Nome Histórico
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Nossa Senhora da Conceição;
N. Sra. đe Checiçe (N S. di Checiçe); Trapiche (Tripicho).
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Nome Atual
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Trapiche – Hoje o engenho não
mais existe e sua área foi reocupada com estabelecimentos industriais e
povoado, restando as ruínas da igreja, conhecida atualmente como Capela de
São Francisco, na margem da BR-101 Sul.
Significado de Trapiche:
- Toscas pontes de madeira que
entravam algumas dezenas de metros no Estuário, alcançando o convés dos
navios a vela - que não podiam se aproximar mais das margens, sob pena de
encalharem no lodaçal, levando mercadorias e passageiros.
-
Armazém onde se guardam mercadorias importadas ou para exportar. Armazém
geral. (Nordeste do Brasil e em Cabo-verde)
- Pequeno
engenho de açúcar, movido por animais.
Sinônimos:
passagem, madeira, navio, porto, passarela, alfândega, armazém, etc.
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Natureza
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Engenho movido a bois, com
igreja dedicada a São Francisco. Moía anualmente 4.000 a 5.000 arrobas de
açúcar.
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Localização
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Capitania de Pernambuco. Jurisdição da Cidade de Olinda. Freguesia do Cabo de Santo
Agostinho.
Suas terras ficavam localizadas
na margem esquerda do Rio Pirapama a uma pequena milha ao sudoeste do engenho
da Guerra/Cabo de Santo Agostinho.
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Mapa Colonial
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- Præfecturæ
Paranambucæ Pars Borealis, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ
- PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640)
#40 Capitania de Pharnambocqve, plotado como engenho, 'Ԑ:
Tripicho', na m.e. do 'Rº. Piripama'. Nota: o açude, conforme
desenhado nesse mapa, também parece ter sobrevivido.
- PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI
PERNAMBVCO, plotado, 'N S. di Checiçe', na m.e. do 'Piraparma' - 'Pirápáma'
(Rio Pirapama).
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Pensão
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01 e 1/2 por cento %, de todo o açúcar feito antes de
dizimado.
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Século/Ano
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História/Proprietários
e Moradores encontrados
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Os primeiros sesmeiros da Capitania de Pernambuco receberam do Donatário da Capitania Pernambuco, Duarte Coelho Pereira, suas datas de terras a partir de 1535.
As famílias
beneficiadas eram quase todas ligadas à parentela do Donatário ou articuladas
com capitais estrangeiros que aplicaram nos engenhos. Entre eles se
encontrava João Gomes de Mello, que fundou em suas terras o engenho
Nossa Senhora da Conceição, depois Trapiche/Cabo de Santo Agostinho.
O engenho tinha um lindo açude, mas muito difícil de manter, uma casa
grande, uma Igreja dedicada a São Francisco, uma casa de purgar e uma para as
caldeiras feitas de taipa e demais edificações comuns em um engenho de cana de
açúcar. O canavial era plantado ao seu redor e o restante da terra consistia em
matas, pois não servia para plantação. Podia moer 4.000 a 5.000 arrobas de
açúcar.
NOTA:
Pereira da Costa (1951, Vol. 1, Ano 1532, pg. 148), correlaciona João Gomes de
Mello ao engenho Trapiche: João Gomes de Mello, homem muito nobre, e
natural da província da Beira. Casou em Pernambuco com D. Ana de Holanda, de
cujo consórcio vem a família da família Mello, da casa de Trapiche/Cabo de
Santo Agostinho".
(1535)
João Gomes de Mello ‘o Velho’ – Natural da província da Beira/PT.
Falecido em torno de 1593. Chegou a Pernambuco no princípio de sua colonização,
século XVI. Coronel de Ordenança.
Casamento 01: Anna de Hollanda, nascida em 1546/Pernambuco e falecida em 1645, com 99
anos de idade, no eng. Trapiche. Filha de Arnau de Holanda (engs: Santo
André/Jaboatão dos Guararapes – Muribeca; Jacipitanga ou Novo, Ipitanga, Santo
Antônio, Novo de Santo Antônio/Goiana) e de Brites Mendes de
Vasconcelos, acusada de judaizante pela inquisição, (quinto avós do Marquês do
Pombal).
Neta paterna de Henrique de
Holanda (Barão de Rheneoburg) e de Margarida Florença, irmã do Papa Adriano VI.
Neta materna de Bernardo Rodrigues (Camareiro-mor do Infante D. Luiz). D. Anna
de Hollanda viveu no seu eng. Trapiche, em companhia de seu filho Manoel Gomes
de Mello, no tempo da guerra da Restauração (1645).
Ao se casar D. Anna e João Gomes
de Mello viveram algum tempo em Portugal aonde nasceu seu filho primogênito.
Filhos: 01- João Gomes de Mello, o Moço (sucessor do engenho Trapiche/Cabo de Santo
Agostinho) c.c. D. Margarida de Albuquerque (Beatriz ou
Maria Cavalcanti segundo a geneall.pt: NFP chama Maria de Albuquerque e TG-pg.
29 chama Margarida Cavalcanti) viúva de Cosme da Silveira (eng.
Catu/Goiana). Filha de Filipe Cavalcanti (eng. Araripe/Igarassu) e de
Catarina de Albuquerque. C.g; 02- Francisco Gomes de Mello, que se
encontrava em Lisboa quando em 1624 foi mandado para Pernambuco como Comandante
de um socorro de Cartuxos, Capitão-mor e Gov. das Armadas do Rio Grande do
Norte. Faleceu solteiro e s.g; 03- Estevão Gomes de Mello, que faleceu
solteiro em 14/08/1662, sendo sepultado no Mosteiro de São Bento de Olinda; 04-
Manoel Gomes de Mello (sucessor do eng. Trapiche/Cabo de Santo
Agostinho) c.c. D. Adrianna de Almeida Lins, filha de Balthasar de
Almeida de Botelho e de Brites Lins de Vasconcelos. Neta materna de Cibaldo
Lins e de Adrianna de Hollanda. C.g; 05- Christovão Gomes de Mello
(senhor do eng. São Cristóvão/Porto Calvo-AL, herdado de seu sogro que o havia
encapelado o engenho), c.c. Maria da
Silva. S.g; 06- D. Adrianna de Mello primeira esposa de Pedro
Correia da Costa, Fidalgo da Casa Real, natural de Lisboa, filho de Ruy
Gonçalves de Andrade (Fidalgo da Ilha da Madeira) e de D. Leonor da Cunha
Pereira. Neto materno de Egas Coelho que foi senhor da Ilha do Mayo. C.g; 07- D. Isabel
de Mello c.c. Antonio de Mello Furtado (senhor do eng. Garapu/Cabo de
Santo Agostinho), Comendador de Villa de Franca, Fidalgo da Casa Real aclamado
por D. João IV a quem serviu como Guarda-mor. Falecido em 1621. S.g; 08- D. Margarida de Mello
c.c. Christovão Paes Barreto, Morgado do Cabo ou da Madre de Deus, (Senhor dos
engenhos: Algodoais/Cabo de Santo Agostinho; Guerra/Cabo de Santo Agostinho,
Ilhetas/Cabo de Santo Agostinho, Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho, Novo/Cabo
de Santo Agostinho, Pirapama/Cabo de Santo Agostinho, Santo Estevão/Cabo de
Santo Agostinho, Utinga/Cabo de Santo Agostinho, Velho ou Madre de Deus/Cabo de
Santo Agostinho). C.g; 09- D. Anna de Vasconcellos, nascida em
1595. Primeira esposa do Cel. Pedro da Cunha de Andrade (senhor do eng. do
Curado/Recife, nascido em Lisboa/PT, filho de Rui Gonçalves de Andrade e Leonor
da Cunha Pereira. Esteve na Índia em 1590. Fidalgo da Casa Real, Coronel das
Ordenanças de Olinda, em 1630. Um dos principais líderes no princípio da
invasão holandesa. Pedro da Cunha de Andrade após ficar viúvo casou com D.
Cosma Fróis, filha de Diogo Gonsalves e D. Isabel de Froes, um dos primeiros
colonizadores de Pernambuco, proprietários dos eng.: Casa Forte/Recife,
Beberibe/Recife e Santo Antônio da Várzea/Recife) C.g; 10- Maria
de Mello c.c. André do Couto (senhor do eng. São João/Cabo de Santo
Agostinho). C.g;
Senhor do engenho Nossa Senhora
da Conceição, depois Trapiche/Cabo de Santo Agostinho.
Fontes consultadas:
BARRETO, Carlos Xavier Paes. Os
primitivos colonizadores nordestinos. Usina de Letras. 2ª edição. p. 159Rio de
Janeiro 2010.
BORGES DA FONSECA, Antônio José
Victorino. Nobiliarquia Pernambucana, 1748. Anais da Biblioteca Nacional de
1925.
FERRAZ, Socorro.
Sesmarias do açúcar. Sítios históricos. Universidade Federal de
Pernambuco. Clio - Série Revista de Pesquisa Histórica - N. 26-2, 2008
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço
de Cana. Os engenhos de açúcar no Brasil holandês. Edt. Penguin. Companhia das
Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012.
PEREIRA, Levy. "N S. de
Checiçe (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de
Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em:http://lhs.unb.br/biblioatlas/N_S._de_Checi%C3%A7e_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua).
Data de acesso: 31/03/2014
SCHOTT, Willem. Relatório sobre
os engenhos situados entre o Rio das Jangadas e o Rio Una, em Pernambuco. 1636.
João Gomes de
Mello encapela a Igreja de São Francisco, cujos bens seriam as terras do eng.
Trapiche, alfaias (objetos de culto religioso, geralmente de ouro ou prata) a
capela, junto com a imagem e dinheiro. Sua sucessão seria dada ao filho primogênito
e seus sucessores homens, e na falta destes aos descendentes diretos de seu
fundador de acordo com a ordem de sucessão estabelecida pelo vínculo.
Com o
falecimento de João Gomes de Mello (I) a administração do vínculo do engenho
passa para D. Anna de Hollanda,
talvez por seus filhos ainda fossem menores de idade.
(1593) Anna de Hollanda –
Nascida em cerca de 1570/Pernambuco e falecida com 99 anos de idade, no eng.
Trapiche. Filha de Arnau de Holanda (engenhos Santo André/Jaboatão dos
Guararapes – Muribeca; Jacipitanga) e de Brites Mendes de Vasconcelos,
acusada de judaizante pela inquisição, (5º avós do Marquês do Pombal). Neta
paterna de Henrique de Holanda (Barão de Rheneoburg) e de Margarida Florença,
irmã do Papa Adriano VI. Neta materna de Bernardo Rodrigues (Camareiro-mor do
Infante D. Luiz). D. Anna de Hollanda viveu no seu eng. Trapiche, em companhia
de seu filho Manoel Gomes de Mello.
Casamento
01: João Gomes de Mello ‘o Velho’. Dados acima.
Ao se
casar D. Anna e João Gomes de Mello viveram algum tempo em Portugal, aonde
nasceu seu filho primogênito.
Filhos:
(ver em João Gomes de Mello)
Senhora do engenho Nossa Senhora
da Conceição, depois Trapiche/Cabo de Santo Agostinho.
Fontes
consultadas:
Ferraz, Socorro.
Sesmarias do açúcar. Sítios históricos. Universidade Federal de Pernambuco.
Clio - Série Revista de Pesquisa Histórica - N. 26-2, 2008
MELLO,
Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Os engenhos de açúcar no Brasil holandês.
Edt. Penguin. Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012.
Ao atingir a
maior idade o filho primogênito, João
Gomes de Mello (II), filho de João Gomes de Mello e de Adriana de Hollanda
assumiu a Capela e o engenho Trapiche.
(antes 1623)
João Gomes de Mello (II),
o Moço – Nasceu na província da Beira/PT. Filho primogênito de João Gomes de
Mello (senhor do eng. Trapiche/Cabo de Santo Agostinho), o Velho, e de Anna de
Hollanda.
Casamento
01: D. Margarida de Albuquerque, viúva de Cosme da Silveira (senhor
do eng. Catu/Goiana) natural da província do Minho/PT, primo de Cosme Dias da
Fonseca. Filha de Filipe Cavalcanti (senhor do eng. Araripe/Igarassu, Fidalgo
florentino) e de Catarina de Albuquerque. Irmã de Antônio Cavalcante de
Albuquerque.
Nota: Segundo
a geneall.pt: NFP chama Maria de Albuquerque e TG-pg. 29 chama Margarida Cavalcanti)
Filhos:
01- Ana de Albuquerque, nascida em torno de 1580, c.c. Gaspar
Acciaioli (Acioly) de Vasconcelos (senhor do Eng. São Miguel/Alagoas do Sul),
filho de Simão Accioly. Progenitores da família Accioly de Pernambuco; 02- Brites
(ou Felipa) de Mello, nascida em torno de 1590, moça de muita formosura e caridade, c.c. seu
primo D. Paulo de Moura (após ficar viúvo, ainda muito jovem, se tornou Padre
Frei Paulo de Santa Catherina, professo em 1596)*. C.g.
*Segundo
a linha de sucessão do Marques de Pombal: D. Brites de Mello e D. Paulo de
Moura; 2º avós: D. Maria de Mello
c.c. Francisco de Mendonça Furtado (Alcaide-mor de Mourão; avós: D. Maior Luisa de Mendonça c.c. João de
Almada e Mello (senhor de Souto do Rei); pais: D. Teresa Luiza de Mendonça e
Mello c.c. Manuel de Carvalho e Ataíde cujo filho Sebastião José de Carvalho e
Mello foi o Marques de Pombal (1699-1782).
Senhor do engenho Trapiche/Cabo
de Santo Agostinho.
Fontes
consultadas:
BORGES
DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais de 1925,
Anais 1926 Vol 48 (10); *Anais 1902 Vol 24 (2)
Ao falecer João Gomes de Mello (II), por não ter tido um filho homem, a capela e o engenho Trapiche forma passados para seu irmão Manoel Gomes de Mello (4º na sucessão) já que Francisco e Estevão Gomes de Melo (2º e 3º na sucessão) haviam falecido solteiros e sem geração.
(em torno de 1623) - Manoel
Gomes de Mello – Natural de
Pernambuco. Falecido antes de 1635, pois neste ano sua viúva aparece como
administradora do engenho. Filho de João Gomes de Mello (I), senhor do eng. Trapiche/Cabo
de Santo Agostinho, e de Anna de Hollanda.
Casamento
01: Adriana de Almeida Lins, filha de Bartolomeu (Balthasar, segundo
Borges da Fonseca) de Almeida Botelho (Fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da
Ordem de Cristo) e de Brites Lins de Vasconcellos. Neta materna de Cibaldo Lins
e de Adrianna de Holanda.
Filhos: 01- João Gomes de Mello (III) homônimo do tio e
do avô, (sucessor do eng. Trapiche). Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem
de Cristo, serviu ao Rei nas tropas pagas. Capitão e Sargento-mor de
Infantaria. Provedor da Fazenda Real de Pernambuco. C.c. D. Ignez de Almeida Pimentel, sua prima,
filha do Capitão-mor Rodrigo de Barros Pimentel e de D. Jerônima de Almeida.
Neta paterna de Antônio de Barros Pimentel e de D. Maria de Holanda de
Vasconcellos e por parte materna de Balthasar de Almeida e de Brites Lins. C.g;
02- D. Brites Gomes de Mello* c.c. Pedro Marinho Falcão
(senhor do eng. Bragança/Vitória de Santo Antão). Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Filho de Vasco Marinho Falcão (nascido em Minho/PT) e de Inês Lins. C.g; 03- D. Anna de Mello
(de Vasconcellos) ** primeira esposa de Luis do Rego Barreto, Cavaleiro da
Ordem de Cristo. Filho de Arnau de Hollanda Barreto e de Luísa Pessoa. C.g; 04-
D. Marianna de Mello*** c.c. Leandro Marinho Falcão, Capitão
de Cavalos. Filho de Vasco Marinho Falcão (nascido em Minho/PT) e de Inês Lins.
C.g; 05- D. Maria de Mello c.c.
Gaspar Wanderley, nobilíssimo holandês e Capitão de Cavalos. Depois de viúva
c.c. João Baptista Accioly, Fidalgo da Casa Real e Sargento-mor de Pernambuco.
C.g. em ambos os matrimônios; 06- D. Isabel de Mello c.c. Paulo Correia
Barbosa, homem nobre de Ipojuca, irmão do Capitão-mor de Ipojuca João Correia
Barbosa. C.g.
Senhor do engenho Trapiche, antes
Nossa Senhora da Conceição/Cabo de Santo Agostinho.
Fontes
consultadas:
Biblioteca
Nacional do Rio de Janeiro. Anais de 1903 Vol 25 (3)
BORGES
DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais de 1925,
Anais 1926 Vol 48 (10)
CALADO,
Frei Manoel. O Valoroso Lucideno.Vol. I e II. 5ª Edição. Governo de Pernambuco.
CEPE. Recife, 2004
CALADO,
Manoel. O Valeroso Ludeno. Vol. I e II. 5ª edição. CEPE. Recife, 2004.
http://www.araujo.eti.br/descend.asp?numPessoa=40313&dir=genxdir/
MELLO,
Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Os engenhos de açúcar no Brasil holandês.
Edt. Penguin. Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012.
MELLO,
José Antônio Gonsalves de. Tempo dos Flamengos. Coleção Pernambucana.Vol. XV
BNB. Gov. de Pernambuco. Recife, 1979
PEREIRA,
Levy. "Algodoais". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do
Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Algodoais. Data de acesso: 01/04/2014.
PEREIRA,
Levy. "N S. de Checiçe (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas -
Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível
em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/N_S._de_Checi%C3%A7e_(Engenho_de_roda_
d%27%C3%A1gua). Data de
acesso: 28/03/2014.
Pereira
da Costa (1951, Volume 7, Ano 1812, pg. 326): "Pelos outros concessionários de terras foram também,
contemporaneamente, construídos vários engenhos, em 1630, e assim relacionados
em documentos coevos: engenho Algodoais, engenho Bom Jesus. Neste engenho, o
seu proprietário João de Veras, que morreu na Bahia em 1651, instituiu um
vínculo ou morgado; engenho da Madre
de Deus; engenho São. João Batista; engenho São Francisco, engenho Espírito
Santo; engenho Garapu;, engenho Guerra; Engenho Ilha, que associamos ao Engenho
Pirapama; engenho Jurissaca, ; engenho Maratapagipe, sob a de S. Marcos;
engenho de João Rodrigues Caminha; engenho Nossa Senhora da Conceição; engenho
Nossa Senhora das Candeias; engenho Novo, de S. Miguel; engenho Pirapama, sob a invocação de Santa
Apolônia; engenho Santa Lúcia; engenho São Braz; engenho São João; engenho
Utinga, sob a invocação de São Francisco; eo engenho Velho. NOTA: Na
transcrita lista dos engenhos da Freguesia do Cabo de São Agostinho, não
figuram os de Santo Estevão, Ilha e Trapiche, então já existentes, naturalmente
por imposição de outros nomes.
Quando os holandeses conquistaram a região do Cabo de Santo Agostinho, o
engenho se encontrava abandonado, pois sua administradora D. Adriana de
Almeida Lins, viúva de Manoel Gomes de Mello, que tinha fugido (1635)
deixando 88 caixas de açúcar que depois de serem encontradas foram confiscadas
para a Companhia das Índias Ocidentais holandesas.
No engenho os invasores encontraram ainda: na varanda da casa de purgar
08 caixas de açúcar branco e 03 de açúcar mascavado, marcadas GWC, 30 caixas do
proprietário do engenho; outras 53 caixas, pertencentes ao mesmo senhor, foram
escondidas na mata sob uma coberta de palha, cerca de três tiros de mosquete
distante da casa, somando ao todo 94 caixas; dentro da casa estavam 108 fôrmas
feitas pela família Cavalcanti de Goiana e 565 fôrmas trazidas para o engenho
por Antônio da Rocha, e 474 fôrmas trazidas para o engenho por Antônio Correia
no total de 1.147 fôrmas. As 565 fôrmas de Antônio da Rocha renderam, segundo a
conta do feitor Antônio Dias, 536 arrobas de açúcar branco e 122 arrobas de
açúcar mascavado, das quais o dizimo pertence à Companhia e a metade ao
lavrador, conforme o contrato que me foi mostrado, ou 241 arrobas de açúcar branco
e 55 de açúcar mascavado; ficam para a Companhia 295 arrobas de açúcar branco e
67 arrobas de açúcar mascavado. As 474 formas de Antônio Correia renderam,
segundo a conta, 418 arrobas de açúcar branco e 92 arrobas de açúcar mascavado,
das quais o dizimo é da Companhia e fica a terça parte pertencente ao referido
Antônio Correia, como mostra o acordo que fez com o senhor do engenho, sendo 27
1/2 arrobas de açúcar mascavado e 125 arrobas de açúcar branco; ficam para a
Companhia 293 arrobas de açúcar branco e 64 e 1/2 arrobas de açúcar mascavado.
As mencionadas 108 fôrmas feitas pela família Cavalcanti renderam 84 arrobas de
açúcar branco e 24 arrobas de açúcar mascavado, que todas ficam para a
Companhia, que deste modo obtém um total de 672 arrobas de açúcar branco e 155
e 1/2 arrobas de açúcar mascavado, as quais o citado feitor Antônio Dias fez
encaixar em 33 caixas, que, com a marca da Companhia, foram mandadas para o
Cabo e a Barreta, sendo deduzidas 50 caixas que à referida senhora do engenho
em Porto Calvo foram concedidas pelos Senhores Conselheiros ali e depois pelo
Conselho, sendo 30 que, por conta do resgate de Pedro da Cunha, tinham sido
pagas e 20 caixas para a viúva consertar o engenho.
Ao chegar à região de Barra Grande/Alagoas, D. Adriana desvencilhou-se do
grupo de retirantes. Depois conseguiu do Almirante Lichtharte o passaporte
holandês que permitiu seu retorno a Pernambuco e a posse de todos os seus bens.
Ao saber do ocorrido o Governo de Recife começa a debater a questão quanto a
devolução dos seus bens, “visto que D. Adriana já havia abandonado estes
bens, e, além disto, tinha se comportado de maneira hostil. Depois de um longo debate e intervenção de
seu genro o Capitão de Cavalos holandês Gaspar Wanderley, resolveram devolver suas terras, mas todo o açúcar encontrado no engenho e
que lhe haviam sido confiscados
ficariam para Companhia das Índias Ocidentais.
Em 1636, D. Adrianna de Almeida Lins toma posse definitiva de seu
engenho, e trata de reconstruí-lo e colocá-lo em fogo vivo, tanto é que,
safrejava em 1637 e 1639.
(1635)
Adriana Lins de Almeida (Adriana Luiza de Almeida)
– Filha de Bartolomeu (Baltazar) de Almeida Botelho (senhor dos engenhos: Morro/Porto
Calvo-AL e do Escorial/Porto Calvo-AL) e de Brites Lins de Vasconcelos.
Durante a ocupação holandesa D.
Adriana fugiu de seu engenho deixando para trás tudo o que não podia ser
levado, mas depois retornou e conseguiu reaver engenho Trapiche (1636).
Casamento 01: Manuel Gomes de Mello (dados
acima)
Filhos: (Ver em Manuel Gomes de
Mello,acima)
Fontes consultadas:
BORGES DA FONSECA, Antônio José
Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais da Biblioteca Nacional de 1925.
Anais 1903 Vol 25
CALADO, Manoel. O Valoroso
Lucideno.Vol. I e II. 5ª Edição. Governo de Pernambuco. CEPE. Recife, 2004
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço
de Cana. Os engenhos de açúcar no Brasil holandês. Edt. Penguin. Companhia das
Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012.
PEREIRA, Levy. "N S. de
Checiçe (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de
Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/N_S._de_Checi%C3%A7e_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua).
Data de acesso: 28/03/2014.
SCHOTT, Willem. Relatório sobre
os engenhos situados entre o Rio das Jangadas e o Rio Una, em Pernambuco. 1636
De acordo com a Relação dos Engenhos (1655),
o engenho Trapiche pertencia a João Gomes de Mello (III), e pagava
de recognação 01 1/2%, de todo o açúcar feito antes de dizimado.
Em 1663, segundo a lista de senhores de engenho devedores da Companhia
das Índias Ocidentais, João Gomes de Mello devia 4.600 florins.
João Gomes de Mello (II) homônimo do tio e do avô. Filho de Manoel
Gomes de Mello (senhor do vínculo do eng. Trapiche/Cabo de Santo Agostinho) e
de Adriana Lins de Almeida. Serviu ao
Rei nas tropas pagas. Capitão e Sargento-mor de Infantaria. Depois de reformado
foi serventuário do Ofício de Provedor da Fazenda Real de Pernambuco. Fidalgo da Casa Real e professo na Ordem de Cristo.
Sucedeu seu pai no vínculo da Capela e do eng. Trapiche/Cabo de Santo
Agostinho.
Casamento
01: D. Ignez de Almeida
Pimentel, sua prima, filha do Capitão-mor Rodrigo de Barros Pimentel
e de D. Jerônima de Almeida. Neta paterna de Antônio de Barros Pimentel e de D.
Maria de Holanda de Vasconcellos e por parte materna de Balthasar de Almeida e
de Brites Lins.
Filhos:
01- José Gomes de Mello, sucessor de seu
pai na Capela e no eng. Trapiche. Fidalgo Cavaleiro da Casa Real e Coronel da
Ordenança. C.c. sua prima D. Jerônima de Almeida Pimentel, filha do Capitão-mor
José de Barros Pimentel; e de D. Maria Accioly; 02- Manoel Gomes de Mello,
Fidalgo da Casa Real, Sargento-mor da Ordenança e senhor do eng. São João/Cabo
de Santo Agostinho, que tinha sido encapelado pelo seu pai. C.c. sua prima D.
Ignes de Goes Mello, filha do Cap. André de Barros Rego (senhor do eng. São
João/São Lourenço da Mata) e de D. Adrianna de Almeida Wanderley. C.g.
Senhor dos engenhos:
Trapiche/Cabo de Santo Agostinho e do São João/Cabo de Santo Agostinho
Fontes
consultadas:
BORGES
DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais da
Biblioteca Nacional de 1925. Anais 1903 Vol 25
O vínculo do engenho Trapiche foi passado para seu filho primogênito por José
Gomes de Mello.
José Gomes de Mello – Sucessor de seu pai na Capela e no eng. Trapiche.
Filho de João Gomes de Mello (II) e de D. Ignez de Almeida Pimentel. Nada
mais foi encontrado.
Casamento
01: sua prima D. Jerônima de Almeida Lins, filha do Capitão-mor José de
Barros Pimentel e de D. Maria Accioly. Neta paterna de Rodrigo de Barros
Pimentel e de D. Jerônima de Almeida Lins e materna de João Baptista Accioly e
de D. Maria de Mello (viúva de Gaspar Wanderley).
Filhos:
01- João Gomes de Mello, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, Familiar do
Santo Ofício. Faleceu solteiro e s.g; 02- José Gomes de Mello, Fidalgo
Cavaleiro da Casa Real. Faleceu solteiro e s.g; 03- Francisco Xavier de Mello (sucessor de seu pai no
vínculo do eng. Trapiche, pois seu irmão mais velho faleceu solteiro e s.g.)
C.c. D. Margarida da Cunha Pereira, filha do Cap. Manoel Tavares de Brito e de
D. Maria Magdalena da Cunha Pereira; 04- Antônio de Barros Pimentel e Accioly
(sucessor do vínculo do engenho, pois irmão Francisco Xavier de Mello, não teve
filhos homem o vínculo do engenho Trapiche lhe foi passado). Fidalgo Cavalheiro
da Casa Real. C.c. D. Maria Thereza de Jesus Accioly, filha do Cel. João
Salgado de Castro (senhor do eng. São Paulo do Sibiró/Ipojuca) e de D. Theresa
de Jesus de Oliveira; 05- D. Ignes Thereza de Mello, solteira em 1748; 06-
D. Josepha Maria de Mello, solteira em 1748; 07- D. Sebastiana
Francisca de Mello, faleceu solteira.
Senhor do engenho Trapiche/Cabo
de Santo Agostinho.
Fontes
consultadas:
BORGES
DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais da
Biblioteca Nacional. Anais 1903 Vol 47
Por direito de
sucessão da Capela e do eng. Trapiche, pois os dois filhos mais velhos de José Gomes de Mello tinham falecido sem
deixar herdeiros, o vínculo do engenho foi passado para o 3º na sucessão
Francisco Xavier de Mello.
Francisco Xavier de Mello – 3º filho de João Gomes de Mello e de D.
Jerônima de Almeida Pimentel. Nada mais foi encontrado.
Casamento
01 (por vontade própria): D. Margarida da Cunha Pereira, filha do
Cap. Manoel Tavares de Brito e de D. Maria Magdalena da Cunha Pereira. Neta
paterna de Pedro Tavares de Brito e de Justa Rodrigues de Crastro e materna do
Capitão-mor Arnau de Holanda Barreto e de D. Anna Pereira da Cunha.
Filhos:
Não houve sucessão desse casamento.
Senhor do engenho Trapiche/Cabo
de Santo Agostinho.
Fontes consultadas:
BORGES
DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais da
Biblioteca Nacional. Anais 1903 Vol 47
Como
Francisco Xavier de Mello casou,
mas não teve geração, o vínculo da Capela e o eng. Trapiche, de acordo com a
ordem de sucessão, foi passado para seu irmão Antônio de Barros Piementel e Accioly.
Antônio de Barros Pimentel e Accioly – Sucessor de seu pai na Capela e engenho Trapiche. 4º filho de João
Gomes de Mello e de D. Jerônima de Almeida Pimentel. Fidalgo Cavaleiro da Casa
Real.
Casamento 01: D. Maria Thereza de Jesus Accioly, filha do Cel. João Salgado de
Castro (senhor do eng. São Paulo do Sibiró/Ipojuca) c.c. D. Maria Thereza de
Jesus Accioly.
Neta paterna do Cel. Paulo de Amorim
Salgado (senhor do eng. São Paulo do Sibiró/Ipojuca, cuja família pertencia à
primeira nobreza de Vianna/PT) e de D. Francisca Accioly; e materna de Bento
Gonçalves Vieira (Cavalheiro da Ordem de Cristo e Familiar do Santo Ofício) e
de D. Maria de Oliveira.
NOTA: D. Maria Thereza de Jesus Accioly
depois que ficou viúva casou com Jerônimo Vieira Pinto, primo de seu marido.
Filhos:
Segundo Borges da Fonseca: até 1748 não havia filhos conhecidos.
Senhor do engenho Trapiche/Cabo de Santo Agostinho.
Senhor do engenho Trapiche/Cabo de Santo Agostinho.
Fontes consultadas:
BORGES DA
FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais da Biblioteca
Nacional. Anais 1903 Vol 47. Pág. 225.
O
próximo sucessor encontrado foi Francisco do Rego Barros.
(século XIX) Francisco
do Rego Barros (I) –
Filho Sebastião Antônio de Barros e Mello (Fidalgo Cavaleiro Professo
na Ordem de Cristo. Coronel do Regimento de Cavalaria de Olinda e Recife),
e de Felippa Cavalcanti de Albuquerque.
Neto
paterno de Francisco do Rego Barros (Provedor, Fidalgo da Casa Real, senhor dos
Morgados dos Pintos e Água Fria) e de D. Maria Manoela de Mello. Bisneto de
Manoel Gomes de Mello (Fidalgo da Casa Real e senhor do vínculo do eng. Trapiche/Cabo
de Santo Agostinho) e de D. Ignes de Goes de Mello. Descendente do fundador do
eng. Trapiche, João Gomes de Mello.
Capitão-mor.
Coronel de Milícias. Presidente da câmara de Olinda. Juiz Ordinário dos Órfãos
de Pernambuco. Provedor da Fazenda Real da Capitania de Pernambuco. Juiz da
Alfândega e Vedor Geral. Auditor e Ouvidor de Pernambuco. Fidalgo da Casa Real.
Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Casamento
01: Mariana Francisca de Paula do Rego Barros, filha do Cel. Manoel
Gomes de Mello (Fidalgo da Casa Real) de Ignez de Goes de Mello. Descendente do
fundador do engenho Trapiche, João Gomes de Mello.
Filhos:
01- Francisco do Rego Barros, Conde
da Boa Vista, c.c. Ana Maria Cavalcanti; 02- João do Rego Barros, 1º
Barão de Ipojuca, c.c. Inácia Militana Cavalcanti Rego de Lacerda.
Senhor dos engenhos:
Trapiche/Cabo de Santo Agostinho; Massiape/São Lourenço da Mata e proprietário do sítio das Salinas de Sto Amaro no
Recife.
Fontes
consultadas:
BORGES
DA FONSECA, Antônio José Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Anais 1903 Vol
25 (2), Anais 1906 Vol 28 (2)
Documentos
manuscritos avulsos da Capitania de Pernambuco: Fontes repatriadas. Edt. Universitária UFPE, 2006 - 583 pág.
O
vínculo da Capela e do eng. Trapiche foi herdado por seu filho Francisco do
Rego Barros.
Francisco do Rego Barros (II) – Nascido em 03/02/1802/eng. Trapiche-Cabo
de Santo Agostinho, de propriedade de seus , faleceu em 04/10/1870/Recife. Filho
de Francisco do Rego Barros e de Mariana Francisca de Paula do Rego Barros.
Homem idealista, solidário, inovador e, ao mesmo tempo, prudente.
Estudou
com professores particulares no eng. Trapiche. Desde muito cedo, se interessou
pela carreira militar, alistando-se, em 1817, com apenas 15 anos de idade, no
Regimento de Artilharia do Recife.
Major Francisco do Rego Barros |
Em
1821, como Cadete do Regimento de Artilharia do Recife, participou do movimento
conhecido como a Revolução de Goiana, encerrada com a Convenção do
Beberibe 10/10/1821. Preso e enviado para a fortaleza de São João da
Barra, em Lisboa/PT, onde foi mantido até 1823. Francisco do Rego Barros
ao ser solto viaja para Paris, onde estudo Matemática pela Universidade
de Paris. Depois retorna a sua terra e é eleito Deputado-geral (1830/33 e
1850).
Com
apenas 35 anos de idade, foi designado Presidente da Província de
Pernambuco (1837 a 1844). Senador (1850 a 1870). Comandante Superior da Guarda
Nacional do Recife. Comandante das Armas da Província do Rio Grande do sul
(1865), cargo que pediu exoneração no ano seguinte, para retornar a Pernambuco.
Por
decreto de 18/06/1841 foi agraciado com o título de Barão, depois Barão
com grandeza por decreto de 02/12/1854. Promovido a Visconde, com
grandeza, em 12/12/1858 e elevado a Conde da Boa Vista, em
28/08/1860. Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, dignitário da Imperial
Ordem do Cruzeiro, Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa e da Imperial
Ordem de São Bento de Avis. Comendador da Ordem Militar de Cristo.
Presidente da província do Rio Grande do Sul (1865 a 1867),
acumulando as funções de Comandante das Armas, durante a Guerra do
Paraguai.
Conde da Boa Vista, Francisco do Rego Barros |
NOTA:
Como Governador de Pernambuco modernizou higienizou a Capital pernambucana,
operando transformações. Trouxe arquitetos e engenheiros da França. Mandou o engenheiro Firmino
Herculano de Morais Âncora que construísse o atual Palácio das
Princesas, incentivou as artes e as ciências, levando o Recife ao conceito das
grandes cidades modernas da época. Construiu estradas ligando a capital às
áreas produtoras de açúcar do interior; a ponte pênsil de
Caxangá, sobre o Rio Capibaribe; o Teatro de Santa Isabel; o edifício
da Penitenciária Nova, depois chamada de Casa de Detenção do Recife (atual Casa
da Cultura); o Cemitério de Santo Amaro; o edifício da Alfândega; canais;
estradas urbanas; um sistema de abastecimento de água potável para o Recife;
reconstrução das pontes Santa Isabel, Maurício de
Nassau e Boa Vista. Mandou construir aterros para a expansão da
cidade, sendo o mais importante deles o da Boa Vista, que partia da Rua da
Aurora rumo à Várzea, na época Rua Formosa, continuada pelo Caminho
Novo, que a partir de 1870 recebeu o nome de Avenida Conde da Boa Vista.
Casamento
01: Ana Maria Cavalcanti
Filhos:
01- Maria Francisca Paes Barreto; 02- Francisco Paes Barreto;
03- Paulino Paes Barreto; 04- Joana Francisca Paes
Barreto; 05- João Francisco Paes Barreto; 06- João
Gil Paes Barreto; 07- Camilo Paes Barreto; 08- Brasiliano Paes
Barreto; 09- Eugênio Paes Barreto.
Fontes
consultadas:
NOTA: Não foram encontrados outros proprietários após Francisco do Rego Barros.
Capela de São Francisco, Eng. Trapche |
A Capela de São Francisco do eng. Trapiche/Cabo de Santo Agostinho foi
objeto de recomendação (2011) expedida pelo Ministério Público de Pernambuco
(MPPE) à Petrobras Distribuidora, proprietária do antigo engenho, para que se
abstenha de realizar quaisquer intervenções na edificação sem a devida
autorização do órgão municipal de controle urbano, devido a denúncia sobre
risco de desabamento de um imóvel em ruínas. Durante as investigações, foi
descoberto que o referido local era a capela de São Francisco.
Pinturas no interior da Capela |
Interior da Capela do Eng. Trapiche |
Outras Fontes Consultadas:
(Dussen, 1640), pg. 143-144
(Nassau-Siegen; Dussen;
Keullen - 1638), pg.85
PEREIRA, Levy. "N S. de Checiçe (Engenho de
roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas
Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/N_S._de_Checi%C3%A7e_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua).
Data de acesso: 12/05/2014.
http://mp-pe.jusbrasil.com.br/noticias/112134788/mppe-busca-preservacao-da-capela-de-sao-francisco-do-cabo-de-santo-agostinho
2 comentários:
Que bom,conhecer história da minha cidade.a minha residência fica bem perto da capela de sao francisco,eu escuto as pessoas falando engenho trapiche mas n sabia que era aqui história linda amei muito.
É possível que ainda exista os registros dos trabalhadores dessa época
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