicano. Senador Estadual (1892).
Casamento 01:
D. Mariana do Rego Barros – Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues –
FR 998
Senhor dos
engenhos: Guararapes/Muribeca-Jaboatão dos Guararapes; São João da Várzea
(Estabelecida uma Usina); São Cosme/Várzea-Recife; São Francisco/Várzea-Recife.
Proprietário
da Usina São João/Várzea-Recife
Fontes:
CARLI, Gileno
Dé. Açúcar no Brasil - Personalidades VIII – Francisco Rego Barros de Lacerda
Autoria – in História de uma Fotografia, Recife, 1985. Pág. 378 396 397
EISENBERG, Peter L. The Sugar Industry in Pernambuco:
Modernization Without Change, 1840-1910. University of California
Press, 1974
http://profbiuvicente.blogspot.com.br/2009/06/bairro-da-varzea.html
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=64351
http://www.luizberto.com/esquina-leonardo-dantas-silva/atraves-de-sao-joao-da-varzea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_do_Rego_Barros_de_Lacerda
Em 1893, Francisco do Rego Barros de Lacerda
viaja aos Estados Unidos, para adquirir maquinário para instalação de seu
engenho central (Usina São João), tendo como objetivo a fabricação de um
excelente açúcar, mas com uma mão de obra economicamente viável. Apesar de
alguns contratempos sofridos, em 1895 a fábrica de açúcar é finalmente
inaugurada, com a denominação de São João, por ser situada nas terras desse
engenho, com uma despesa diária de 50$ para fabricação de 4 200 sacos de
açúcar.
Para facilitar a comunicação do engenho São João e São
Francisco com os engenhos São Cosme e São João, que ficavam localizados na
margem esquerda e direita do rio Capibaribe, Francisco do Rego Barros de
Lacerda importa em 1897,
uma ponte de ferro, com 160 m. de
extensão, dividida em quatro vãos, e a instala sobre o Rio.
Em 1914 a Usina
dispunha de 11 km de estrada de ferro, sete tanques para álcool e uma produção
de 70.000 toneladas de açúcar. Em matéria de capacidade industrial, em 1921 a
Usina São João esteve classificada em faixa de 9º lugar, com capacidade de 200
toneladas de cana de esmagamento diário.
Em 1929, com a morte do seu fundador, Francisco do Rego Barros de
Lacerda, a usina passa a ser dirigida por sua única irmã e herdeira, D. Maria
da Conceição do Rego Barros Lacerda,
uma figura humana, bondosa, carinhosa,
solteira e muito apegada ao seu sobrinho e afilhado Ricardo Lacerda de
Almeida Brennand, que morou com a partir dos 11 anos de idade.
Em 1933, a Usina apresenta uma produção de 37.853 sacas (60 kg.) de
açúcar e no ano seguinte a propriedade foi transferida para o seu
administrador, Ricardo Lacerda de Almeida Brennand, a quem D.
Maria da Conceição do Rego Barros Lacerda transforma em seu herdeiro universal.
Ricardo Lacerda de Almeida Brennand – Nascido em
04.09.1897-Recife e falecido em 09.03.1982-Recife. Filho de Ricardo Monteiro
Brennand e de Francisca de Paula Cavalcanti de Albuquerque Lacerda de
Almeida
Casamento 01: Olympia
Padilha Nunes Coimbra, em 1925– Nascida em 11.08.1903.
Filhos: 01- Antônio
Luiz Coimbra Almeida Brennand – Nascido em 11.06.1926. C.c. Maria
Pompéia Rodrigues Machado. (c.g.); 02- Francisco de Paula de Almeida
Brennand – Nascido em 11.06.1927. C.c. Débora de Moura Vasconcelos.
(c.g.); 03- Cornélio Coimbra de Almeida Brennand – Nascido
em 09.06.1928. C.c. Helena Carneiro da Cunha; 04- Jorge Eugênio Coimbra de
Almeida Brennad – Nascido em 01.08.1929. C.c. Maria Cristina Berardo
Loyo; 05- Tereza Maria de Jesus Coimbra de Almeida Brennand –
Nascida em 05.12.1931. C.c. Henri Jean Mieville; 06- Maria da Conceição
Coimbra de Almeida Brennand – Nascida em 14.04.1933. C.c. Murilo
Barros Costa Rêgo.
Fontes:
http://geneall.net/pt/nome/2156722/ricardo-lacerda-de-almeida-brennand/
A fim de dar continuidade aos trabalhos, Ricardo Lacerda de Almeida
Brennand traz para administração, anos mais tarde, o seu irmão, Antônio Luís
de Almeida Brennand, criando assim o Grupo Brennand.
Antonio Luís Lacerda de Almeida
Brennand – Nascido em 13.01.1901-Recife. Filho de Ricardo Monteiro
Brennand e de Francisca de Paula Cavalcanti de Albuquerque Lacerda de
Almeida
Casamento 01: Dulce
Padilha Coimbra – Nascida em 06.05.1907.
Filhos: 01- Ricardo
Coimbra de Almeida Brennand – Nascido em 27.05.1927. C.c. Graça Maria
Dourado Monteiro. (c.g.); 02- Maria Dulce Coimbra de Almeida Brennand
- Nascida em 20.02.1930. (c.g.). C.c. Luiz Carvalho Tavares da Silva; 03- Maria
Tereza Coimbra de Almeida Brennand – Nascida em 09.08.1931. C.c. Nilo
de Souza Coelho. (c.g.); 04- Maria Evangelina Coimbra de Almeida Brennand –
Nascida em 27.02.1934. C.c. José Antônio de Souza Leão. (c.g.).
Fontes:
http://geneall.net/pt/nome/2156727/antonio-luis-lacerda-de-almeida-brennand/
A Usina São João da Várzea continuou em atividade até o ano de 1945,
quando veio encerrar sua produção de açúcar e álcool, passando às suas terras
serem destinadas a outras atividades industriais. Naquela extensa área, antes
ocupada secularmente pelos canaviais dos primitivos engenhos e mais
recentemente da primitiva usina, foram construídas cerâmicas, fábrica de
azulejos, fábrica de porcelana, fábrica de vidros, siderúrgica e outras
unidades do Grupo Brennand.
Hoje
as terras do engenho São Francisco foram reocupadas, em sua grande maioria, provavelmente
pelo bairro Curado IV-Recife.
Fontes:
ANDRADE,
Manuel Correia de. História das usinas de Pernambuco.
Recife: FUNDAJ, Ed.Massangana, 1989. 114 p. (República, n. 1). Bibliografia p.
109-114
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço
de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012. Pág.60-61
PEREIRA
DA COSTA, F. A. Pereira da. Arredores do Recife. 2 ed. autônoma.
Apresentação e organização de Leonardo Dantas Silva. Inclui estudo sobre o
bairro da Capunga de José Antônio Gonsalves de Mello. Recife: FJN. Ed.
Massangana, 2001. 202 p. il. (Estudos e pesquisas, n 117) p. 171
______________________________
Anais Pernambucanos – Prefácio, aditamentos e correções feitas ppor
José Antônio Gonsalves de Mello. 2ª edição. FUNDARPE Recife, 1983. Vol. 3:229,
Vol. 9:174
PEREIRA, Levy. "S. Fanci∫co
(Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do
Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Fanci%E2%88%ABco_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua).
Data de acesso: 27 de junho de 2015.
COSTA LIMA, Camila da. Aspectos da Construção
de uma Obra em Escultura Cerâmica. Edt. Cultura Acadêmica. São Paulo, 2009.
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